O Fundo Monetário Internacional declarou mais um incumprimento por parte de Atenas.
Dívida já vai em 2000 milhões de euros.
Empréstimo de urgência à Grécia é complexo e há resistências na Europa.
Dívida já vai em 2000 milhões de euros.
Empréstimo de urgência à Grécia é complexo e há resistências na Europa.
Histórico de Atualizações
13/07/2015 23:56 Ana Suspiro
Boa noite.
Saímos de cena hoje com o anúncio de um segundo incumprimento da Grécia em relação ao FMI.
13/07/2015 23:29 Ana Suspiro
Grécia volta a falhar pagamento ao FMI
A Grécia voltou a falhar um pagamento ao Fundo Monetário Internacional, no valor de cerca de 456 milhões de euros, que deveria ter sido recebido esta segunda-feira.
O conselho diretivo do fundo já está informado deste novo incumprimento que eleva para dois mil milhões de euros os pagamentos em falta ao FMI.
Numa nota, o FMI adianta que a pedido de adiamento do pagamento devido a 30 de junho, apresentado pelas autoridades gregas, deverá ser discutido pelo conselho executivo nas próximas semanas.
O FMI deverá participar no terceiro resgate à Grécia.
Um dos objetivos do empréstimo de transição (empréstimo ponte) de emergência que está a ser discutido a nível dos ministros das Finanças é regularizar o pagamento das tranches em dívida ao FMI e evitar que a Grécia entre em incumprimento com o Banco Central Europeu.
Atenas deveria pagar 3,5 mil milhões de euros às instituições lideradas pelo BCE no próximo dia 20 de julho.
13/07/2015 23:25 Ana Suspiro
Para Eil Irwain, que escreve no New York Times, o compromisso obtido esta segunda-feira é o acordo que vai atirar a Grécia ao abismo, ao invés de a afastar do precipício, lembrando que os eleitores gregos disseram não a um acordo menos duro há pouco mais de uma semana no referendo.
Já Allister Heath do Daily Telegraph defende que Angela Merkel pretende criar uma barreira de proteção (ring-fencing) de dezenas de milhares de milhões de euros (50 mil milhões de euros) de ativos gregos como rede de segurança para o terceiro resgate. Estes ativos vão sair da tutela da soberania grega para ficar sob a proteção dos credores, tratando o país como se fosse uma empresa ou um banco que enfrenta um processo de falência.
Ainda a propósito do plano de venda de ativos, a Bloomberg recorda que o primeiro plano de resgate com o primeiro-ministro George Papandreou previa também um pacote de privatizações de 50 mil milhões de euros.
Nem 10% da receita terá sido alcançada.
E o governo do Syriza tem muito mais resistência a privatizações. Uma das operações impostas é a venda da rede de distribuição de eletricidade.
13/07/2015 23:10 Ana Suspiro
O acordo arrancado a ferro e fogo na madrugada de segunda-feira está a suscitar pouco ou nenhum entusiasmo e muitas reservas a analistas e colunistas.
Numa nota difundida esta segunda-feira, o fundador do Greenlight Capital, um hedge fund americano, defendeu que os líderes europeus parecem preparados para deixar cair a Grécia caso isso seja necessário para desencorajar a vitória eleitoral de outros partidos populistas ou anti-austeridade.
“Os líderes europeus não se mostraram dispostos a permitir ao Syriza um acordo para salvar a face, mesmo isso signifique o colapso da Grécia e o sofrimento para resto da Europa”, sublinhou David Einhorn numa carta aos investidores.
13/07/2015 20:49 Ana Suspiro
O empréstimo ponte ou de transição poderá abrir mais uma fonte de clivagem entre os países da União Europeia, desta vez alargado aos 28 membros.
A utilização do EFSM (mecanismo europeu de estabilização financeira) para suportar o financiamento urgente, que pode chegar a 8600 milhões, para evitar o default (incumprimento) grego, estará já a levantar reservas no Reino Unido.
O governo eurocético de David Cameron prometeu excluir o país de novas ajudas aos parceiros do euro.
O EFSM é um mecanismo de financiamento de emergência para os 28 estados membros que tem como garantia o orçamento comunitário.
De acordo com as contas da Bloomberg, o Reino Unido poderá ter que entrar com mil milhões de libras (1400 milhões de euros) se este mecanismo for usado para avançar fundos urgentes a Atenas.
13/07/2015 20:39 Ana Suspiro
O terceiro resgate à Grécia é também um resgate ao sistema bancário do país que enfrenta um feriado forçado há mais de uma semana, com restrições à movimentação de capitais e levantamento de dinheiro.
O Banco Central Europeu recusou o aumento do empréstimo de emergência aos bancos do pais.
Tal como os parceiros, o BCE quer ver primeiro o acordo passar no Parlamento, antes de avançar mais crédito.
O problema não é apenas de liquidez, mas também de capital e os bancos podem ter que usar até 25 mil milhões de euros do novo financiamento.
O ataque ao crédito malparado, que vai continuar a aumentar com o prolongamento da crise, é um dos compromissos do terceiro resgate.
13/07/2015 18:40 Ana Suspiro
Boa noite.
Saímos de cena hoje com o anúncio de um segundo incumprimento da Grécia em relação ao FMI.
13/07/2015 23:29 Ana Suspiro
Grécia volta a falhar pagamento ao FMI
A Grécia voltou a falhar um pagamento ao Fundo Monetário Internacional, no valor de cerca de 456 milhões de euros, que deveria ter sido recebido esta segunda-feira.
O conselho diretivo do fundo já está informado deste novo incumprimento que eleva para dois mil milhões de euros os pagamentos em falta ao FMI.
