domingo, 5 de julho de 2015

EM DIRETO:Merkel e Hollande: “Temos de respeitar o voto grego”

FUTURO DA GRÉCIA


Com metade dos votos totais contados, "Não" ganha com 60%. 
Merkel e Hollande, que vão reunir-se em Paris, convocam cimeira europeia. 
Varoufakis diz que não haverá acordo sem alívio da dívida.




















Atualizações em direto
06/07/2015     1:16 Helena Pereira
Com os votos todos contados, o Não vence com 61,3% dos votos e o Sim obtém 38,6%.

06/07/2015   1:13 Helena Pereira
O liveblog do Observador despede-se por hoje. Obrigada por acompanhar-nos desse lado. Boa noite.Atualizações em direto
06/07/2015    1:13 Helena Pereira
O liveblog do Observador despede-se por hoje. Obrigada por acompanhar-nos desse lado. Boa noite.

05/07/2015   23:06 João Pedro Pincha
Presidente do Eurogrupo: "Este resultado é muito lamentável"

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, foi seco e curto na declaração que publicou há minutos:
Registo o desfecho do referendo grego. Este resultado é muito lamentável para o futuro da Grécia. Para a recuperação da economia grega, medidas difíceis e reformas são inevitáveis. Vamos agora esperar pelas iniciativas das autoridades gregas. O Eurogrupo discutirá o estado das coisas na terça-feira, 7 de julho”
05/07/2015   22:49 Diogo Queiroz de Andrade
Aí estão as primeiras primeiras páginas dos jornais de amanhã:


05/07/2015   22:42 João Pedro Pincha
Martin Schulz: é preciso um programa de ajuda humanitária para a Grécia

Marin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, voltou a falar sobre o referendo grego, desta vez apelando a um programa de ajuda humanitária para a Grécia.
Hoje é um dia difícil: existe uma maioria na Grécia e a promessa do primeiro-ministro Tsipras ao povo grego de que com o Não a posição da Grécia para negociar um acordo melhora é, a meu ver, falsa”
Porque acredito que o povo grego vai ser, durante a semana e todos os dias, numa posição ainda mais difícil, penso que deveríamos amanhã, no mais tardar terça-feira, discutir na cimeira da zona euro um programa de ajuda humanitária para a Grécia.
Os cidadãos comuns, os pensionistas, os doentes ou as crianças no jardim de infância não devem pagar o preço pela situação dramática em que o país está e a que o governo levou o país agora. Por isso, um programa humanitário é imediatamente necessário e espero que o governo grego faça propostas construtivas e significativas nas próximas horas, permitindo que seja possível e significativo renegociar. Se não, entraremos num período muito difícil e até dramático.”
Pode ver aqui o comentário completo de Schulz:


05/07/2015   22:04 Helena Pereira
Guy Verhofstadt: "Uma segunda oportunidade" para Tsipras.

O líder do grupo Liberal no Parlamento Europeu, Guy Verhofstadt, pede uma segunda oportunidade para Tsipras.


05/07/2015    22:02 Helena Pereira
Bruno Maçães: Momento de "reconstruir pontes"


O secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Bruno Maçães, pede que se “reconstruam pontes” e apela à reflexão da esquerda quando fica do mesmo lado que Marine Le Pen a festejar o ‘Não’ no referendo grego.


05/07/2015   21:50 Edgar Caetano
BCE vai manter liquidez de emergência na mesma

O BCE deverá manter inalterado o nível da liquidez de emergência aos bancos gregos, nem o aumentando nem o eliminando para já, segundo a agência Reuters. 
A agência cita fontes próximas do processo para avançar com esta informação.

O Conselho de Governadores do BCE vai discutir a situação dos bancos gregos amanhã, segunda-feira. 
O português Vítor Constâncio disse na sexta-feira que “a única coisa que importa” é que continue a haver uma “perspetiva de acordo entre a Grécia e os credores“. 
E porquê? 
Porque, sem alternativas claras para o financiamento (nenhum investidor privado participaria em leilões de dívida), pode ficar em causa a solvência do Estado grego. 
Um Estado que até já falhou um pagamento de dívida – ao FMI – a 30 de junho.

E, se a solvência do Estado grego estiver em causa, a solvência dos bancos pode, também, ficar em risco pelo facto de estes terem dívida pública entregue como garantia para os empréstimos recebidos do BCE (por via do banco central grego, por se tratar da plataforma de emergência). 
Aí, o BCE poderá deixar de ter alternativa porque o seu mandato impede-o de entregar liquidez a bancos que não sejam solventes. Esta limitação legal foi recordada, recentemente, por vários responsáveis do BCE, incluindo o austríaco Ewald Nowotny.

05/07/2015   21:49 João Pedro Pincha
Marcelo e as repercussões em Portugal: "Abriu-se uma luzinha de esperança para António Costa"

O comentador Marcelo Rebelo de Sousa analisou este domingo as implicações do Não grego na política portuguesa, em especial para o Partido Socialista. 
“Abriu-se uma luzinha de esperança para António Costa”, disse Marcelo, referindo-se ao facto de o líder socialista ter regozijado com a vitória do Syriza em janeiro e ter, depois, mudado o discurso relativamente ao governo grego.
António Costa nem sei bem o que é que votaria”, afirmou o comentador, para quem um eventual acordo com a Grécia nos próximos tempos “é favorável a António Costa” na campanha para as legislativas.
05/07/2015   21:46 José Manuel Fernandes
Eslováquia admite saída da Grécia do euro

Reação muito dura de Peter Kažimír, ministro das Finanças da Eslováquia, um dos países que mais se tem oposto às posições gregas no Eurogrupo.

