sexta-feira, 3 de julho de 2015

Bancos estão a ficar sem reservas, notas de 20€ e 10€ começam a acabar

FUTURO DA GRÉCIA


O presidente da Câmara do Comércio da Grécia afirmou ao The Telegraph que as reservas dos bancos já estão abaixo dos 500 milhões de euros e não acredita que seja possível reabrir portas terça-feira.




















Histórico de Atualizações
3/07/2015   0:33 Milton Cappelletti
Despedimo-nos aqui da cobertura em tempo real sobre o futuro da Grécia. Voltaremos amanhã para acompanhar os próximos acontecimentos.

Boa noite.

3/07/2015   0:22 Milton Cappelletti
Segundo avança a agência Lusa, a bolsa nova-iorquina encerrou esta quinta-feira em baixa ligeira com nervosismo sobre a Grécia, com os investidores a entenderem que não tinham motivos de sair da posição de expectativa em que se colocaram com o referendo no país. 
Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average cedeu 0,16% (27,80 pontos), para as 17.730,11 unidades, e o Nasdaq 0,08% (3,91), para as 5.009,21.

2/07/2015  23:52 Helena Pereira
O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, declarou esta quinta-feira nos Açores que “há um radicalismo que não se importa de dar cabo de tudo, por razões ideológicas”.

“Fere a nossa sensibilidade ver aquelas imagens da classe média à frente de multibancos vazios e sem saber o que acontecerá às suas poupanças e às suas vidas. 
Lembra-nos o confisco que não há muitos anos aconteceu na Argentina e no Brasil”, lembrou, defendendo que Portugal fez “um grande esforço e já terminou o programa com a troika; não pediu mais dinheiro nem mais tempo; evitou um programa cautelar na saída; vai ter um défice inferior a três por cento e fica livres de sanções; antecipou o pagamento total do empréstimo do FMI, porque conseguiu juros mais em conta nos mercados; a economia está a crescer mais do que a média da zona euro e há confiança.”

2/07/2015   23:24 Milton Cappelletti
Na minha opinião, a Grécia não sairá do euro, fará tudo para chegar a um acordo”.
Frase de Matteo Renzi, primeiro-ministro italiano à televisão pública italiana Rai 1 esta quinta-feira.

2/07/2015   23:14 Rita Ferreira
Marisa Matias: o radicalismo está nas instituições, não no Syriza

A eurodeputada do Bloco de Esquerda, Marisa Matias, diz que o radicalismo não está no governo grego, mas nas instituições europeias e internacionais. 
“Onde está o radicalismo e extremismo? 
Está no Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia, no Eurogrupo, e em todos e todas que acham que na Europa não pode haver alternativa. 
Isso sim é radical, isso sim é extremista”, vincou a eurodeputada.

Para a bloquista, a Grécia é a “prova de fogo” do projeto europeu. “Aconteça o que acontecer, este momento é o momento da prova de fogo: ou a União Europeia tem condições para continuar como projeto democrático, ou não tem.” 
E acrescentou: “Os problemas estruturais da Grécia são também de Portugal e, no final de contas, de todo o projeto europeu”.

2/07/2015   22:55 Milton Cappelletti
O Wall Street Journal fez um cálculo de como seria a economia da zona euro sem a Grécia: a produção económica cairia 1.8%, o PIB per capita subiria 1.5% e a dívida pública global na área da moeda única seria reduzida em 3,4%.

2/07/2015    22:19 Rita Ferreira
Em Atenas já quase só há notas de 50€

O enviado especial do Observador à Grécia, Nuno Martins, confirmou durante o dia de hoje que, na maioria dos multibancos da capital grega já só existem notas de 50€, o que faz com que os cidadãos já não estejam a conseguir levantar o valor diário permitido pelo governo desde que foi implementado o controlo de capitais que era de 60€ por pessoa. 
Mais. Já há caixas multibanco sem dinheiro.

2/07/2015   22:09 Milton Cappelletti
O presidente da Câmara Municipal de Atenas, Giorgos Kaminis,afirmou ao diário Ekathimerini que, independente da decisão do referendo, o povo grego deve permanecer unido após a decisão. Ele adverte, no entanto, para a possibilidade de rejeição à Europa. “Como resultado deste referendo, o nosso país se arrisca a ser completamente isolado da União Europeia e a ter de enfrentar privações e ameaças ainda piores”, acrescentou.