Numa nota, o FMI adianta que a pedido de adiamento do pagamento devido a 30 de junho, apresentado pelas autoridades gregas, deverá ser discutido pelo conselho executivo nas próximas semanas.
O FMI deverá participar no terceiro resgate à Grécia.
Um dos objetivos do empréstimo de transição (empréstimo ponte) de emergência que está a ser discutido a nível dos ministros das Finanças é regularizar o pagamento das tranches em dívida ao FMI e evitar que a Grécia entre em incumprimento com o Banco Central Europeu.
Atenas deveria pagar 3,5 mil milhões de euros às instituições lideradas pelo BCE no próximo dia 20 de julho.
13/07/2015 23:25 Ana Suspiro
Para Eil Irwain, que escreve no New York Times, o compromisso obtido esta segunda-feira é o acordo que vai atirar a Grécia ao abismo, ao invés de a afastar do precipício, lembrando que os eleitores gregos disseram não a um acordo menos duro há pouco mais de uma semana no referendo.
Já Allister Heath do Daily Telegraph defende que Angela Merkel pretende criar uma barreira de proteção (ring-fencing) de dezenas de milhares de milhões de euros (50 mil milhões de euros) de ativos gregos como rede de segurança para o terceiro resgate. Estes ativos vão sair da tutela da soberania grega para ficar sob a proteção dos credores, tratando o país como se fosse uma empresa ou um banco que enfrenta um processo de falência.
Ainda a propósito do plano de venda de ativos, a Bloomberg recorda que o primeiro plano de resgate com o primeiro-ministro George Papandreou previa também um pacote de privatizações de 50 mil milhões de euros.
Nem 10% da receita terá sido alcançada.
E o governo do Syriza tem muito mais resistência a privatizações. Uma das operações impostas é a venda da rede de distribuição de eletricidade.
13/07/2015 23:10 Ana Suspiro
O acordo arrancado a ferro e fogo na madrugada de segunda-feira está a suscitar pouco ou nenhum entusiasmo e muitas reservas a analistas e colunistas.
Numa nota difundida esta segunda-feira, o fundador do Greenlight Capital, um hedge fund americano, defendeu que os líderes europeus parecem preparados para deixar cair a Grécia caso isso seja necessário para desencorajar a vitória eleitoral de outros partidos populistas ou anti-austeridade.
“Os líderes europeus não se mostraram dispostos a permitir ao Syriza um acordo para salvar a face, mesmo isso signifique o colapso da Grécia e o sofrimento para resto da Europa”, sublinhou David Einhorn numa carta aos investidores.
13/07/2015 20:49 Ana Suspiro
O empréstimo ponte ou de transição poderá abrir mais uma fonte de clivagem entre os países da União Europeia, desta vez alargado aos 28 membros.
A utilização do EFSM (mecanismo europeu de estabilização financeira) para suportar o financiamento urgente, que pode chegar a 8600 milhões, para evitar o default (incumprimento) grego, estará já a levantar reservas no Reino Unido.
O governo eurocético de David Cameron prometeu excluir o país de novas ajudas aos parceiros do euro.
O EFSM é um mecanismo de financiamento de emergência para os 28 estados membros que tem como garantia o orçamento comunitário.
De acordo com as contas da Bloomberg, o Reino Unido poderá ter que entrar com mil milhões de libras (1400 milhões de euros) se este mecanismo for usado para avançar fundos urgentes a Atenas.
13/07/2015 20:39 Ana Suspiro
O terceiro resgate à Grécia é também um resgate ao sistema bancário do país que enfrenta um feriado forçado há mais de uma semana, com restrições à movimentação de capitais e levantamento de dinheiro.
O Banco Central Europeu recusou o aumento do empréstimo de emergência aos bancos do pais.
Tal como os parceiros, o BCE quer ver primeiro o acordo passar no Parlamento, antes de avançar mais crédito.
O problema não é apenas de liquidez, mas também de capital e os bancos podem ter que usar até 25 mil milhões de euros do novo financiamento.
O ataque ao crédito malparado, que vai continuar a aumentar com o prolongamento da crise, é um dos compromissos do terceiro resgate.
13/07/2015 18:40 Ana Suspiro
O feriado bancário na Grécia foi entretanto prolongado até 15 de julho, próxima quarta-feira, segundo o ministro das Finanças grego.
Os bancos gregos fecharam no dia a seguir ao referendo que no dia 5 de julho votou não às medidas de austeridade
13/07/2015 18:22 Filomena Martins
Já o PCP criticou o acordo alcançado para um terceiro programa de ajuda financeira à Grécia, que classificou de “processo de chantagem, desestabilização e asfixia financeira”, acrescentando que tirou partido de “incoerências” do Governo grego.
“Face às decisões da Cimeira do Euro visando o início das negociações de um novo ‘memorando’ para a Grécia, o PCP reafirma a sua condenação do processo de chantagem, de desestabilização e de asfixia financeira promovido pela União Europeia e o FMI visando impor ao povo grego a continuação do endividamento, da exploração, do empobrecimento e da submissão”, afirmou o PCP em comunicado citado pela agência Lusa.
13/07/2015 18:21 Filomena Martins
PS congratula-se com acordo
O PS congratulou-se com o acordo alcançado sobre a Grécia na cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, considerando que só foi possível graças ao empenho dos socialistas europeus no processo negocial.
A posição oficial do PS foi transmitida pela dirigente Ana Catarina Mendes e está publicada na versão digital do jornal oficial deste partido, o Ação Socialista (www.accaosocialista.pt).
13/07/2015 18:17 Ana Suspiro
A ministra das Finanças portuguesa, Maria Luís Albuquerque, diz que há um calendário “tentativo” de quatro semanas para concluir o acordo para o terceiro resgate.