Depois de se manifestar muito desapontado com o resultado, considerou que nada agora será mais fácil:


A seguir acrescentou que a saída de um país do euro é uma possibilidade real.


05/07/2015   21:36 Edgar Caetano
Tsipras: Provámos que a democracia não pode ser chantageada"

Alexis Tsipras diz, em declarações gravadas que estão a ser transmitidas pela televisão estatal, que o seu governo tem, agora, “um mandato para que se chegue a um acordo, não um mandato para uma rutura com a Europa”.

O primeiro-ministro da Grécia confirma que as partes vão voltar à mesa das negociações amanhã, segunda-feira, e garante que “desta vez, o perdão da dívida estará em cima da mesa”.


05/07/2015    21:22 Edgar Caetano
Antonis Samaras, do Nova Democracia, demite-se

Antonis Samaras, antigo primeiro-ministro e até este domingo líder do partido Nova Democracia, acaba de se demitir do cargo.



Entretanto, Stavros Theodorakis, líder do partido To Potami, pede ao governo para que celebre um acordo com os credores em 48 horas, “como prometido”.



05/07/2015   21:08 Edgar Caetano
Merkel e Hollande convocam cimeira europeia de emergência

Angela Merkel e François Hollande concordam que “a decisão dos gregos tem de ser respeitada“.

A decisão de convocar uma cimeira europeia para debater este tema foi tomada depois de uma conversa telefónica entre Hollande e Merkel.

05/07/2015   21:03 Helena Pereira
PCP: "Uma derrota para a UE e o FMI"

O eurodeputado do PCP João Ferreira considera que “o resultado do referendo na Grécia constitui uma importante derrota para a União Europeia e para o FMI”, criticando a “inaceitável postura do Governo português e do Presidente da República”.

Em declarações à agência Lusa sobre os resultados provisórios do referendo que são conhecidos – que dão uma vitória ao não –, João Ferreira afirmou que estes constituem “uma importante derrota para a União Europeia e para o FMI, para todos aqueles que representam e atuam em função de intentos e interesses dos grandes grupos económicos e financeiros”.

“A inaceitável postura do Governo português PSD/CDS e do Presidente da República traduz a sua clara opção de procurar impor a todo o custo a política de direita e branquear as suas responsabilidades pelas suas brutais consequências económicas e sociais”, condenou ainda. 
O PCP deixou ainda um “alerta para o prosseguimento das manobras daqueles que, com a UE e o FMI, desrespeitando a vontade do povo grego, procurarão impor à Grécia, como impõem a Portugal, a dependência e o desastre económico e social”, sublinhando que aquilo que se impõe é “o respeito da vontade uma vez mais expressa pelo povo grego”.

05/07/2015   21:02 João Pedro Pincha
Marcelo: "A Europa vai ser obrigada a tomar uma posição rapidamente. Não é possível estar a tomar uma decisão daqui a não sei quantos dias."
“Eu estava convencido de que o Sim iria ganhar” foi a primeira frase do comentário semanal de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI. O professor pensa que as declarações de vários responsáveis europeus, conjugadas com a forma como o governo grego tratou o referendo, ajudaram à vitória do Não.
É uma grande vitória política do governo grego, mas a situação financeira da Grécia não pode ser pior”, disse Marcelo, acrescentando depois que “o governo grego está fortíssimo politicamente.”
Estas situações abrem caminho para um acordo, que não é fácil. De um lado estão guerrilheiros, do outro lado está um exército convencional.”
A Europa vai ser obrigada a tomar uma posição rapidamente. Não é possível estar a tomar uma decisão daqui a não sei quantos dias.
Não existe alternativa a este governo. Se amanhã fosse preciso substituir o Syriza, a Europa tinha de inventar um governo de tecnocratas.”
05/07/2015   21:02 Helena Pereira
Os Verdes: "Povo grego não se deixou amedrontar"

O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) saudou a “coragem e dignidade do povo grego” no referendo, esperando que a União Europeia e o FMI compreendam que as políticas foram rejeitadas e que este resultado tenha consequências nas negociações. 
Em comunicado – e ressalvando que ainda não estão disponibilizados os resultados oficiais do referendo hoje realizado na Grécia – o PEV “saúda e louva a grande coragem e dignidade do povo grego por não se ter deixado amedrontar e por não vergar perante os vergonhosos e insultuosos ultimatos, chantagens, pressões e medos” da União Europeia e do FMI.

“Os Verdes esperam, agora, que a União Europeia e o FMI compreendam, de uma vez por todas, que as suas políticas foram rejeitadas pelo povo grego, questão que tem que ter consequências nas negociações a realizar doravante”, defendem, esperando que estas sejam “conduzidas em consonância com a expressão da vontade do povo grego e não em função dos interesses dos mercados sem rosto”.

Com o “não” no referendo, os cidadãos da Grécia rejeitaram a “política de austeridade e de empobrecimento que a União Europeia e o FMI querem impor”, tendo o povo grego reclamado “condições de desenvolvimento do seu país” e negado “uma subserviência catastrófica às imposições das elites europeias e do FMI”.

05/07/2015   21:00 Helena Pereira
Livre/Tempo de Avançar: "Acabou o tempo dos ultimatos"

O partido Livre/Tempo de Avançar saudou os gregos pela sua “coragem e dignidade”, considerando que a vitória do ‘não’ no referendo de hoje reforça a posição do governo da Grécia. 
Em comunicado, o partido saúda também o governo da Grécia “pela forma como, com determinação, se manteve fiel aos princípios da União Europeia: solidariedade e democracia”.