2/07/2015   21:58 Rita Ferreira
Acabam-se as notas de 20€. Valor diário baixa para 50€, diz o Telegraph

O jornal britânico The Telegraph afirma que o valor diário de levantamentos em muitas caixas multibanco na Grécia já caiu dos 60 para os 50 euros, porque as notas de 20 euros estão a acabar.

2/07/2015   21:54 Milton Cappelletti
A agência de rating Moody’s baixou a classificação da dívida da cidade de Atenas para ‘Caa3′, apenas dois graus acima do estado de falência, avança a agência Bloomberg.

2/07/2015   21:37 Milton Cappelletti
500 milhões de euros. 
Este é o valor que resta aos bancos gregos, segundo o jornalista do Telegraph, Ambrose Evans-Pritchard. 
Ambrose diz que recebeu a informação de Constantine Michalos, chefe da Câmara do Comércio da Grécia, quando afirmou que “qualquer pessoa que ache que os bancos vão abrir na terça-feira é um sonhador”. 
“O dinheiro não vai durar uma hora”, explicou Michalos a Ambrose.

2/07/2015   21:33 Rita Ferreira
Durão Barroso elogia Passos e critica Governo grego

O ex-presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, aconselhou hoje os portugueses a olharem para a Grécia, sustentando que Portugal não está na mesma situação graças à determinação do Governo PSD/CDS-PP chefiado por Pedro Passos Coelho.

“Aos portugueses, eu gostava de dizer que olhem para a Grécia, que pensem no que se está a passar na Grécia, porque era exatamente isso que poderia estar a passar-se em Portugal, se não fosse, se não tivesse sido a determinação do Governo português e do seu primeiro-ministro, que quero saudar”, declarou o anterior presidente da Comissão Europeia.


Na apresentação do livro “O outro lado da governação”, dos ex-governantes Miguel Relvas e Paulo Júlio, num hotel de Lisboa, Durão Barroso defendeu que a Grécia entrou numa “situação terrível” devido a “decisões políticas”, quando “iniciava a recuperação económica”, e considerou “completamente injusto” que se critique as instituições credoras.






02/07/2015   21:11 Milton Cappelletti
O primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat, disse esta quinta-feira num evento em Valeta, capital do país, que o destino da Grécia está agora “nas mãos do seu povo”. 
Ele espera que o Conselho Europeu volte a reunir-se na próxima semana após o resultado do referendo e questiona: “Se é legítimo que o primeiro-ministro da Grécia convoque um referendo, não seria também oportuno que os cidadãos da zona euro façam um referendo para decidir como credores?”

02/07/2015   21:00 Milton Cappelletti
Stavros Theodorakis, líder do partido liberal “To Potami”, afirmou esta quinta-feira a uma estação de rádio grega, citado pelo Greek Reporter que recomenda a formação de um novo governo a partir do atual Parlamento.
Todas as forças políticas devem manter uma postura responsável e um governo de unidade nacional deve ser formado. Já temos a proposta pronta. A iniciativa está com Alexis Tsipras. Se ele quiser, pode ser o primeiro-ministro “, disse.
02/07/2015   20:46 Milton Cappelletti
Tsipras também critica os “parceiros” e fala em “chantagem”:


















02/07/2015   20:42 Milton Cappelletti
No entanto, o primeiro-ministro grego diz que o povo não deve ceder ao medo da “velha política responsável pela dívida” e critica o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble:














02/07/2015    20:37 Milton Cappelletti
Na sua conta no Twitter, Alexis Tsipras admite que prevê melhores termos para as negociações após o referendo:


02/07/2015   20:12 Ana Suspiro
Alexis Tsipras assegura ainda que os problemas no acesso aos bancos não vão durar muito tempo, acrescentando que espera obter um novo acordo com os credores 48 horas depois do referendo de domingo. 
Para o líder do governo de Atenas, se o não vencer este acordo será mais rápido. 
Na mesma entrevista ao canal ANT 1, o primeiro-ministro grego admitiu que as filas às portas dos bancos eram um embaraço, mas atirou as culpas para os parceiros da zona euro que obrigaram o Banco Central Europeu a congelar a ajuda financeira de emergência aos bancos gregos.

02/07/2015   19:56 Ana Suspiro
Tsipras promete respeitar resultado do referendo, mas um acordo terá de passar no parlamento

Alexis Tsipras assume ainda o compromisso de que respeitará o resultado que sair do referendo de domingo, contudo avisa que um acordo com os credores que resulte da vitória do sim terá também de passar no parlamento grego. 
Nesta entrevista televisiva, Tsipras continua a defender o não.

