Não há acordo e as partes nem sequer estão perto diz o Presidente do Eurogrupo.
Jeroen Dijsselbloem diz que o caminho que está ser seguido vai no sentido da saída da Grécia do euro.
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18/6 23:43 Ana Suspiro
Boa noite.
Amanhã voltaremos com a reunião do Ecofin onde para já não se esperam grandes progressos.
18/6 23:42 Ana Suspiro
A marcação de uma cimeira extraordinária para segunda-feira parece ser a derradeira tentativa para evitar o pânico no sistema bancário grego.
Responsáveis europeus admitiram no Luxemburgo que “será muito difícil chegar a um acordo” neste encontro dos líderes da zona euro.
Ainda que esse cenário se confirmasse seriam necessários vários dias de trabalho para fechar um acordo.
No atual ponto de situação será muito difícil operacionalizar um acordo até ao dia 25 de junho, quando Atenas terá de reembolsar 1600 milhões de euros ao FMI.
18/6 23:18 Ana Suspiro
Para contrariar a propaganda e as fugas maliciosas de informação, o ministro grego das Finanças decidiu entretanto colocar no seu site pessoal o documento com as propostas que apresentou na última reunião do eurogrupo, Segundo Varoufakis, não houve comentários a esta propostas da parte dos outros ministros das finanças.
18/6 22:10 Ana Suspiro
Uma fonte oficial da União Europeia admitiu entretanto no Luxemburgo que o BCE manifestou preocupação em relação à fuga de capitais dos bancos gregos na reunião do eurogrupo.
Mas a mesma fonte, citada pela Bloomberg, nega que o representante do Banco Central Europeu tenha revelado dúvidas sobre a abertura dos bancos na próxima segunda-feira.
O aumento do financiamento de emergência deverá ser discutido esta sexta-feira.
Por outro lado, os responsáveis europeus têm a expectativa de que o anúncio de uma cimeira extraordinária dos países do euro, na próxima segunda-feira, possa ajudar a travar a hemorragia financeira do setor bancário grego.
18/6 21:49 Ana Suspiro
No BCE (Banco Central Europeu) cresce o receio de um eventual colapso dos bancos gregos já na próxima segunda-feira.
Segundo a Reuters, questionado na reunião do eurogrupo sobre se os bancos gregos iam abrir amanhã, um membro do BCE (Benoit Coeure) terá respondido: “Amanhã sim, mas segunda-feira não sei”.
Entre segunda e quarta feira, os gregos retiraram dois mil milhões de euros dos bancos, um valor que é o dobro do financiamento de emergência concedido pelo BCE, ao abrigo da ELA esta semana.
Entretanto o banco central grego terá pedido ao BCE um aumento no teto do financiamento via ELA, de acordo com o jornal grego Proto Thema citado pela Bloomberg.
18/6 20:53 Ana Suspiro
O caminho que está ser agora seguido vai no sentido da saída da Grécia do euro, reconheceu o presidente do eurogrupo.
Questionado no Luxemburgo sobre a possibilidade de Atenas abandonar a moeda única, Jeroen Dijsselbloem responde: o caminho que seguimos agora vai nessa direção”.
O ministro holandês reafirmou que se os gregos avançarem com uma “proposta nova e séria”, isso poderá conduzir a um novo acordo, “mas estamos longe disso”.
18/6 20:25 Nuno André Martins
Acaba a conferência de imprensa de Yanis Varoufakis no Luxemburgo.
18/6 20:21 Nuno André Martins
Yanis Varoufakis diz que o Eurogrupo não fez qualquer comentário às propostas que apresentou.
Ainda assim, acredita, a Grécia conseguirá cumprir sua parte.
18/6 20:11 Nuno André Martins
Varoufakis conta uma anedota na conferência de imprensa para explicar a situação: Dois homens estão na praia e um diz para o outro “vou-te dizer como fiquei rico.
Incendiei o meu negócio, recebi o seguro e decidi viver disso”.
Ao que o outro responde: “aconteceu-me algo semelhante.
Uma inundação estragou o meu negócio, recebi o seguro e vivi feliz para sempre”.
Ao que o primeiro pergunta: “como é que conseguiste começar a inundação?”.
18/6 20:08 Nuno André Martins
Foi a Grécia que propôs às instituições um corte na despesa militar, diz Varoufakis.