Ainda vai exigir muito trabalho, acrescenta.
A decisão sobre o empréstimo ponte (de transição), terá de ser “tomada esta semana”, mas seguramente depois da votação do acordo no Parlamento grego.
Este financiamento, acrescenta, é muito urgente para assegurar o reembolso ao Banco Central Europeu e resolver o pagamento em atraso ao FMI.
13/07/2015 18:05 Ana Suspiro
Os vários membros do Eurogrupo continuam a falar sobre o empréstimo de transição para a Grécia, mas ainda não há detalhes sobre esta operação que permitirá aliviar no curto prazo a pressão financeira sobre Atenas.
O ministro das finanças italiano, Padoan, diz que há várias opções em cima da mesa.
Não se conhecem valores ainda.
13/07/2015 18:02 Ana Suspiro
Quarta-feira promete ser um dia escaldante em Atenas.
Para além de uma votação incerta no Parlamento, o sindicato dos trabalhadores do Estado está a apelar a uma paralisação de protesto contra o acordo que foi alcançado com os parceiros europeus.
13/07/23015 17:47 Ana Suspiro
O Eurogrupo ainda não chegou a um acordo sobre o empréstimo de transição, adianta Stubb.
O ministro das Finanças finlandês diz que este financiamento terá de ser acordado amanhã.
13/07/2015 17:39 Ana Suspiro
Ala radical do Syriza está contra, mas ainda não decidiu voto
E ganham força as vozes que na Grécia estão contra o acordo, à esquerda e à direita.
A ala mais radical do Syriza, a plataforma de esquerda, não irá apoiar o acordo alcançado com o Eurogrupo, assegura um deputado citado pela Bloomberg sob anonimato.
No entanto, os líderes desta plataforma ainda não decidiram se votam contra ou se se vão abster na votação quarta-feira, no parlamento grego.
Os ministros desta tendência, Panagiotis Lafazanis, ministro Energia, tem sido um dos grandes opositores às cedências de Tsipras à austeridade, não têm para já planos para se demitirem do executivo.
Também Panos Kammenos, líder dos Gregos Independentes, já veio dizer que o seu partido, que faz governo com o Syriza, não concorda com os termos resgate.
Kammenos considera que o primeiro-ministro Alexis Tsipras foi “chantageado” na cimeira da zona euro que terminou esta segunda-feira.
Kammenos, que é também ministro da Defesa, diz não ter planos para abandonar o governo liderado pelo Syrisa, mas recusa participar num governo de união nacional, uma solução que poderia seguir-se à queda do atual executivo.
Para o parceiro de direita de Tsipras, o primeiro-ministro grego foi alvo de “um golpe” desencadeado pela Alemanha e outros países.
Já o ex-ministro das Finanças, Petros Doukas está convencido de que o acordo vai passar no Parlamento grego por uma maioria de dois terços.
13/07/2015 17:33 Ana Suspiro
O presidente do Eurogrupo ainda dá explicações sobre o empréstimo de transição à Grécia.
“É muito complexo.
Analisámos um conjunto de possibilidades”.
Existem questões técnicas, legais, financeiras e políticas a ponderar, adiantou Dijsselbloem aos jornalistas em Bruxelas depois de terminar a reunião do Eurogrupo.
13/07/2015 17:28 Ana Suspiro
Dijsselbloem. Empréstimo de transição é complexo
O reeleito líder do Eurogrupo confirma que foram discutidas as condições para um empréstimo de transição à Grécia, mas este é um assunto “complexo”.
Ainda não foi encontrada a chave para este financiamento, adianta.
Jeroen Dijsselbloem assegura que o objetivo sempre foi manter o país na zona euro, mas acrescenta que é preciso reconquistar a confiança com a Grécia.
O novo programa de resgate, com a duração de três anos, ainda vai demorar a negociar
13/07/2015 17:22 Ana Suspiro
A reunião do Eurogrupo discutiu também a criação de uma taskforce para coordenar um empréstimo de transição para a Grécia, de acordo com responsáveis citados pela agência Bloomberg.
13/07/2015 17:20 Ana Suspiro
Dijsselbloem continua à frente do Eurogrupo
A reunião do Eurogrupo já terminou e votou por unanimidade a reeleição de Jeroen Dijsselbloem para liderar os países da zona euro.
O ministro das finanças holandês vai fazer um novo mandato de dois anos e meio.
13/07/2015 17:05 Ana Suspiro
Os mercados receberam com um sentimento positivo o acordo anunciado esta manhã, mas sem grandes euforias.
As bolsas europeias fecharam todas com ganhos, com a Paris e liderar as subidas.
O índice da praça francesa valorizou quase 2%.
Lisboa progrediu 1,80%.
13/07/2015 16:42 Edgar Caetano
Alexis Tsipras já trabalha em Atenas. E o tempo urge.
O primeiro-ministro grego chegou a Atenas às 14h de Lisboa.
E faz-se votos para que tenha conseguido descansar durante o voo, porque Alexis Tsipras terá já nas próximas horas uma reunião de emergência com o ministro das Finanças, Euclid Tsakalotos, e Nikos Filis, um membro destacado do Syriza que irá ajudar Tsipras a lidar com os dissidentes no Syriza.
A informação é da correspondente do The Guardian em Atenas. Nikos Filis disse esta manhã que os deputados que não concordam com o acordo podem demitir-se de imediato.
Tsipras vai, depois, encontrar-se com Panos Kammenos, líder dos Gregos Independentes – partido que está em coligação com o Syriza.
Ainda não é conhecida, com clareza, qual será a posição de Kammenos, que sabe que provavelmente teria muitas dificuldades caso houvesse eleições antecipadas nesta altura.