02/07/2015   19:53 Ana Suspiro
O primeiro-ministro grego tenciona ir a Bruxelas assinar um acordo na segunda-feira, que “acordo” vai depender do resultado do referendo marcado para domingo ser sim ou não. 
Em entrevista ao canal ANT1TV, Alexis Tsipras defende que um não do povo grego ao acordo com os credores vai ajudar as duas partes a “chegar a um entendimento mais depressa”. 
No entanto, para Tsipras, a saída do euro “não é uma opção para a Grécia”, manifestando-se aberto a compromissos que coloquem um ponto final nos cenários Grexit.

O primeiro-ministro considera que o referendo às medidas de austeridade vem com um atraso de cinco anos e reafirma que o país está à procura de um acordo que seja sustentável, de uma solução dentro da União Europeia, porque o não, não representa uma rutura com a Europa.

02/07/2015   19:52 Filomena Martins
Durão diz que não fosse o atual Governo, Portugal estava a passar pelo mesmo que a Grécia

Durão Barroso avisou esta quarta-feira que se não fosse o atual Governo, Portugal estava a passar pela mesma situação da Grécia. 
“Olhem para a Grécia e pensem no que se está a passar. 
Era isso que se estaria a passar cá se não fosse a determinação do primeiro-ministro português”, disse o ex-líder da Comissão Europeia durante a sessão de lançamento de um livro de Miguel Relvas em Lisboa.

“Não foi a troika que trouxe a crise, foi a crise que trouxe a troika”, acrescentou Durão, dizendo que “não se pode impor uma reforma do exterior” e que, ao contrário da Grécia, o “Governo e o povo português compreenderam isso”.

02/07/2015   19:10 João Cândido da Silva
Costas Karamanlis apoia o "sim". Europa é "necessidade vital" para a Grécia

Costas Karamanlis, antigo presidente da Nova Democracia e primeiro-ministro da Grécia entre 2004 e 2009, tomou posição pública sobre o referendo de 5 de julho. 
“Chega uma altura em que muita coisa pode estar em causa num espaço de poucos dias”, escreve Karamanlis no jornal Kathimerini, em apoio do “sim”. 
O antigo líder de governo reconhece que a Grécia cometeu erros, bem como os parceiros europeus, e acrescenta que o funcionamento da União Europeia tem “fraquezas”. 
Mas considera que nada disto altera a “necessidade vital” do país de participar na União Europeia e avisa que aqueles que, com boas intenções, estão a planear votar “não” neste domingo estarão a cometer um “erro sério”. 
Costas Karamanlis escreve que uma vitória do “não” será interpretada em todo o mundo como um sinal da vontade da Grécia de abandonar o “coração da Europa”.

02/07/2015   18:17 João Cândido da Silva
Na capital grega, em Monastikiri, está a começar uma manifestação do partido comunista, KKE. 
Fotografia de Nuno André Martins, enviado do Observador a Atenas.

02/07/2015   18:16 Helena Pereira
O antigo Presidente da República Ramalho Eanes disse esta quinta-feira assistir com “profundo desgosto” à situação da Grécia, considerando que do lado grego “há uma certa inexperiência e um excesso de voluntarismo” e do outro lado “uma pesporrência”.

Ramalho Eanes falava aos jornalistas no final de um encontro com apoiantes da candidatura de Sampaio da Nóvoa à Presidência da República, no Porto, e questionado sobre a situação da Grécia disse assistir a este processo com “profundo desgosto” e “mágoa”, afirmando que dos líderes dos órgãos da União Europeia, o único que lhe merece respeito é Juncker, presidente da Comissão Europeia.

“Por um lado, do lado da Grécia, há uma certa inexperiência e um excesso de voluntarismo. 
Do outro lado tem havido uma pesporrência e uma falta de respeito pelos grandes princípios que alicerçaram a União Europeia e que deviam constituir o cerne do projeto europeu que me impressionam”, enfatizou.

Sobre a atuação dos líderes nacionais, o antigo Presidente da República disse não conseguir responder a essa pergunta porque não tem “conhecimento suficiente”.

02/07/2015   18:08 Edgar Caetano
Governo congratula-se por FMI dizer que dívida é insustentável

“A análise [à sustentabilidade da dívida] feita pelo FMI vem em linha com a análise que é feita pelo governo“. 
Esta é a reação de um porta-voz do governo grego à divulgação do relatório do FMI – que pode ler, na íntegra, aqui – onde o FMI considera que no estado atual a dívida da Grécia não é sustentável.