Mas esse corte não era suficiente para satisfazer as instituições “nem que acabássemos o Exército grego”, diz o ministro. O governante diz que os credores estão a exigir um pacote de 3,6 mil milhões de euros em cortes e aumento de impostos: 1,8 mil milhões de redução nas pensões, e 1,8 mil milhões de aumento no IVA.
18/6 19:58 Nuno André Martins
Varoufakis nem quer "começar a imaginar" um cenário de saída da Grécia do euro
“Estamos perigosamente perto de um estado de espírito que aceita um acidente [Grécia]“, diz Yanis Varoufakis, que acrescenta, nem quer sequer “começar a imaginar” uma saída da Grécia do euro.
18/6 19:55 Nuno André Martins
Yanis Varoufakis defende também que é essencial que os 27 mil milhões de euros da dívida grega ao BCE sejam trocados por dívida ao Mecanismo Europeu de Estabilidade, sem transferir mais dinheiro para a Grécia, mas com os meus prazos de pagamento mais extensos que já estão acordados com o MEE (dívida só começa a ser amortizada após 2020), o que permitia também ao BCE comprar dívida grega no seu programa de quantitative easing, ajudando assim a aliviar a pressão sobre os juros gregos.
18/6 19:51 Nuno André Martins
O ministro das Finanças da Grécia diz que apresentou ao Eurogrupo uma proposta para um travão automático ao défice orçamental, que se aplicaria de forma imediata cortes em várias partes do Estado grego, de forma horizontal e sem precisar de ser aprovado pelo Governo, caso o défice orçamental derrape.
18/6 19:50 Nuno André Martins
Johan Van Overtveldt, ministro da Bélgica, não parece concordar com as propostas inovadoras que Varoufakis diz ter apresentado ao Eurogrupo, e diz que o plano de Varoufakis era “muito vago”.
18/6 19:49 Nuno André Martins
“Nós precisamos desesperadamente destas reformas”, admite Yanis Varoufakis, mas logo de seguida diz que o Eurogrupo tem de saber distinguir as reformas necessárias de reformas que tiram apenas aos mais pobres.
18/6 19:47 Nuno André Martins
Edward Scicluna, ministro das Finanças de Malta, diz que não vê um acordo a acontecer até ao final do mês e pede transparência ao Governo grego.
18/6 19:45 José Manuel Fernandes
O Financial Times já divulgou o editorial da sua edição de amanhã: "The time has come forTsipras to accept Europe's deal" (Chegou a altura de Tsipras aceitar a proposta europeia). O seu argumento: “The offer from Greece’s creditors is better than the alternative“.
18/6 19:44 Nuno André Martins
O ministro das Finanças da Grécia diz que a culpa para a interrupção das negociações é dos credores e não da Grécia, ou da falta de apresentação de propostas pelo seu Governo. “A verdadeira razão para a interrupção das negociações é que os negociadores das instituições disseram aos nossos negociadores que não tinham mandato para negociar as propostas” que a Grécia apresentou, como a troca de dívida que considera “essencial”.
Varoufakis mostra-se muito otimista que os seus colegas: “Explicámos que os dois lados, a Grécia e as instituições, já chegaram muito perto de um acordo em partes muito importantes”.
18/6 19:32 Nuno André Martins
Maria Luís Albuquerque também já fala sobre a Grécia.
Em Portugal, diz, tem uma grande tranquilidade porque “tem os cofres cheios” que permitem enfrentar um evento desfavorável nos mercados, ainda que admita que estão cheios de dívida:
– “Não faz muito sentido falar em ultimatos, o prazo que acordámos em fevereiro está perto do fim”.
– “O facto é que o tempo escasseia cada vez mais”.
– “O tom, se o tivesse de o caracterizar, é mais de frustração e de desalento, que de irritação”.
– “O desembolso depende de haver um acordo que possa ser validado pelas instituições, e que possa posteriormente ser aprovado pelo Eurogrupo”.
– “Não é possível falar em desembolso, estamos ainda numa fase muito anterior”.
– “Já não seria possível no dia 30 de junho, se houvesse um acordo, não foi discutido, mas estou convencida que seria possível encontrar uma solução, se houvesse um acordo muito rapidamente”.
18/6 19:21 Nuno André Martins
O ministro das Finanças da Grécia fala numa conferência de imprensa e, mais uma vez, com um entendimento diferente do dos seus parceiros da zona euro.
Varoufakis diz que a Grécia fez uma nova proposta, credível, à zona euro e que as duas partes estão suficientemente próximas para conseguir um acordo.