13/07/2015 16:23 Ana Suspiro
Empréstimo de transição vai ser muito difícil de negociar
Vários países europeus vão enfrentar desafios para conceder um empréstimo de transição (empréstimo ponte) à Grécia.
Este ponto deverá conduzir a “negociações muito difíceis”, avisou o ministro das Finanças finlandês, Alexander Stubb.
“Muitos países europeus vão ter problemas com este tema (empréstimo de transição) porque não podemos avançar dinheiro sem definir condições claras”, afirmou o ministro finlandês, numa entrevista ao canal televisivo Bloomberg da esta segunda-feira. “Antevejo que essas negociações vão ser muito difíceis”.
Apesar do acordo arrancado esta manhã a ferros ter evitado o pior cenário para a Grécia, apenas estabeleceu as bases para a negociação de um resgate.
A Grécia irá provavelmente encontrar uma maneira de resolver os problemas financeiros de curto prazo.
Stubb acrescenta que os bancos gregos, que continuam fechados, não vão poder contar Mecanismo Europeu de Estabilidade para um potencial resgate financeiro.
Isto porque as negociações com o ESM (European Stability Mechanism vão demorar.
O pacote negociado com os líderes da zona euro prevê uma linha de 25 mil milhões de euros para recapitalizar o sistema financeiro grego.
O Banco Central Europeu já veio entretanto adiantar que não irá aumentar o financiamento de emergência à banca helénica
13/07/2015 16:13 Rita Dinis
Comunicado de Tsipras depois da noite longa de negociações
Pode ler o comunicado emitido pelo primeiro-ministro grego depois de alcançado o acordo aqui, na íntegra.
“Lutamos muito durante seis meses, e lutamos até ao fim para alcançar o melhor dos resultados, um acordo que permitisse o país de voltar a erguer-se nos dois pés, e para o povo grego ser capaz de continuar a lutar.
Enfrentámos decisões difíceis, dilemas difíceis.
Assumimos a responsabilidade desta decisão no sentido de evitar que alguns objetivos mais extremos fossem para a frente, nomeadamente os objetivos das forças mais extremistas e conservadoras na União Europeia.
O acordo prevê medidas rígidas.
Contudo, conseguimos prevenir a transferência de bens públicos para o estrangeiro e conseguimos evitar a asfixia financeira e o colapso do sistema financeiro”, começa por dizer Alexis Tsipras.
Leia o comunicado aqui
13/07/2015 16:05 Ana Suspiro
O Fundo Monetário Internacional (FMI) emitiu entretanto uma declaração em que sublinha estar “pronto para trabalhar com as autoridades gregas e os parceiros europeus para ajudar a levar em frente este importante esforço”.
Na sequência da participação da diretora-geral de FMI, nas discussões que se desenrolaram em Bruxelas neste fim de semana, Christine Lagarde comunicou ao conselho diretivo do Fundo os resultados que saíram da cimeira dos países da zona euro e que estão refletidos no comunicado revelado esta segunda-feira de manhã.
O FMI vai voltar a participar no terceiro resgate à Grécia.
13/07/2015 15:49 Edgar Caetano
Às 6h, Merkel e Tsipras preparavam-se para desistir.
“Lamento, mas ninguém sai da sala”, disse Tusk
Perto das 6h da manhã tudo parecia perdido. Merkel e Tsipras não se entendiam e dirigiam-se para a porta.
Mas Donald Tusk travou a fundo: “Lamento mas ninguém sai desta sala”.
Leia aqui o relato desta noite3 longa escrito pela Rita Dinis.
13/07/2015 15:48 Rita Dinis
Plano de ajuda à Grécia tem de ser votado em 6 países.
Não em Portugal
O plano de resgate grego, depois de ser aprovado no Parlamento grego (que se espera que seja até quarta-feira), terá de ir a votos em pelo menos seis Parlamentos nacionais na zona euro: da Alemanha, Holanda, Finlândia, Áustria, Eslováquia e Estónia.
Em Portugal, o Parlamento nunca votou nenhuma questão de ajuda externa a terceiros porque não é uma “obrigação constitucional”, explicou ao Observador o deputado do PSD e secretário da mesa da Assembleia da República, Duarte Pacheco, ressalvando que, em teoria, o Governo pode levar o assunto ao Parlamento.
Mas não tem de o fazer, nem nunca nenhum Governo o fez.
Por outro lado, Portugal está impedido constitucionalmente de referendar tratados europeus, como a Grécia fez no fim de semana passado.
13/07/2015 14:27 Edgar Caetano
E agora, Sr. Alexis Tsipras?
Alexis Tsipras “cedeu em quase toda a linha” (nas palavras de um ministro europeu) e assinou o acordo que lançará as bases para a negociação do terceiro resgate.
Mas o acordo celebrado na madrugada desta segunda-feira não dará ao primeiro-ministro grego muito tempo para respirar.
Tsipras já se encaminhou para Atenas, onde o espera o maior desafio que se apresenta ao primeiro-ministro grego: um motim dentro do próprio partido , como escreve o jornal grego Ekathimerini.
A longa batalha com Merkel e Hollande parecia, ao raiar do sol em Lisboa, encaminhar a Grécia para fora da zona euro.
Mas as partes viriam a chegar a um acordo que, agora, colocará Tsipras numa posição difícil perante boa parte dos deputados que suportam o seu governo maioritário (de coligação).
Até quarta-feira o primeiro-ministro grego terá de conseguir passar no parlamento de Atenas um primeiro conjunto de medidas.
Nesse mesmo dia, o Eurogrupo irá reunir-se para ratificar o plano que irá a votos em seis parlamentos nacionais na zona euro, incluindo Alemanha, Holanda e Finlândia.