O relatório do FMI poderá ser um trunfo para Alexis Tsipras, já que o seu governo tem mostrado disponibilidade para um acordo desde que se reconheça – já – que a dívida é insustentável. 
Não obstante, o relatório inclui várias críticas ao governo, cujas políticas agravaram a situação da economia e da dívida grega desde o início deste ano.

02/07/2015   16:43 Edgar Caetano
FMI reconhece que a dívida grega é insustentável

Num relatório que analisamos em maior detalhe aqui, o FMI avisou que a dívida da Grécia é “insustentável”. 
A instituição liderada por Christine Lagarde recusa-se a participar num novo resgate a menos que este inclua um compromisso não só com as reformas económicas mas, também, com o alívio da dívida grega.

Esta está a ser uma exigência de Yanis Varoufakis e de Alexis Tsipras, que dizem que falta muito pouco para um acordo ao nível das reformas mas exigem como se ouviu Varoufakis a dizer esta manhã um reconhecimento de que a dívida grega é insustentável.

A Grécia pediu um novo resgate de dois anos junto do Mecanismo Europeu de Estabilidade, sem incluir o FMI. 
É a Alemanha (além de outros países) que exigem que o FMI continue envolvido.

02/07/2015   15:35 Edgar Caetano
Sondagem que dava vitória ao "Sim" não vale?

A empresa que elaborou a sondagem que veio na noite passada dar a liderança ao “sim” no referendo veio esta quinta-feira dizer que os resultados foram divulgados sem autorização e que representam apenas parte da amostra. 
A Greek Public Opinion rejeita “qualquer responsabilidade” pelo resultado divulgado, adiantando que irá recorrer a tos os meios legais para proteger os seus interesses.

02/02/2015   12:57 Edgar Caetano
"Não deixem Tsipras levar-nos de volta ao dracma", pede Antonis Samaras

O antigo primeiro-ministro da Grécia Antonis Samaras diz que o referendo é uma escolha clara entre o euro e o dracma. 
Samaras diz que Tsipras tinha prometido, em janeiro, que o país estaria irreconhecível em seis meses. 
“Conseguiu-o”, diz Samaras.

02/07/2015   12:50 Edgar Caetano
Três deputados dos Gregos Independentes demarcam-se do referendo

Vassilis Kokkalis, Costas Damavolitis e Dimitris Kammenos (não tem relação com Panos Kammenos, o líder do partido). 
Estes três deputados dos Gregos Independentes, partido com quem o Syriza está coligado, distanciaram-se do referendo de domingo.

“No sábado, quando votei a favor do referendo foi-nos assegurado que não haveria controlos de capitais”, notou Kokkalis em comunicado.

Já Damavolitis diz que chegou à conclusão que a consulta é sobre ficar ou sair do euro. 
Assim, recomendar votar “sim”. 
O terceiro deputado, Kammenos, pede à Grécia que volte à mesa das negociações e cancele o referendo.

02/07/2015   12:36 Edgar Caetano
"Só se aceita dinheiro, não cartões" - foto do nosso enviado especial
Foto do nosso enviado especial a Atenas, Nuno André Martins.

02/07/2015   11:38 Edgar Caetano
A entrevista da Bloomberg TV a Yanis Varoufakis

Aqui tem o link para o site da Bloomberg, caso queira ouvir Yanis Varoufakis na entrevista desta manhã. 
A entrevista tem a duração de 19 minutos e está em inglês. 
Leia mais aqui.

02/07/2015   11:11 Edgar Caetano
Dijsselbloem duro

Jeroen Dijsselbloem, ministro das Finanças da Holanda e presidente do Eurogrupo, diz que “a zona euro não poderá continuar a apoiar a Grécia se o Não vencer o referendo”.

Perante a pressão do governo grego sobre um alívio da dívida, o holandês diz que nem sequer a promessa feita em 2012 (nesse sentido) é válida, pela simples razão de que “o programa expirou e não foi concluído”.

Se essa promessa pode regressar ou não com um novo programa, Dijsselbloem diz que “não [tem] a certeza”. 
De qualquer forma, é uma “ilusão” achar que a Grécia pode negociar condições melhores se o voto for “não”.

Num cenário em que o não vence, “deixaremos a Grécia entregue a si mesma”.

