Economista lembra que a maior parte da dívida foi financiada pelo exterior, estando assim susceptível a factores externos.
A presidente do Conselho de Finanças Públicas diz que o cenário grego pode comprovar a vulnerabilidade de Portugal do ponto de vista económico.
Teodora Cardoso sublinha a susceptibilidade da economia a factores externos, nomeadamente a situação grega, uma razão para acentuar a aposta nas exportações.
“O problema de dívida no Estado, é que a maior parte da nossa dívida, quer pública, quer privada, foi financiada pelo exterior.
Isso criou uma vulnerabilidade muito grande à economia”, observa.
“Como continuamos a estar vulneráveis, independentemente de termos melhorado muitas coisas, temos de continuar a garantir muita atenção às exportações.
As importações vão ter de acontecer, quer para consumo, quer para investimento, as pessoas precisam de importar, mas temos, o mais possível, de encaminhar a economia para garantir que as exportações cobrem essa necessidade”, defende a economista.
A partir desta segunda-feira e ao longo de toda a semana, a presidente do Conselho de Finanças Públicas vai comentar, na Renascença, os temas determinantes para o futuro do país.
A Grécia e os parceiros da Zona Euro terminaram as negociações no sábado, depois do anúncio por Atenas de um referendo a 5 de Julho às propostas dos europeus sobre o programa de resgate, que termina na terça-feira.
Até 6 de Julho, os gregos só vão poder levantar 60 euros por dia.
O pagamentos das pensões ficam isentos das restrições impostas às transacções bancárias e os estrangeiros, com cartão de crédito, não têm limitações.
Em termos políticos, o dia é marcado por encontros ao mais alto nível na Alemanha, em França e em Espanha.
Angela Merkel, François Hollande e Mariano Rajoy reúnem-se com ministros e partidos.
A Grécia está no topo da agenda.
Atenas tem até ao final do mês para pagar 1,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Se não conseguir pagar a prestação, entra em incumprimento.
Os credores apresentaram uma nova proposta para resolver a crise da Grécia e manter o país no euro.
As instituições internacionais pedem o agravamento de impostos e o fim de alguns subsídios.
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