O Bundestag, em Berlim, deverá votar o plano na sexta-feira – partindo do pressuposto que este passa, então, em Atenas na quarta-feira.
Para isso, “Tsipras terá de alterar o seu governo e afastar os mais radicais do seu partido”, escrevem analistas do Eurasia Group. Estima-se que pelo menos 17 dos 149 deputados do Syriza (os dois dos Gregos Independentes dão a Tsipras maioria absoluta) estejam contra este acordo – mas podem ser mais.
Perdendo alguns apoios dentro do seu partido, Tsipras necessitará do apoio dos outros partidos – como o Nova Democracia e o To Potami.
Estes, por sua vez, poderão prestar o seu apoio parlamentar mas apenas a troco da marcação de eleições antecipadas, admitem os analistas do Royal Bank of Scotland.
13/07/2015 13:34 Rita Dinis
Ex-ministro das Finanças grego confiante de que Parlamento vai aprovar reformas
Em declarações à Bloomberg, o ex-ministro das Finanças grego Gikas Hardouvelis (do Governo anterior da Nova Democracia, liderado por Antonis Samaras) mostra-se confiante de que, nesta fase do jogo, Tsipras conseguirá o apoio do Parlamento helénico para avançar com o acordo.
Isto porque “os partidos pró-Europa iriam sempre votar a favor, qualquer que fosse o acordo que o Governo trouxesse para cima da mesa”.
Sobre o problema dos bancos, que continuam fechados e com controlo de capitais, Hardouvelis tem a certeza que o BCE só dará ordem de reabertura quando receber a luz verde das autoridades europeias, como sinal de que há mesmo acordo e há mesmo programa de resgate.
Ou seja, quando tiver a certeza que a Grécia vai executar as reformas acordadas.
“Só aí o BCE irá reforçar o ELA”.
“Precisamos de executar as reformas, e o povo grego precisa de apoiar o primeiro-ministro e os partidos pró-europeus nesta fase”, diz.
Sobre o futuro político da Grécia, acredita que o Syriza até pode colapsar por dentro, mas os gregos vão continuar a votar nele.
13/07/2015 13:26 Rita Dinis
Alemanha vota programa de ajuda à Grécia na sexta-feira.
Antes disso, Tsipras tem de aprovar reformas
Merkel tinha dito que o Parlamento alemão só votaria o novo programa de resgate à Grécia depois de o Parlamento grego o fazer, mas agora pressiona com data marcada.
O Bundestag votará na sexta-feira, partindo do princípio de que Tsipras consegue aprovar as medidas no Parlamento helénico na quarta-feira, como está previsto.
13/07/2015 13:12 Rita Dinis
Mais uma fonte, agora da Bloomberg, confirma que os governadores dos bancos centrais europeus não vão reforçar a linha de cedência de liquidez de emergência (ELA), deixando tudo como está.
13/07/2015 13:08 Rita Dinis
Alexander Stubb, ministro das Finanças da Finlândia, um dos países mais relutantes em emprestar mais dinheiro à Grécia, afirma que “o envolvimento do FMI era condição sine qua non para nós”.
“É muito importante que o Fundo seja envolvido e nós estamos muito satisfeitos que assim seja”, disse à chegada reunião dos ministros das Finanças em Bruxelas.
Na verdade, a participação do FMI no novo programa de ajuda financeira à Grécia está dependente do pagamento do montante que a Grécia deve ao Fundo.
O prazo para o pagar os 1,55 mil milhões esgotou-se no último dia 30 de junho.
Quando anunciou o acordo sobre o novo pacote de ajuda financeira na ordem de cerca de 86 mil milhões de euros, a Comissão Europeia deixou claro que “a participação do FMI no novo programa só ocorrerá se a Grécia pagar o que deve ao fundo”.
O que parece pouco provável.
Sobre a reunião do Eurogrupo, marcada para esta tarde, Stubb antevê “uma longa noite”.
Mais uma.
Para o ministro finlandês, o acordo sobre o financiamento transitório, de curto prazo, à Grécia (que é o passo que se segue) “não será fácil”.
“Não será fácil porque há muitos parlamentos e governos que não têm mandato para dar mais dinheiro a outro país, ou dinheiro incondicional”, disse.
13/07/2015 12:35 Edgar Caetano
Acordo ou "declaração de intenções"?.
A análise de dois bancos de investimento internacionais
CITI:
“É provável que os votos da oposição sejam necessários para obter uma maioria no Parlamento” que viabilize este acordo, escreve esta manhã o Citi. “Isto irá abrir caminho, provavelmente, para uma remodelação no governo e a inclusão de alguns partidos mais ao centro”, diz o banco de investimento, notando que “eleições antecipadas, algures durante 2015, são muito prováveis”.
O Citi mantém, contudo, o receio de que “o Grexit continue a ser o cenário mais provável ao longo dos próximos 1-3 anos”.
ING:
“Ainda que os líderes europeus queiram associar a este acordo um discurso positivo, continuam a existir dúvidas e preocupações que, na nossa opinião, ofuscam o otimismo e a euforia”, diz o banco holandês ING.
“A começar pelo facto de ainda não existir qualquer acordo firmado, na realidade”, porque este “acordo apenas lançará as negociações assim que certas condições estiverem cumpridas. Trata-se de uma declaração de intenções”, diz Carsten Brzeski, economista do ING.
O ING diz que é “incerto se Tsipras sobreviverá, politicamente, às negociações que se seguem” e conclui que “o Grexit pode ser sido evitado por mais algumas semanas – talvez alguns meses, no melhor dos cenários – mas como em qualquer filme de terror, os fantasmas voltam sempre“.