18/6 19:16 Nuno André Martins
Dijsselbloem: Zona euro está preparada para a saída da Grécia do euro
“Se no fim isso [manter a Grécia no euro] não for possível, estamos prontos para todos os cenários”, diz Jeroen Dijsselbloem.
O presidente do Eurogrupo diz que o foco ainda é manter a Grécia no euro, mas isso “vai exigir medidas difíceis, mas também vai exigir políticos que estejam dispostos a dizer a verdade à sua população”.
18/6 19:11 Nuno André Martins
Dijsselbloem diz que foi passada a mensagem aos governantes gregos que as instituições estavam dispostas a discutir alternativas às propostas apresentadas pelos credores, mas que “essas propostas nunca chegaram” e logo a seguir começaram ataques do Governo grego contra as instituições.
Moscovici acrescenta que as propostas feitas pelos credores são razoáveis e não propostas de austeridade.
18/6 19:08 Nuno André Martins
O ministro das Finanças da Finlândia também já fala aos jornalistas em paralelo à conferência de imprensa do Eurogrupo, e diz que não só não houve acordo hoje, como não há condições para um acordo.
As oportunidades para se chegar a um acordo, diz, começam a desaparecer.
18/6 19:05 Nuno André Martins
A diretora-geral do FMI lança uma farpa aos governantes gregos e diz que o diálogo com a Grécia tem de ser feito “com adultos na sala”.
“Só podemos chegar a uma solução se houver diálogo, e nesta altura estamos com pouco diálogo”.
18/6 19:01 Nuno André Martins
Eurogrupo: "É impossível" a Grécia receber empréstimo antes do final do mês
O presidente do Eurogrupo acabou de largar uma autêntica bomba na conferência de imprensa: é “impensável” que a Grécia consiga receber os 7,2 mil milhões da tranche do empréstimo antes de 30 de junho, altura em que a Grécia tem de pagar 1,6 mil milhões de euros ao FMI e para o qual o Governo grego já disse que não tem dinheiro para pagar caso.
Ou seja, com acordo, diz Dijsselbloem, só com uma extensão do programa haverá transferência da tranche.
“É impossível” ficar tudo pronto a tempo, diz.
18/6 18:58 Nuno André Martins
Lagarde: "Estamos à espera" de propostas do Governo grego
O FMI está à espera das propostas do Governo grego, diz a diretora-geral do Fundo, Christine Lagarde, que também participou na reunião dos ministros das Finanças da zona euro que decorreu esta quinta-feira no Luxemburgo, e que participa agora na conferência de imprensa do Eurogrupo.
Lagarde diz que ainda tem esperança que a Grécia volte à mesa das negociações com novas propostas.
“Estamos à espera.
As instituições preparam propostas muito razoáveis, que são uma clara flexibilização sobre tudo o que foi considerado previamente e estamos à espera”, diz.
As propostas “têm de ser credíveis porque o FMI empresta dinheiro a 188 países e temos de responder perante esses países”, diz.
“Somos sempre flexíveis.
Em todas as revisões nos últimos cinco anos que fizemos na Grécia mostrámos flexibilidade”.
“Esperamos que os próximos dias sejam úteis para que o Governo grego possa voltar com propostas credíveis e tangíveis”, diz.
Para Lagarde, qualquer programa tem de cumprir quatro pré-requisitos:
1) sustentabilidade da dívida;
2) medidas têm de ser implementadas;
3) Programa tem de estar completamente financiado (haver financiamento do Estado para os doze meses seguintes);
4) Flexibilidade das instituições na substituição de propostas.
18/6 18:50 Nuno André Martins
Cimeira extraordinária de líderes da União Europeia confirmada para segunda-feira pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.
In light of the outcome of the Eurogroup meeting today, I have decided to convene a Euro Summit on Monday 22 June at 19h00. It is time to urgently discuss the situation of Greece at the highest political level.
18/6 18:45 Nuno André Martins
Moscovici: Negociações com a Grécia estão bloqueadas
O comissário europeu para os Assuntos Económicos Pierre Moscovici diz que a situação com a Grécia está “bloqueada”.
“Estamos a chegar ao fim do jogo”, diz o francês., que acrescenta que as instituições ainda estão à espera de propostas credíveis da parte do Governo grego.
18/6 18:42 Nuno André Martins
Entretanto, a Reuters avança que haverá uma cimeira extraordinária de líderes da União Europeia na segunda-feira.