02/07/2015   10:59 Edgar Caetano
Quem sai se ganhar o "Sim"? Varoufakis ou o governo todo?

À Bloomberg, Yanis Varoufakis limitou-se a dizer que ele próprio deixará de ser ministro das Finanças caso o “sim” vença no referendo, preferindo não comentar se o resto do governo iria pelo mesmo caminho.

Horas antes, contudo, citado pelo francês Les Echos, referia-se a “nós” como o governo liderado pelo Syriza. 
“Nós poderemos demitir-nos mas iremos fazê-lo num espírito de cooperação com quem vier depois de nós”.

02/07/2015   10:16 Edgar Caetano
Varoufakis. Haverá acordo com credores mesmo com vitória do "Não"

Em entrevista à Bloomberg TV, Yanis Varoufakis mostrou-se confiante numa vitória do “Não” no referendo do próximo domingo, garantindo que “haverá um acordo com os credores mesmo que o Não ganhe”.

Esta visão contrasta com a opinião expressa esta manhã pelo ministro das Finanças de França, Michel Sapin, que disse que “não faz sentido continuar a negociar com alguém que nos diz não“.

Varoufakis comentou, ainda, as declarações anteriores em que admitia a queda do governo caso o “Sim” vencesse. 
À Bloomberg, Varoufakis limitou-se a dizer que se o “Sim” ganhar, na noite de segunda-feira ele já não será ministro das Finanças da Grécia.

Varoufakis diz que “preferia cortar um braço” do que assinar um acordo sem alívio da dívida.

2/07/2015   9:34 Edgar Caetano
Lagarde garante que não haverá alívio da dívida sem reformas

O governo de Alexis Tsipras continua a insistir num compromisso dos credores com o alívio do fardo da dívida pública, mas Lagarde diz que gostava de ver o governo a aplicar reformas antes de isso acontecer.

“Tendo em conta onde estamos, a minha suspeita é que seria preferível ver um movimento deliberado no sentido das reformas para que isso [um alívio da dívida] possa ser avaliado pelo outro lado” das negociações, afirmou Lagarde na entrevista à Reuters já citada.

2/07/2015   9:28 Edgar Caetano
Uma aposta de alguém que tem vindo a aconselhar o governo grego

“A Grécia deve, simplesmente, dizer não às exigências inaceitáveis dos credores. 
Deixar de pagar. 
Ficar no euro sem o fardo do serviço da dívida”.


Jeffrey Sachs é um economista americano da Universidade de Columbia, sendo um dos especialistas mais reconhecidos em temas como o desenvolvimento económico e a luta contra a pobreza. 
É um dos especialistas que têm sido consultados pelo governo de Alexis Tsipras.

2/07/2015   9:24 Edgar Caetano
Gregos esgotam prateleiras de alimentos básicos

Uma jornalista grega mostra imagens de prateleiras de supermercado quase vazias. 
Os gregos estão a comprar produtos como massa, farinha, arroz, açúcar e leite. 
Empregados dos supermercados não conseguem repor à mesma velocidade.


2/o7/2015   8:34 Edgar Caetano
Tsipras: "Um homem, duas caras", segundo um jornal alemão


2/07/2015   8:19 Edgar Caetano
Varoufakis: Governo "pode muito bem demitir-se" se o Sim ganhar

Ministro das Finanças da Grécia diz, citado pelo francês Les Echos e pela Agence France Presse, que o governo poderá demitir-se do cargo caso o “Sim” vença o referendo.


Yanis Varoufakis já tinha admitido uma “remodelação” caso o “Sim” vencesse, indicando, na altura, que acreditava que Alexis Tsipras continuaria no cargo.

2/07/2015   8:14 Edgar Caetano
Cristina Kirchner diz que dificuldades gregas são culpa da "austeridade neoliberal"

A Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, comparou, esta quarta-feira, a crise na Grécia à que atingiu o seu país em 2001, destacando as “terríveis” consequências da aplicação de políticas de austeridade, escreve a agência Lusa.

“Aquilo que o povo grego vive corresponde exatamente àquilo que nós, argentinos, vivemos em 2001: as consequências de políticas terríveis, neoliberais, de ajustamentos permanentes que levam à pobreza, à fome e ao desemprego”, afirmou, em entrevista transmitida pela televisão pública.