Para o Livre/Tempo de Avançar, a “vitória clara” do ‘não’ “vem reforçar a posição do governo grego na busca de uma solução para a crise do euro”. 
“Respeitemos o povo grego e reconstruamos a Europa. 
Acabou o tempo dos ultimatos. 
A União Europeia deve agora arrepiar caminho, pôr termo à austeridade e resolver as dívidas públicas numa conferência de todos os países membros com todos os credores”, defende o movimento.

O Livre/Tempo de Avançar considera que “é também chegada a hora de o governo português abandonar a sua irresponsável posição de inflexibilidade e bloqueio”. 
“Em nome do interesse nacional e do interesse europeu, Portugal deve estar do lado das soluções: reestruturação dívida e relançamento da economia já!”, lê-se no comunicado.

05/06/2015   20:58 Helena Pereira
PSD: Governo grego tem "o dever" de apresentar solução

O vice-presidente do PSD Marco António Costa diz que o resultado no referendo de Atenas, onde tudo aponta para uma vitória do “não”, coloca nas mãos do governo helénico o “dever” de apresentar uma solução para o país.

“A realidade torna-se muito simples: o referendo coloca agora nas mãos do governo grego a capacidade e o dever de apresentar uma solução para o impasse a que se chegou”, declarou o social-democrata numa declaração sem direito a perguntas feita na sede do partido, na Lapa, em Lisboa. 
Tal solução, acrescentou o social-democrata, deverá encontrar um equilíbrio entre as “legítimas aspirações dos gregos” mas tendo em conta o “respeito pelas regras da união monetária”,

“Não é tempo para exaltações, muito menos para precipitações, antes de [haver] diálogo com realismo e responsabilidade”, prosseguiu Marco António Costa. 
O PSD, “contrariamente a outros, não navega ao sabor dos ventos”, e “mantém inabalável o seu compromisso de projeto europeu”, disse ainda o dirigente social-democrata, lembrando que Atenas continua a viver uma situação de “emergência financeira e social”.

05/06/2015   20:53 João Cândido da Silva
Cidadãos alemães manifestam-se na manifestação que, em Atenas, celebra a vitória do “não”.

05/06/2015   20:50 Helena Pereira
Manuel Alegre: "Grande lição aos políticos com alma de lacaios"

O ex-deputado do PS e ex-candidato presidencial Manuel Alegre comentou os resultados conhecidos do referendo grego, classificando este dia de “momento histórico” e de uma “grande lição de coragem e dignidade a toda a Europa e sobretudo aos políticos com alma de lacaios”. 
“Viva a Grécia”, disse, numa mensagem colocada no Facebook.

05/07/2015   20:45 João Pedro Pincha
Socialistas europeus: alguns países têm de parar com "jogos políticos domésticos"

Os Socialistas Europeus disseram este domingo esperar que, na sequência da “clara vitória do ‘não’” no referendo na Grécia, o governo grego e as instituições retomem as negociações, desta feita “de forma responsável” e deixando de lado “egoísmos nacionais”.

A primeira reação em Bruxelas ao resultado do referendo foi do presidente do grupo dos Socialistas e Democratas (S&D) no Parlamento Europeu – a segunda maior família política europeia, que o PS integra -, com Gianni Pittella a observar que “o povo decidiu” e deve ser tido em conta “o desfecho claro” da consulta.
A partir de amanhã [segunda-feira], reabramos as negociações inspirados por uma nova atitude de solidariedade e cooperação, tendo em conta a dimensão social difícil na Grécia”, defendeu, numa declaração divulgada em Bruxelas.
Segundo o líder parlamentar dos Socialistas Europeus, o governo grego deve regressar à mesa das negociações com uma atitude responsável renovada”. 
Além disso, acrescentou, “é também tempo de alguns Estados-membros e ministros” pararem com “uma rigidez inaceitável, egoísmo nacional e jogos políticos domésticos”. 
“Nós continuamos a fazer tudo o que for necessário para um compromisso responsável e a longo prazo e para evitar qualquer opção infeliz por uma Grexit”, ou seja, uma saída da Grécia da zona euro, conclui.

(texto: Agência Lusa)

05/07/2015   20:38 Edgar Caetano
"O eleitorado grego falou". Uma das imagens que estão a correr as redes sociais


05/07/2015   20:36 João Cândido da Silva
Stravros Stellas, membro do Syriza, segura uma bandeira de Portugal pertencente a um amigo: “já chega, estamos fartos”. 
Do nosso enviado em Atenas, Nuno André Martins.

05/07/2015   20:32 Edgar Caetano
"Não haverá novo empréstimo sem reestruturação da dívida"

Um ponto de partida para as negociações, segundo Yanis Varoufakis: O governo grego não irá aceitar quaisquer novos empréstimos sem que haja uma reestruturação da dívida.

“Os gregos disseram hoje não a cinco anos de hipocrisia” e “devolveram aos credores o ultimato que lhes foi feito”.

05/07/2015   20:31 Edgar Caetano
Sigmar Gabriel, coligado com Merkel, arrasa Alexis Tsipras


O ministro da Economia da Alemanha, Sigmar Gabriel, parceiro de coligação de Merkel pelo SPD, diz que “Alexis Tsipras demoliu as últimas pontes sobre as quais a Europa e a Grécia poderiam ter caminhado para um consenso”.

