quinta-feira, 9 de julho de 2015

Lafazanis, ministro do Syriza, garante que não assina acordo. “Há outras opções”

FUTURO DA GRÉCIA
9/7/2015, 10:34

Há vários relatos de ministros e responsáveis do Syriza que já admitem que um acordo com os credores é "inevitável". Mas Panayotis Lafazanis, ministro da Energia e Ambiente, diz que "há outras opções"




















Panayotis Lafazanis é ministro da Energia e do Ambiente e é, também, visto como um líder da ala mais radical do partido Syriza. 
Numa altura em que surgem relatos de ministros e responsáveis do Syriza que já admitem que um acordo com os credores é “inevitável”, Lafazanis promete não atirar a toalha ao chão. 
A Grécia não deve assinar um acordo com os credores, defende o ministro grego, porque “existem outras opções“.

“Neste momento crítico, independentemente da posição hostil da Alemanha, a Grécia tem de demonstrar consistência e estabilidade até ao fim”. 
A mensagem, citada pelo Financial Times, apareceu no site Iskra, controlado pelos apoiantes de Lafazanis. 
O ministro grego foi à televisão recentemente dizer que Mario Draghi, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), era um “criminoso” por não aumentar a liquidez de emergência para a banca grega, não permitindo a reabertura dos bancos.

A ala liderada por Lafazanis deverá controlar mais de 30% do comité central do Syriza e cerca de 30 dos 149 deputados do partido. 
Outrora, Lafazanis foi porta-voz do Syriza e tem ligações à empresa pública de eletricidade – que opera em (quase) monopólio. 
Assim que chegou ao governo, como ministro da Energia, suspendeu a abertura a privados do capital da Admie, a empresa que controla a rede de distribuição elétrica.

O referendo de domingo terá tido implicações enormes para a definição do poder de Tsipras no partido. 
“O referendo de domingo deu a Tsipras uma posição mais forte dentro do partido e o facto de ter tido um acordo com a oposição dá-lhe mais opções no que diz respeito a passar um eventual acordo no parlamento”, afirmou Mujtaba Rahman, analista do Eurasia Group, citado pelo Financial Times.

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