“Atualmente, 60% dos jovens gregos não têm trabalho, 30% dos cidadãos gregos iluminam-se com velas para poupar o custo da eletricidade. 
Há pessoas na rua e as pensões e reformas foram reduzidas. 
A exceção é a despesa militar: o FMI [Fundo Monetário Internacional] nunca exigiu que se cortassem nos gastos” da defesa, declarou.

A Argentina, que esteve em incumprimento em 2001, já tinha manifestado, na semana passada, por via do chefe de gabinete do Governo, Anibal Fernandez, a sua solidariedade para com a Grécia.

2/07/2015    8:12 Edgar Caetano
Turismo na Grécia está em apuros

O setor do turismo na Grécia está a sofrer um grande impacto da recente incerteza política e económica, disseram fontes do setor ao jornal Ekarhimerini 
O líder de uma associação do setor diz que as reservas de hotéis estão a cair a um ritmo de 50 mil por dia. 
Além disso, não se esperam tantas reservas de última hora como é habitual, pelo que esse apoio às receitas deverá sofrer, também, um impacto.

Empresários do setor dizem, ainda, ao jornal, que há uma vaga crescente de cancelamentos para hotéis e que as reservas por gregos são praticamente inexistentes.

2/07/2015   8:06 Edgar Caetano
Alguns relatos sobre o ambiente em Atenas

“Pequenos comércios encerrados, fábricas fechadas, sinais de compras em pânico nos supermercados”, conta esta jornalista do The Guardian.


“Notícias dizem que empresas estrangeiras na Grécia estão a pedir aos funcionários para participarem nas manifestações pelo Sim“, conta este jornalista grego.


2/07/2015   7:31 Edgar Caetano
Juncker diz que gregos nunca quiseram (mesmo) um acordo

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, lamenta que as negociações entre Atenas e os credores tenham sido interrompidas pelos gregos quando “estávamos tão perto” de um acordo.

Citado por um deputado europeu que falou com o Político , Juncker chegou a dizer que a discussão técnica já colocava as partes separadas por apenas 60 milhões de euros, um valor relativamente baixo. 
“Estávamos prontos para adiantar os fundos europeus e disponibilizá-los à Grécia, mas o governo grego não aceitou a proposta, o que deixou [os credores] convencidos de que os gregos não estavam interessados num acordo por uma questão ideológica”, disse o eurodeputado que falou com Juncker.

“Estávamos tão perto. 
Já estávamos a discutir medidas que valiam 60 milhões de euros”, terá dito Jean-Claude Juncker.

2/07/2015   7:30 Edgar Caetano
O primeiro ponto de situação do dia

Bom dia.

As negociações entre Atenas e os credores estão, aparentemente, congeladas até à realização do referendo do próximo domingo. Esta suspensão das negociações foi a principal decisão dos ministros das Finanças da zona euro, que conversaram ao final da tarde de ontem através de teleconferência. 
Ao final da noite, através do Twitter, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, quis “relembrar [Atenas] que a 20 de fevereiro as autoridades gregas acordaram reiterar o seu compromisso inequívoco e honrar as suas obrigações financeiras com todos os seus credores”.

Uma das últimas notícias de quarta-feira foi a divulgação de uma nova sondagem ao referendo, que contrariou uma outra sondagem divulgada pela manhã. 
A sondagem mais recente aponta para uma vitória do “Sim”, com 47,1%, contra os 43,2% do “Não” (6,3% indecisos). 
A sondagem divulgada horas antes, durante a manhã, dava a vitória ao “Não”.

A diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, deu ontem uma entrevista televisiva em que disse esperar que o referendo traga “maior clareza acerca de qual é a posição do povo grego”. 
Lagarde contou, ainda, que os credores receberam “tantas ofertas de última hora que é difícil perceber qual é, exatamente, a última proposta da Grécia. 
Lagarde acusou o primeiro-ministro grego de “falta de maturidade” e diz que “foi tomada uma decisão importante, pela Grécia, que foi a de abandonar as negociações e convocar um referendo”.

Por cá, Pedro Passos Coelho admite que a ajuda à Grécia passa por um novo programa de resgate à Grécia, mas só depois do referendo. 
De acordo com o primeiro-ministro, será “pedido de terceiro programa”, porque “a Grécia vai precisar de mais dinheiro”. Acrescenta: “estas necessidades [de financiamento da Grécia] existem qualquer que seja o Governo grego e qualquer que seja o resultado do referendo”.

Esperam-se mais declarações importantes hoje e ao longo dos próximos dias.

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