05/07/2015   20:13 João Pedro Pincha
PS: O "não" grego não é um não à Europa

A primeira reação do Partido Socialista ao referendo grego surgiu através de Porfírio Silva, do secretariado nacional do PS, que considerou que “se vencer o não, é um não sobre um projeto de acordo”. Para o responsável socialista, “não há um não à Europa”, pelo que, para o PS, é importante que Grécia e parceiros europeus se sentem rapidamente à mesa. “As negociações têm de recomeçar e têm de ser levadas a bom termo o mais rapidamente possível”, disse Porfírio Silva, para quem “este assunto não se trata numa base partidária”, como acredita que o Governo de Passos Coelho tem feito.
O Governo português tem tido uma atitude antipatriótica nesta matéria, porque está interessado em explorar partidariamente o medo das pessoas e porque trata os assuntos de Estado como propaganda eleitoral. O Governo tem feito de conta que um terramoto grego não afetará Portugal, mas está errado, porque o prolongamento desta crise afetará Portugal tal como afetará outros países e outros povos.”
“Na Europa, por mais razão que um país tenha, não pode ficar a falar sozinho. Um contra todos não é a via correta para tratar dos problemas na Europa”, afirmou ainda Porfírio Silva, que garantiu que o PS terá uma atuação diferente da de Passos caso vença as legislativas:
Com um Governo do PS, Portugal não ficará a falar sozinho na Europa. Com um Governo do PS, Portugal não seguirá a via de submissão do Governo de Passos Coelho, nem seguirá uma via de ‘orgulhosamente sós'”
05/07/2015 20:06 Edgar Caetano
Euro abre na Ásia a cair 1% face ao dólar

A moeda única abriu na sessão asiática a cair 1% para 1,1007 dólares, numa reação aos resultados do referendo grego e à garantia por parte do Banco Central Europeu (BCE) de que poderão ser lançados mais estímulos monetários para assegurar a estabilidade financeira na zona euro.


Evolução do euro-dólar no último mês. Fonte: Bloomberg

05/07/2015   20:03 João Cândido da Silva
Manifestantes do “não” começam a juntar-se na praça Sintagma. Ouvem-se buzinas de motas e carros, bandeiras na mão como capas pelas costas. Ambiente de festa no centro de Atenas, relata Nuno André Martins, enviado do Observador à capital grega.


05/07/2015   19:45 Edgar Caetano
JPMorgan: Saída do euro passou a ser o cenário mais provável

A saída da Grécia do euro passou a ser vista como o cenário mais provável aos olhos do banco de investimento JPMorgan. Algo que será “caótico“, segundo cita a Bloomberg.

05/07/2015   19:22 Edgar Caetano
Mercados europeus devem abrir em forte queda amanhã

O valor do euro deverá descer face às principais divisas e as bolsas devem abrir em baixa depois do resultado deste referendo na Grécia.

“Embora as empresas e os bancos europeus tenham agora menos exposição à Grécia do que em 2012, o sentimento de risk off (fuga aos ativos de risco) deverá penalizar mais os operadores de turismo e o setor financeiro, em termos setoriais”, escreve Steven Santos, gestor do Banco BIG em nota de análise.

“O setor financeiro, principalmente na periferia, poderá mesmo registar o movimento [negativo] mais acentuado”. Ainda assim, a disponibilidade do BCE – hoje revalidada por um dos seus líderes – para avançar com medidas de estímulo além das já existentes deverá conter as perdas nas ações europeias.

05/07/2015    19:11 João Pedro Pincha
Catarina Martins: "Está mais forte o campo daqueles que exigem ser tratados com dignidade"

A porta-voz do Bloco de Esquerda também já falou sobre o referendo grego, que tudo indica que vá dar uma vitória ao “Não”. Para Catarina Martins, “se as pessoas não se levantarem em nome do emprego, da economia e da dignidade, tudo o que as instituições europeias têm para lhes oferecer é o empobrecimento sem fim e a chantagem”. 
E, por isso, a verificar-se a vitória do “Não”:
Está mais forte o campo daqueles que exigem ser tratados com dignidade, o campo daqueles que não aceitam a humilhação pela finança, o campo daqueles que não aceitam que decisores que estão intrinsecamente ligados a interesses financeiros – e é bom lembrar hoje que Jean-Claude Juncker, o presidente da Comissão Europeia, é o homem do LuxLeaks, ou seja, é o homem dos contratos fraudulentos para que as grandes empresas fujam aos impostos – há povos que se levantam e não aceitam ser governados por quem serve a finança e nunca é capaz de servir as pessoas”, disse.
Depois, acrescentou:
Se vai ser um caminho simples? Não será com certeza, mas alarga-se o campo da resistência. Quando se alarga este campo, é a dignidade que é posta em cima da mesa.
A porta-voz bloquista aproveitou também a ocasião para criticar a atuação do Governo nas últimas semanas, considerando que o seu comportamento “envergonhou” os portugueses. 
“O Governo português, que se entretém no plano nacional a pensar como vai cortar mais 600 milhões de euros nas pensões nos próximos quatro anos, esteve sempre do lado do sistema financeiro e da Alemanha, e portanto não esteve nunca a defender os interesses da população portuguesa”, disse, para de seguida comentar: “Felizmente, não é ouvido na Grécia.”