18/6 18:41 Nuno André Martins
Dijsselbloem: "Lamentavelmente houve muito poucos progressos nas negociações"
“Lamentavelmente houve muito poucos progressos nas negociações”, diz o presidente do Eurogrupo.
Não há sequer acordo à vista, diz, e falta muito pouco tempo porque o programa acaba no final do mês e ainda é preciso que os parlamentos nacionais aprovem.
O presidente do Eurogrupo diz que a base do acordo continua a ser o acordo de 20 de fevereiro, que tinha incluído dois tipos de flexibilidade, uma era ter em conta a situação económica da Grécia e se necessário ajustar as metas orçamentais e os calendários, a segunda era substituir medidas e reformas por outras medidas que fossem apresentadas pelos gregos, depois de serem avaliadas pelas instituições.
“As instituições fizeram uso dessa flexibilidade”, mas nesta altura “poucas medidas credíveis e sérias foram apresentadas”, diz.
– “As negociações das últimas semanas não tiveram progressos”.
– “Enviámos um forte sinal que é da responsabilidade do Governo grego apresentar medidas”.
. “Ainda é possível chegar a um acordo”
18/6 18:34 Nuno André Martins
O Presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem diz que não há sequer acordo à vista com a Grécia.
A reunião parece não ter corrido da melhor forma…
18/6 18:33 Nuno André Martins
Começou a conferência de imprensa do Eurogrupo.
18/6 18:25 Nuno André Martins
Entretanto, o Governo grego diz que há quem esteja a incitar à fuga de capitais do país, numa alusão aos relatos diários dos valores da fuga de depósitos.
Últimos relatos apontam para que tenham saído mais de dois mil milhões de euros em depósitos dos bancos gregos.
O Governo grego diz mesmo que há um plano concertado para desestabilizar a economia e o sistema financeiro gregos.
“O Governo grego sabe quem defende os seus interesses e quem joga jogos sem ética”, diz um porta-voz do Governo.
18/6 18:14 Nuno André Martins
Não há acordo no Eurogrupo com a Grécia, diz o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo euro Valdis Dombrovskis. O Eurogrupo está disponível e pronto para voltar a reunir a qualquer momento.
Sobre a reunião, diz, foi passada a mensagem à Grécia que tem de conversar de forma séria.
18/6 18:12 Nuno André Martins
Yanis Varoufakis é dos primeiros a abandonar a sala de reuniões…
Entretanto, alguns responsáveis europeus negam que tenha sido feita uma proposta para estender o programa, como noticia o jornal alemão Die Zeit.
18/6 18:10 Nuno André Martins
Angela Merkel acrescenta que não conhece qualquer nova proposta e questionada se o FMI tinha de continuar a participar no processo, Merkel diz: “Sim, é essa a situação”.
18/6 18:08 Nuno André Martins
A reunião dos ministros das Finanças da zona euro terminou. Agora um período de espera para a conferência de imprensa do Jeroen Dijsselbloem
18/6 17:52 Nuno André Martins
Confrontada pelos jornalistas com a notícia do Die Zeit, Angela Merkel confirma que a troika preparou uma proposta, sem dizer qual, e que as três instituições – FMI, BCE e Comissão Europeia – “estão preparadas para continuar a conversar com o Governo grego sobre a conclusão do segundo programa”.
A chanceler alemã falava numa conferência de imprensa em Berlim, a partir da sede do Governo alemão.
18/6 17:36 Nuno André Martins
Credores propõem mais seis meses à Grécia para terminar programa
Os credores europeus terão proposto à Grécia na reunião do Eurogrupo, que ainda decorre, estender o programa atual por mais seis meses, até ao final do ano, noticia o jornal alemão Die Zeit.
A Grécia teria acesso aos 10 mil milhões de euros que se encontram atualmente à guarda do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) para poder fazer os pagamentos da dívida ao FMI e ao Banco Central Europeu.
O BCE daria ainda permissão à Grécia para emitir mais dois mil milhões de euros de dívida de curto prazo.
O FMI ficaria de fora do programa, na atual proposta.
18/6 16:54 Nuno André Martins
Mais lenha para a fogueira: Depois de meses a debater a questão das reparações de guerra que a Alemanha alegadamente deve à Grécia (um assunto que parece adormecido, para já), chegou a vez do relatório do Parlamento grego sobre a dívida grega.
Segundo os deputados gregos, a dívida pública da Grécia é “ilegal, ilegítima e odiosa”.