13/07/2015 12:09 Edgar Caetano
Bolsas sobem e juros da "periferia" aliviam
As bolsas europeias estão a subir depois do acordo com a Grécia, que servirá de base para um eventual terceiro resgate.
O índice Eurostoxx 50 subia cerca de 2% há momentos, mas essa subida apenas leva o índice das 50 maiores empresas da zona euro para máximos de duas semanas, ou seja, antes de o referendo ter sido anunciado.
Os juros da dívida dos países da “periferia” também estão a aliviar, com as taxas a 10 anos de Portugal a caírem cinco pontos base para 2,8%.
13/07/2015 12:04 Rita Dinis
Jornalistas gregos avançam que Tsipras e Panos Kammenos, ministro da Defesa e líder dos Gregos Independentes (parceiro de coligação) se vão reunir ainda esta tarde.
As fraturas internas que vão surgir agora no rescaldo do acordo com a Europa são inevitáveis e os riscos de Alexis Tsipras perder a maioria governamental (contando com os dissidentes do próprio Syriza) são cada vez maiores.
Há mesmo quem diga que, depois de um referendo ao acordo anterior (onde ganhou expressivamente o Não), o novo acordo grego pode dividir o Syriza em dois
É que, apesar de o governo grego ter conseguido o apoio de 251 dos 300 deputados para as propostas que levou a Bruxelas este fim de semana, a verdade é que dois deputados do Syriza votaram contra, oito abstiveram-se e ainda sete outros estiveram ausentes da votação.
Ou seja, agora o problema pode vir por dentro.
Alguns dos nomes mais sonantes que estão contra Tsipras neste momento são o ministro da Energia, Panagiotis Lafazanis, e o secretário de Estado do Trabalho, Dimitris Stratoulis.
13/07/2015 11:55 Edgar Caetano
Um resumo das medidas acordadas na reunião de ontem (hoje?)
Preparámos um texto específico com as principais medidas acordadas pelos líderes da zona euro com a Grécia.
Medidas que terão de ser aprovadas para que possa ser, então, negociado um terceiro resgate à Grécia.
13/07/2015 11:49 Rita Dinis
De Berlim, o socialista Sigmar Gabriel diz que os parceiros europeus fizeram uma “oferta justa” ao primeiro-ministro grego, referindo-se aos mais de 80 mil milhões de euros de resgate.
As condições que foram impostas à Grécia, em contrapartida, são “necessariamente relativamente duras”, diz.
Quanto a Tsipras, Sigmar Gabriel reconhece o “mérito de dar um grande passo em direção às exigências dos parceiros europeus”.
No fundo, acordo é “um resultado bom”, acrescenta.
13/07/2015 11:37 Rita Dinis
Cameron: "Há muito mais para fazer"
Do Reino Unido, uma reação de David Cameron: “Satisfeito” por o acordo ter sido alcançado entre a Grécia e os seus parceiros da zona euro, mas mais prudente: “Há muito mais para fazer”, diz, explicando que “o desafio agora” é a execução a longo prazo, é “implementar o acordo”.
E isso é uma coisa que “a Grécia tem de descobrir com os parceiros da zona euro.
Têm de encontrar uma solução sustentável”, diz.
E também uma reação do ministro das Finanças, George Osborne, que diz que se pode falar em felicitações “cautelosas” ao acordo. “Agora precisamos de olhar para os detalhes do acordo, que foi alcançado noite dentro, e garantir que resulta tanto para o nosso país como para toda a Europa.
O que queremos mesmo é que isto seja uma solução definitiva, porque o risco iminente da Grécia afeta a Europa inteira, incluindo o Reino Unido”, diz.
13/07/2015 11:29 Rita Dinis
O economista chefe do Commerzbank Joerg Kraemer diz numa nota enviada aos clientes que o cenário mais provável que se segue é o de eleições antecipadas na Grécia.
O Parlamento grego terá de aprovar as reformas acordadas com a UE com os votos dos principais partidos da oposição e não terá maioria sólida para governar.
Depois de fechados os termos do terceiro programa de resgate, o mais certo é haver eleições.
A bola está novamente do lado de Atenas, que entra agora numa maratona negocial interna para aprovar nova legislação antes das negociações sobre o terceiro programa.
13/07/2015 11:05 Rita Dinis
O que se segue para Atenas: eleições antecipadas?
Internamente fala-se em eleições antecipadas.
O ministro grego do Trabalho, Panos Skurletis, disse logo de manhã em entrevista à televisão pública que deverá haver eleições este ano e que, até lá, ou se consegue que o Governo tenha ampla coesão ou então é preciso construir alianças pontuais com a oposição no Parlamento.
Caso contrário não haverá maneira de fazer aprovar as reformas acordadas com a União Europeia.
“Neste momento temos um problema com a maioria governamental”, disse, referindo-se às dissidências internas que têm surgido paralelamente às negociações com os credores.
13/07/2015 10:39 Rita Dinis
Ainda sobre a linha de cedência de liquidez de emergência (ELA), o conselho geral do BCE vai rever ainda hoje, em videoconferência, as restrições de liquidez que estão a manter a banca grega à tona.
O mais provável é que o nível da ELA se mantenha igual para já, pelo menos até ao Parlamento helénico aprovar as novas medidas.
O BCE estará reunido em Frankfurt entre hoje e amanhã.
13/07/2015 10:29 Rita Dinis
FMI fica
Era uma grande exigência de Tsipras, mas caiu por terra.
O FMI fica, vai continuar a fazer parte do programa de resgate.
13/07/2015 10:22 Rita Dinis
Juncker: Negociações sobre novo programa devem começar no final da semana
Jean-Claude Juncker acha que até ao fim da semana deve estar tudo pronto para começarem as conversações para fechar o terceiro resgate.