05/07/2015   19:07 Edgar Caetano
Cofres nos bancos. Gregos podem tirar conteúdos, mas não dinheiro


Ministra adjunta das Finanças, Nantia Valavani, terá dito que os gregos podem dirigir-se aos bancos para retirarem conteúdos dos cofres, mas não dinheiro. 
Para supervisionar a ida do cliente junto do cofre, este será acompanhado por um funcionário do banco.

O jornal To Vima, que escreve sobre esta notícia, diz que a associação de bancos grega não foi tomada qualquer decisão neste sentido.

05/07/2015   19:00 Helena Pereira
Jerónimo de Sousa: Governo devia estar solidário com Grécia

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, já comentou os primeiros resultados do referendo grego defendendo que o Governo português deveria estar solidário e ao lado do povo grego, “em vez de alinhar com os poderosos da União Europeia”. “Neste momento, em que vemos a situação que se vive na Grécia, este Governo português devia estar do lado daqueles que, no essencial, também passam pelos mesmos dramas que nós. Deveria haver solidariedade com aqueles trabalhadores e com aquele povo, mas não, alinham com os poderosos da União Europeia!”, alegou.

“Gostaria de afirmar claramente que a nossa solidariedade não vai para a União Europeia! 
Vai para os trabalhadores e para o povo Grego, na defesa dos seus direitos a uma vida melhor e na defesa da soberania”, disse em Resende. 
“Nós valorizamos muito a nossa Constituição da República, onde na lei fundamental está escrito que, em relação à independência nacional, a soberania reside no povo e não na União Europeia ou qualquer instituição estrangeira. 
Também na Grécia se deve respeitar esse princípio”, referiu. 
No seu entender, a União Europeia está a fazer com que o povo grego “se ajoelhe e se deixe humilhar”, com propostas que visam “cortar mais nos salários, nas pensões e reformas, na educação, saúde e serviços públicos”.

“Aquele povo tem o direito à dignidade, de dizer não, de dizer que na Grécia mandam os gregos e de dizer que não aceitam mais cortes e mais sacrifícios para o seu povo”, acrescentou. 
De acordo com Jerónimo de Sousa, o que está a acontecer na Grécia “demonstra a verdadeira cara da União Europeia”. “Venderam-nos a União Europeia há 30 anos como uma coisa muito boa, o mercado de 300 milhões de pessoas, com Portugal na moda e na linha da frente. 
Passados estes anos, descobre-se que a União Europeia está é ao serviço do grande capital, dos grandes grupos económicos, de um diretório de potências dos países mais fortes que determinam a vida dessa União Europeia”, concluiu.

05/07/2015    18:47 João Cândido da Silva
Festa na praça Klathmonos, uma apoiante do não com lágrimas nos olhos, depois de o ministro do Interior divulgar primeiros resultados. 
“Não” deve vencer pelo menos com 61% dos votos, diz o ministro. Fotografia de Nuno André Martins, enviado do Observador a Atenas.

05/07/2015   18:43 Edgar Caetano
E agora, BCE? (Um ponto de situação)

A vitória do “Não” no referendo parece cada vez mais provável e fonte do governo grego já indicou que o banco central do país vai pedir ao Banco Central Europeu (BCE) um aumento da liquidez de emergência. 
Essa medida será crucial não só para que os bancos possam reabrir mas, também, para dar uma solução à escassez de recursos que já está a assolar os bancos gregos, mesmo com as limitações associadas aos controlos de capitais. 
O que responderá Mario Draghi e os outros governadores do BCE?

O Conselho de Governadores do BCE vai discutir a situação dos bancos gregos amanhã, segunda-feira. 
O português Vítor Constâncio disse na sexta-feira que “a única coisa que importa” é que continue a haver uma “perspetiva de acordo entre a Grécia e os credores“. 
E porquê? 
Porque, sem alternativas claras para o financiamento (nenhum investidor privado participaria em leilões de dívida), pode ficar em causa a solvência do Estado grego. 
Um Estado que até já falhou um pagamento de dívida – ao FMI – a 30 de junho.

E, se a solvência do Estado grego estiver em causa, a solvência dos bancos pode, também, ficar em risco pelo facto de estes terem dívida pública entregue como garantia para os empréstimos recebidos do BCE (por via do banco central grego, por se tratar da plataforma de emergência). 
Aí, o BCE poderá deixar de ter alternativa porque o seu mandato impede-o de entregar liquidez a bancos que não sejam solventes. Esta limitação legal foi recordada, recentemente, por vários responsáveis do BCE, incluindo o austríaco Ewald Nowotny.

Yanis Varoufakis veio, depois do fecho das urnas, esclarecer que não tinha prometido um acordo em 24 horas mas admite que este “pode acontecer”. 
Angela Merkel viaja para Paris e poderá haver novas negociações entre as equipas técnicas de Atenas e dos credores. 
Será suficiente para evitar que o BCE corte o acesso dos bancos ao financiamento de emergência? 
E, como isso provavelmente não chega, será suficiente para aumentar o teto máximo que está atualmente definido?

05/07/2015    18:37 Helena Pereira
O primeiro-ministro português disse este domingo em Cabo Verde estar a aguardar pelos resultados do referendo grego, mas insistiu em que, quaisquer que sejam, há países europeus que “emprestaram muito dinheiro” e que a questão não pode ser esquecida.

“Iremos aguardar o resultado do referendo. 
Respeitamos a decisão do Governo grego de convocar o referendo e respeitaremos também o resultado. 
Não vou antecipar expetativas, porque já houve quem se tivesse pronunciado pela Europa toda em número suficiente sobre o que se está a passar nesta altura na Grécia”, afirmou Pedro Passos Coelho.

