quarta-feira, 29 de julho de 2015

Dez detidos e um ferido em carga policial contra manifestantes pró-democracia em Luanda

Ponto da situação foi avançado à Renascença pelo jornalista Rafael Marques. 
29-07-2015 19:08 por José Carlos Silva


Pelo menos uma dezena de detidos e um ferido é o resultado de uma carga da polícia angolana, esta quarta-feira, em Luanda, contra manifestantes que exigiam a libertação de 15 activistas, disse à Renascença o jornalista Rafael Marques.
Rafael Marques, autor do livro "Diamantes de Sangue", esteve em contacto com o ferido resultante da intervenção das forças de segurança, que acabou por ser salvo por Abel Chivukuvuko, ex-membro da Unita e actual líder da oposição em Angola.

Nas contas de Rafael Marques, uma dezena de pessoas terão sido detidas por participarem na manifestação no Largo da Independência, local que foi previamente ocupado por jovens do MPLA, o partido do presidente José Eduardo dos Santos.
“Soube agora de novos indivíduos que foram detidos. 
Acabei de falar com Líbano Albano, que foi espancado frente à residência de um dos lideres da oposição, Abel Chivucuvuco.  
E só não foi detido graças à intervenção de Abel Chivucuvuco, que dispensou o seu motorista para levar Líbano Albano ao hospital onde recebeu tratamento – quatro pontos no ferimento que teve na cabeça, porque lhe bateram com um bastão”, relata o jornalista.
“Falei com Líbano Albano que me contou que ter sido testemunha de três detenções na altura em que estava a ser espancado. 
Fala-se também na detenção de vários outros activistas conhecidos, como a Laurinda Correia, Adolfo Campos e Raul Mandela, que também se encontram neste momento sob detenção num esquadra da policia”, adianta Rafael Marques.
A estes dez detidos somam-se pelo menos outros oito que, como relatou a meio da tarde na Renascença um dos promotores do protesto, foram detidos ainda nas suas residências após o almoço quando se preparavam para rumar ao Largo da Independência.
Ao todo estarão ainda sob custódia das autoridades cerca de duas dezenas de pessoas, que pretendiam exigir às autoridades de Luanda a libertação de presos políticos e defender os direitos humanos.

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