“Nos próximos dias o Parlamento grego tem de aprovar todas as matérias que falámos aqui, e depois o Eurogrupo e as instituições vão avaliar a situação”, disse o Presidente da Comissão Europeia.
“Perto do final da semana já estaremos em condições de começar as negociações sobre o novo programa”, acrescentou aos jornalistas em Bruxelas.
Uma coisa é certa: A Grexit já está definitivamente fora da equação, sublinhou.
13/07/2015 10:13 Rita Dinis
Agora a maratona de Tsipras é em casa.
Tem de aprovar quatro leis até quarta-feira e duas até dia 22 de julho.
O jornalista grego editor do Kathimerini, Nick Malkoutzis, diz mesmo que é mais do que legislou ao todo desde que foi eleito, em janeiro.
Veja aqui as medidas detalhadas.
Se as reformas passarem no Parlamento de Atenas, Merkel vai recomendar que o Bundestag aprove também.
13/07/2015 10:02 Rita Dinis
Governadores dos bancos centrais não deverão reforçar o ELA - Reuters
Fontes da Reuters dizem que o Banco Central Europeu vai manter o ELA (linha de cedência de liquidez de emergência) dos bancos gregos, não devendo haver reforço.
“Estou certo de que Yannis Stournaras [governador do Banco central da Grécia] vai pedir.
Mas também estou certo de que os governadores não vão aumentar o ELA”, afirmou uma das fontes.
Ainda não é certo quando é que os bancos voltam a abrir, mas mesmo que reabram é pouco provável que deixe de haver controlo de capitais pelo menos até aos termos do terceiro resgate ficarem totalmente fechados.
13/07/2015 9:51 Edgar Caetano
Sestas, café e videojogos na cimeira do euro
A cimeira durou 17 horas.
Mas em boa parte do tempo Tsipras esteve a sós com Merkel, Hollande e Tusk.
Os outros líderes políticos fizeram de tudo para resistir à tensão que marcou a noite.
Leia aqui o texto que preparámos com essa descrição.
13/07/2015 9:41 Rita Dinis
Entretanto, o editor do Financial Times, em Bruxelas, divulga parte da versão final do acordo:
Vamos fazer um resumo dos principais pontos, dentro de momentos.
13/07/2015 9:26 Rita Dinis
Depois da maratona de 17 horas, Alexis Tsipras já estará a caminho de Atenas.
Não há tempo a perder, até quarta-feira tem de aprovar as novas leis no Parlamento.
E a batalha não se adivinha muito fácil.
13/07/2015 9:15 Rita Dinis
Passos Coelho diz que acordo é "equilibrado"
Pedro Passos Coelho também falou logo à saída da reunião. Saudou a forma como todos se comportaram neste processo, “foi possível chegar a um acordo quando parecia não o ser”.
E diz que o “acordo é equilibrado”.
O essencial desta “grande maratona” é evitar o caos nos bancos gregos e Passos diz que espera que seja encontrada uma solução para o problema na reunião do Eurogrupo.
Passos diz ainda que está em cima da mesa a possibilidade de o FMI se juntar a este acordo, mas para isso a Grécia tem de “corrigir o default (incumprimento) que tem com o FMI” e solicitar oficialmente a ajuda desta entidade.
Segundo o primeiro-ministro tudo indica que é o que irá acontecer.
Não deixou de se considerar a possibilidade de saída da Grécia se um acordo não fosse encontrado, porque o país não teria condições financeiras para se manter na zona Euro e teria de emitir uma moeda própria.
Este risco, diz o primeiro-ministro, não é exclusivo da Grécia, “todos nós vivemos com esse risco, com essa ameaça”.
Passos Coelho acrescenta ainda que a Grécia pode vir a receber com este novo acordo mais 86 mil milhões de euros, mais do que Portugal recebeu no programa inteiro.
E lembrou que há muitos países a fazerem sacrifícios para poderem ajudar a Grécia.
13/07/2015 9:10 Rita Dinis
As reações dos líderes europeus ao acordo
No rescaldo daquela que foi provavelmente a mais longa reunião de líderes europeus, todos se pronunciaram à saída.
No geral, o acordo é felicitado, todos esperam cumprimento de ambas as partes e passam a bola ao Eurogrupo desta tarde, que vai avaliar, para já, as vias de financiamento da Grécia para o curto prazo.
Merkel: Não vai haver corte nominal da dívida grega, garantiu em Bruxelas.
Mas não falou nas outras palavras-chave, reestruturação ou renegociação.
Para já a bola é passada ao Eurogrupo, que se reúne esta tarde com a questão da sustentabilidade da dívida grega na agenda.
A chanceler disse ainda que primeiro é preciso o Parlamento grego aprovar novas leis, até quarta-feira, só depois o Bundestag (e os restantes parlamentos dos países europeus) aprovam a ajuda que vão conceder à Grécia.
“As vantagens superaram as desvantagens” e, depois do acordo, “não precisamos de um plano B”.
Merkel disse não ter razões para duvidar de que o governo grego vai agir e vai cumprir.
O povo grego tem “uma grande vontade” de ficar no euro, disse.
“É tempo de reconstruir a confiança”.
Antes, Donald Tusk tinha dito que agora é preciso os ministros das Finanças prepararem o financiamento de curto prazo para a Grécia.
Reunião do Eurogrupo é esta tarde, às 15h (14h em Lisboa).
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, também falou em “confiança” e avançou que parte do fundo que vai ser criado vai servir para recapitalizar a banca grega: serão 25 mil milhões.