05/07/2015   18:23 Edgar Caetano
Contagem de votos a decorrer. "Não" vence em todo país



05/07/2015   18:12 Edgar Caetano
Primeiros votos contados (7,4% do total) dão quase 60% ao "Não"

Primeiros votos contados (7,4% do total) dão 59,8% ao “Não”, segundo dados do Ministério da Administração Interna.

A participação no referendo terá superado os 50% (acima do mínimo de 40%), com alguns relatos anteriores a apontarem que esta pode ter chegado aos 65%, em linha com a votação nas eleições de janeiro.

05/07/2015   18:02 Edgar Caetano
Banco central grego pede mais liquidez ao BCE

Segundo a Reuters, fonte do governo grego diz que o Banco da Grécia vai pedir ao BCE que aumente o teto máximo da liquidez de emergência para os bancos gregos.

Notícias avançadas na semana passada indicaram que o BCE recusou, no fim de semana passado, um aumento de seis mil milhões de euros na liquidez de emergência, o que levou aos controlos de capitais instaurados no país.

05/07/2015   17:53 Edgar Caetano
Casas de apostas dão vitória do "Não" como praticamente certa

05/07/2015   17:45 João Cândido da Silva
Algumas dezenas de pessoas na praça Sintagma de apoio ao “não”. 
Mas há mais jornalistas e turistas que apoiantes de qualquer dos lados. 
Ambiente calmo de expetativa. 
Fotografia no enviado do Observador a Atenas, Nuno André Martins.


05/07/2015   17:44 Edgar Caetano
Varoufakis critica imprensa "tóxica" - acordo PODE vir em 24 horas

Minutos depois de as urnas fecharem, Yanis Varoufakis recorreu ao Twitter para clarificar que disse que “em 24 horas PODEREMOS ter um acordo”.

“A nossa imprensa tóxica apressou-se a noticiar que eu previ um acordo em 24 horas. 
Porque será?”


05/07/2015   17:40 Edgar Caetano
Panos Kammenos diz que "a democracia venceu"

Sem esperar pela confirmação oficial dos resultados avançados pelas primeiras sondagens (feitas por telefone), o ministro da Defesa da Grécia, Panos Kammenos, diz que “este resultado mostra que os cidadãos gregos não podem ser chantageados, aterrorizados e ameaçados. 
A democracia venceu”.

Nos últimos dias anteriores a este referendo, o partido que Panos Kammenos lidera, os Gregos Independentes, voltaram atrás no seu apoio à realização desta consulta popular. 
Os Gregos Independentes formam governo em coligação com o Syriza.


05/07/2015   17:26 Edgar Caetano
Merkel estará em Paris amanhã para discutir resultado com Hollande

Porta-voz do governo alemão confirmou que a chanceler alemã vai encontrar-se amanha, segunda-feira, com o presidente francês para discutirem o resultado do referendo na Grécia.

Os primeiros resultados oficiais, ainda preliminares, só serão divulgados mais perto das 19h de Lisboa.

Porta-voz do Syriza diz que o governo irá “envidar todos os esforços para chegar a um acordo” com os credores.

05/07/2015   17:16 Edgar Caetano
Mais sondagens. Todas dão vitória ao "Não"

Mais atualizações de sondagens.

Mega TV

Não – 49,5% a 53,5%

Sim – 45,5% a 50,5%

Marc

Não – 49,5% a 54,4%

Sim – 45,5% e 50,5%

MetronAnalysis

Não – 49%

Sim – 46%

Ekai

Não – 52%

Sim – 48%

05/07/2015   17:04 Edgar Caetano
Primeiras sondagens após fecho das urnas dão vitória ao "Não" com 51,5%



05/07/2015   17:03 Edgar Caetano
17h. Fecham as urnas na Grécia

As urnas estão a fechar na Grécia.

05/07/2015   16:38 Edgar Caetano
Se o Não vencer, Governo envia equipa para Bruxelas


Fontes disseram à Sky News que se o “Não” vencer, o governo grego irá enviar uma equipa para Bruxelas para recomeçar as negociações imediatamente.

05/07/2015   16:03 Edgar Caetano
Bandeira grega no Castelo de São Jorge, em Lisboa


A bandeira terá sido colocada por ativistas do movimento “Eu não me vendo“.

05/07/2015   15:23 Edgar Caetano
Cartazes e graffitis pelo "Não"

Se o fator decisivo fosse o número de cartazes na rua, o Não teria vitória garantida, mostra-nos o Nuno André Martins.

05/07/2015   15:18 Edgar Caetano
Um ponto de situação, a menos de duas horas do fecho das urnas

  • Uma sondagem realizada horas antes da abertura das urnas, e citada pelo Financial Times, dá uma vitória magra ao “Não” no referendo. Segundo a consulta, o “Não” deverá vencer com entre 51% a 53% dos votos. Será, por sinal, um resultado renhido, uma questão sobre a qual se debruçou o nosso enviado especial a Atenas, Nuno André Martins.

  • Depois de votar, Yanis Varoufakis – ministro das Finanças que garante que se demitirá caso o “Sim” vença – disse que “durante cinco anos os fracassos incríveis do Eurogrupo conduziram a ultimatos sem qualquer sentido acerca dos quais o povo não podia pronunciar-se. Hoje, o povo pronuncia-se sobre o último ultimato do Eurogrupo e seus associados”. Alexis Tsipras, primeiro-ministro,

  • Pelo “Sim”, uma das caras conhecidas a votar foi o antigo primeiro-ministro Kostas Karamanlis. Karamanlis disse nos últimos dias que os gregos devem votar “Sim à Europa – é a nossa casa”. Giorgios Papandreou, outro ex-chefe do governo, quer que a Grécia permaneça “no coração da Europa”.

  • A declaração mais controversa do dia pertenceu a Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu. “É muito claro que se os gregos disserem não, terão de introduzir uma nova moeda porque o euro não estará disponível como meio de pagamento”. E “a partir do momento em que alguém introduz uma nova moeda, sai da zona euro”.

  • As urnas fecham às 17 horas de Lisboa, pelo que os primeiros resultados podem sair nas horas seguintes.


05/07/2015   14:59 Edgar Caetano
Atenas quer negociar um acordo fiscal com a Suíça

A Grécia quer chegar a um acordo de amnistia fiscal com a Suíça para os gregos que tenham dinheiro naquele país, o que poderia permitir a Atenas recuperar montantes especialmente necessários neste momento, de acordo com um semanário suíço. 
O texto proposto por Atenas pede a concessão de uma amnistia para aqueles que ilegalmente tenham depositado o seu dinheiro na Suíça em troca de um imposto fixo de 21% sobre todos os montantes não relatados, de acordo com o NZZ am Sonntag, citado pela AFP.

O Governo grego liderado pelo partido de esquerda Syriza, cuja sobrevivência depende do resultado do referendo a realizar hoje na Grécia, comprometeu-se a combater a evasão fiscal. 
As estimativas dos valores depositados na Suíça pelos gregos são bastante díspares, variando entre os 2,0 mil milhões e 200 mil milhões de euros, de acordo com o NZZ am Sonntag.

Um porta-voz do ministério suíço das Finanças confirmou que Atenas tinha feito uma nova proposta, mas sem dar detalhes.

05/07/2015   13:57 Edgar Caetano
Sondagem vista pelo FT também dá vitória ao Não. Mas magra

Uma sondagem citada pelo Financial Times, realizada antes da abertura das urnas, dá uma vantagem curta ao “Não”. 
Segundo a consulta, o “Não” deverá vencer com entre 51% a 53% dos votos.

Aqui tem o link para o site do Ministério da Administração Interna, onde os resultados serão publicados.

As urnas fecham às 17h de Lisboa, pelo que os primeiros resultados podem sair nas horas seguintes.

05/07/2015   12:52 Edgar Caetano
O ambiente em Atenas. Apoiantes do Sim e do Não trocam argumentos

Photo 05-07-15 12 38 57Escola em Ipitou, no centro de Atenas, fotografada pelo nosso enviado especial Nuno André Martins.

Poucas pessoas votam mas na rua juntam-se apoiantes do sim e do não, que trocam de passagem palavras mais acesas.
“Não são eles que sofrem” – Eleni (apoiante do Não)
“Se ganharem [o Não] amanhã não temos país” – Andreas (apoiante do Sim)


05/07/2015   12:30 Edgar Caetano
Agência noticiosa russa cita sondagem que dá vitória (clara) ao "Não"

O “Não” irá vencer com uma margem entre 4 e 8 pontos percentuais. 
Este é o resultado de uma sondagem obtida pela agência estatal russa RIA Novosti, citada aqui pela Sputnik News.

Apesar de ainda serem 15:30 em Atenas, “podemos dizer que a vitória do Não foi decidida”, disse a fonte que entregou os dados à agência russa.

05/07/2015   12:18 Edgar Caetano
“A moeda única e a democracia são compatíveis entre si”, diz Varoufakis

O ministro das Finanças grego transmitiu hoje uma mensagem europeísta ao afirmar que o referendo pode demonstrar que “a moeda única e a democracia são compatíveis entre si”.

“Durante cinco anos os fracassos incríveis do Eurogrupo conduziram a ultimatos sem qualquer sentido acerca dos quais o povo não podia pronunciar-se. 
Hoje, o povo pronuncia-se sobre o último ultimato do Eurogrupo e seus associados”, disse Yanis Varoufakis, depois de votar, em Atenas.

O ministro, que foi votar na companhia do seu pai, classificou a tarefa de hoje dos gregos como “um momento sagrado, um momento de esperança para a Europa”, no qual se demonstra que “a moeda única e a democracia podem coexistir”.

05/07/2015   11:36 Edgar Caetano
BCE: "Não deve duvidar-se da nossa vontade de agir"

Benoît Coeuré, membro do Conselho Executivo do BCE, diz que o banco central está pronto para tomar medidas adicionais caso a situação o exija.

“Nas circunstâncias atuais de grande incerteza na Europa e no mundo, o BCE tem sido muito claro a dizer que se for necessário fazer mais, iremos fazer mais. 
Vamos encontrar os instrumentos necessários”, afirmou o francês numa conferência. 
“Não deve duvidar-se da nossa vontade de agir”, atirou.

Esta será uma alusão a eventuais medidas de estímulo monetário – a somar às já existentes – que podem ser necessárias caso os mercados de crédito na zona euro sintam os efeitos negativos da incerteza em torno da Grécia e do que vier a acontecer nos próximos dias.

As declarações são citadas pela Reuters.

05/07/2015   10:43 Edgar Caetano
Se o "Não" ganhar, gregos terão de introduzir nova moeda, diz Martin Schulz

O governo grego garante que, com uma vitória do “Não”, a Grécia terá um novo acordo com os credores em 48 horas e os bancos irão reabrir novamente na terça-feira, como está previsto. 
Mas o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, afirmou este domingo numa rádio alemã (a Deutschlandfunk) que a Grécia terá de criar uma moeda alternativa ao euro caso o “Não” vença.