Jean-Claude Juncker, em conferência de imprensa pós reunião, foi claro: “evitamos a saída da Grécia”, e esse era o grande objetivo.
Christine Lagarde, FMI, felicitou as negociações: “é um bom passo para reconstruir confiança”, disse.
Foi, no entanto, no Twitter que surgiram as primeiras rações dos líderes europeus.
O primeiro a anunciar que havia “acordo” foi o primeiro-ministro belga, seguiu-se o de Malta que escreveu apenas “deal”.
François Hollande, Mariano Rajoy, também reagiram no Twitter:
Hollande sublinha ainda a decisão de “reescalonamento” da dívida grega.
“Haverá um reescalonamento da dívida través da extensão das maturidades e de negociações sobre as taxas de juro”.
E sai em defesa da postura do governo grego, que esteve à procura de um acordo e não de caridade, diz.
Matteo Renzi, primeiro-ministro italiano, disse mesmo que a maratona negocial mostrou que a Europa não é governada por uma só nação.
Renzi afirma que foi por pouco, que se conseguiu evitar a saída da Grécia do euro.
No fim, o aGreekment ganhou ao Grexit.
Teria sido “uma humilhação” se a base do fundo que foi criado para gerir ativos gregos tivesse sede no Luxemburgo, em vez de em Atenas, como Tsipras acabou por conseguir, diz Renzi.
E dirigindo-se aos seus, diz ainda que Itália agora é parte da solução e não parte do problema.
Mariano Rajoy também felicitou pelo Twitter:
13/07/2015 9:03 Edgar Caetano
Alexis Tsipras: "Lutámos duramente até ao fim"
Enquanto a nossa Rita Dinis prepara um resumo das principais declarações que se seguiram ao acordo com a Grécia (dentro de momentos), o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras está a falar em direto.
Aqui estão algumas das suas principais declarações, transmitidas pela televisão pública grega:
– “Lutámos duramente até ao fim e obtivemos um acordo que permitirá à Grécia manter-se de pé“;
– O acordo é “duro” mas Tsipras diz que evitou a “transferência de ativos gregos para fora do país“, numa alusão ao fundo que foi criado para gerir ativos gregos e que, a certa altura, se queria que tivesse sede no Luxemburgo.
A sede será em Atenas.
– “Evitámos o colapso do sistema bancário” e “conseguimos uma vitória na reestruturação da dívida” e no “financiamento de transição”.
O alívio da dívida poderá ser uma possibilidade no futuro, mas Merkel deixou claro que um corte imediato no valor da dívida está “fora de questão”.
A Grécia terá, contudo, um período de carência mais longo e prazos mais dilatados para reembolsar a dívida.
– “A decisão desta cimeira protege a estabilidade do sistema bancário” e colocará “para trás das costas as questões relacionadas com a saída do euro“.
Mas as medidas que serão tomadas irão, “inevitavelmente, ter um efeito recessionário“.
13/07/2015 8:49 Edgar Caetano
Um ponto de situação. O primeiro do dia
Alguns pontos principais das últimas notícias:
– Ao cabo de uma reunião de 17 horas, os líderes políticos da zona euro chegaram a um acordo unânime para entregar à Grécia até 86 mil milhões de euros ao abrigo de um terceiro programa de assistência, ao abrigo do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE).
O empréstimo inicial será, para já, de 53,5 mil milhões mas este valor deverá crescer se o programa correr bem.
– Haverá uma discussão sobre um mecanismo de financiamento provisório para a Grécia que resolva as dificuldades de tesouraria de curto prazo.
– Será criado um fundo de privatizações, com sede em Atenas, que terá a seu cargo a gestão de 50 mil milhões de euros em ativos gregos.
Metade desse valor será utilizado para recapitalizar a banca grega. Especialistas irão decidir que ativos vão para esse fundo.
– O FMI deverá juntar-se ao programa, apesar da resistência de Tsipras.
Para isto, contudo, a Grécia terá de pagar o que deve ao FMI e solicitar a sua participação.
– Os mercados europeus abriram em alta, depois de as notícias de um acordo terem chegado poucos minutos antes da abertura das bolsas europeias.
– O BCE irá hoje reunir-se para decidir sobre o que fazer no que diz respeito ao acesso dos bancos gregos à linha de emergência do banco central.
Para ler mais, aqui tem o link para o liveblog que mantivemos ao longo do dia (e da noite) de ontem.
13/07/2015 8:47 Edgar Caetano
Fumo branco. Atenções viram-se para o parlamento de Atenas
“Não haverá qualquer Grexit [saída da Grécia da zona euro].
Estou satisfeito com os resultados que obtivemos”.
As palavras de Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, chegaram no final de uma reunião de 17 horas em Bruxelas, entre os líderes políticos da zona euro, em que se chegou a um acordo “unânime” para um terceiro pacote de resgate à Grécia.
Mas este acordo precisa, agora, de ser aprovado no Parlamento de Atenas antes de chegar a outros parlamentos europeus, incluindo Berlim.
O “fumo branco” chegou – faltando ainda alguma informação concreta sobre o acordo, que lhe daremos assim que for conhecida – mas pode ser cedo para dizer que o problema está resolvido.
É que “neste momento, há uma questão de maioria governamental”, afirmou o ministro do trabalho grego, Panos Skourletis.
“Não posso censurar ninguém que não diga ‘sim’ a este acordo: este acordo não é nosso”, atirou o responsável, citado pelo Ekathimerini.
Também o ministro da Energia e Ambiente, Panayotis Lafazanis, visto como o líder da fação mais radical do Syriza, poderá estar de saída.
Pelo contrário, o líder do To Potami, Stavros Theodorakis, diz-se disponível para “participar numa solução que proteja os interesses da nação”.
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