“Se a Grécia continuará no euro após este referendo? 
É muito claro que se os gregos disserem não, terão de introduzir uma nova moeda porque o euro não estará disponível como meio de pagamento”, disse Martin Schulz, citado pela Reuters.

E “como é que eles vão pagar os salários e as pensões”? 
“A partir do momento em que alguém introduz uma nova moeda, sai da zona euro”. 
“Estes são os elementos que me dão alguma esperança de que as pessoas não irão votar não hoje”, concluiu o presidente do Parlamento Europeu.

05/07/2015   10:17 Edgar Caetano
As últimas sondagens

Aqui estão as últimas sondagens que saíram em antecipação a este referendo, reunidas ontem pelo Milton Cappelletti, um dos jornalistas do Observador que irão acompanhar, ao minuto, este dia crucial para a Grécia – além do nosso Nuno André Martins, que está em Atenas.

Instituto Alco
Sim: 44,8%
Não: 43,4%
Indecisos: 11,8%

Universidade da Macedónia
Sim: 42,5%
Não: 43%
Indecisos: 14,5%

Instituto Public Issue
Sim: 42,5%
Não: 43%
Indecisos: 9%

05/07/2015   10:08 Edgar Caetano
Presidente grego: Temos de "permanecer" unidos neste "caminho difícil"

O presidente da Grécia, Prokopis Pavlópulos, pediu hoje aos cidadãos para permanecerem “unidos” no “caminho díficil” que se avizinha, independentemente da opção que for escolhida hoje no referendo sobre a proposta dos credores internacionais em troca do resgate.

“Hoje é o dia em que as pessoas são chamadas a pronunciar-se, colocando o seu poder discricionário no interesse público e no interesse nacional. 
Repito o que disse, várias vezes. 
O caminho difícil no dia seguinte devemos fazê-lo juntos”, disse Pavlópulos depois de votar num subúrbio do norte de Atenas.

05/07/2015   10:06 Edgar Caetano
Ex-ministros pelo "Sim" também já votaram

Vários antigos primeiros-ministros, todos partidários do ‘Sim’, já votaram hoje na Grécia, na primeira hora após a abertura das urnas para o referendo em que os gregos vão decidir se aceitam o programa apresentado pelos credores internacionais.

Pouco depois da abertura das urnas às 07:00 (05:00 em Lisboa), o ex-chefe do Governo social-democrata, Giorgios Papandreou, foi dos primeiros a votar em Atenas, num dia em que são chamados cerca de dez milhões de gregos a decidir sobre o futuro do país e, provavelmente, a permanência na zona euro. 
Papandreou sublinhou a necessidade da Grécia permanecer “no coração” da Europa, acrescentando que o país precisa de profundas alterações que requerem o apoio dos parceiros internacionais e que só depois destas serem concretizadas a Grécia “poderá dizer ‘Não’ aos resgates e poderá ser independente”.

O ex-primeiro-ministro conservador Kostas Karamanlis também esteve entre os primeiros a votar, mas não quis fazer declarações ao sair, assim como o conservador e antigo chefe de Governo até janeiro, Andonis Samarás, que votou no círculo da localidade de Pilos, no sul do Peloponeso. 
“Hoje os gregos estão a decidir o destino do nosso país. 
Se votamos ‘Sim’ na Grécia votamos ‘Sim’ à Europa”, disse o líder da Nova Democracia, depois de votar.

05/07/2015   10:05 Edgar Caetano
Tsipras frisa que gregos têm hoje "nas mãos as rédeas do seu destino"

Bom dia.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, afirmou que o povo enviará hoje, através do referendo que se realiza na Grécia, a importante mensagem de que têm “nas mãos as rédeas do seu destino”. 
“Muitos podem ignorar a vontade do Governo. 
A vontade do povo não”, disse Tsipras, depois de ter votado no bairro popular de Atenas de Kipseli.

O primeiro-ministro reforçou que “hoje o povo grego envia a mensagem que toma nas suas mãos o seu destino”, assim como “hoje a democracia vence o medo” e “a determinação vence a propaganda do medo”. 
Numa mesa de voto repleta de câmaras e entre aplausos de cidadãos, Tsipras lançou também uma mensagem europeísta para reforçar que a escolha de hoje é “uma mensagem de determinação, não só para ficar, mas para viver com dignidade na Europa”. 
“Estou muito otimista”, disse Tsipras, citado pela Lusa, sobre o resultado do referendo em que os gregos vão decidir se aceitam o programa apresentado pelos credores internacionais.

Hoje são chamados cerca de dez milhões de gregos a decidir sobre o futuro do país e, provavelmente, a permanência na zona euro. 
As mais de 19 mil assembleias de voto abriram às 07:00 (05:00 em Lisboa) e fecham às 19:00 (17:00 em Lisboa), antecipando-se uma longa noite para os líderes europeus e para os principais atores financeiros.

O referendo, o primeiro desde 1974, serve para os gregos decidirem se aceitam o programa apresentado pelos credores internacionais (Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) há mais de uma semana. 
Contudo, esse programa já não existe, dado que Atenas falhou o pagamento de 1,55 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) a meio da semana passada.

É exigida uma participação de pelo menos 40% do eleitorado para que o resultado do referendo seja considerado válido. 
Os primeiros resultados devem ser conhecidos a partir das 19:00 (hora em Lisboa).

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