Além disto, os programas associados aos resgates à Grécia violaram os direitos humanos dos gregos, diz a comissão parlamentar para a verdade sobre a dívida grega.
A comissão parlamentar argumenta que a dívida ao FMI é ilegal porque a sua concessão “viola os próprios estatutos do FMI, e violam a Constituição da Grécia, a lei internacional e os tratados nos quais a Grécia é contraparte”.
18/6 16:44 Nuno André Martins
O Partido Socialista Europeu publicou uma declaração do presidente onde defende que a Grécia tem de se manter na zona euro e na União Europeia.
“Precisamos urgentemente de um acordo justo e sustentável para a Grécia e para o povo grego que sofreu duramente com a crise.
A escolha não pode continuar a ser entre uma abordagem falhada centrada apenas na austeridade e a saída da zona euro”.
18/6 16:39 Nuno André Martins
Ainda assim, os mercados continuam nervosos, como mostra o índice de volatilidade Euro Stoxx 50, um composto que ajuda a medir as expetativas dos mercados com base nos preços das opções do Euro Stoxx 50.
O nervosismo nos mercados está a subir hoje, face aos valores desta quarta-feira.
Desde meados de janeiro que o mercado não estava tão volátil.
18/6 16:34 Nuno André Martins
Nas bolsas, o cenário também é mais animador.
Até a Bolsa de Atenas está a subir, ainda que de forma residual, um resultado melhor que o observado nos últimos dias.
Exceção feita à Bolsa de Lisboa que está em queda:
AEX (Atenas): +0,13%.
FTSE 100 (Londres): +0,26%.
CAC 40 (Paris): +0,21%.
DAX (Frankfurt): +0,92%.
IBEX 35 (Madrid): +0,50%.
PSI 20 (Lisboa): -0,20%.
18/6 16:30 Nuno André Martins
Nos mercados, sinais positivos enquanto os ministros se preparam para discutir a questão da Grécia e com o tempo cada vez mais curto.
O Euro está a valorizar face ao dólar e já está em máximos de mais de um mês.
Nesta altura, está a subir 0,008 dólares para os 1,1416 dólares.
18/6 16:14 Nuno André Martins
Os ministros das Finanças da zona euro já estão reunidos no Luxemburgo.
O primeira tema em debate era a Grécia, mas segundo o chefe da delegação do Financial Times em Bruxelas, passou a ser o último item na agenda dos ministros.
A agenda, por ordem, tinha a Grécia em primeiro lugar, a segunda revisão pós-programa de Portugal logo a seguir, os resultados da sexta revisão do programa de resgate ao Chipre, o plano de atividades do Eurogrupo para o segundo semestre deste ano, e a discussão de uma declaração conjunta sobre a zona euro, ao abrigo do semestre europeu.
18/6 15:36 Nuno André Martins
Governo tenta acalmar gregos: Depósitos estão seguros, pensões e salários serão pagos
Com a sombra do default a ganhar forma, e uma consequente saída da Grécia da zona euro, o Governo da Grécia tenta acalmar os depositantes passando garantias que não serão impostos controlos de capitais, mesmo após notícias de um avolumar da fuga de depósitos nos últimos dias.
O porta-voz do Governo disse à Mega TV que não há qualquer hipótese de virem a ser impostos controlos de capitais e garante que os depósitos dos cidadãos gregos estão “seguros”.
Já o ministro-adjunto das Finanças, Dimitris Mardas, diz que “as pessoas devem estar calmas”, porque “não há qualquer problema em pagar pensões e salários aos funcionários públicos”.
18/6 15:17 Nuno André Martins
O que separa a Grécia dos credores?
Ainda há muito por esclarecer, mas alguns pontos já foram tornados públicos, especialmente na feroz troca de acusações entre a Grécia e os credores.
Aqui ficam algumas das questões por resolver:
1) cortes de dois mil milhões de euros: É um valor redondo, mas é o número apontado nesta altura de cortes que os credores exigem da Grécia.
Como chegar a esse valor é a pergunta para prémio.
2) cortes nas pensões: Os credores propuseram cortes nas pensões, a Grécia recusa ceder neste ponto, Juncker diz que os cortes não afetariam as pensões mais baixas.
Pelo meio, uma proposta terá surgido do lado europeu para substituir os cortes nas pensões por 400 milhões de euros em cortes em despesa militar (a Grécia tem o segundo maior orçamento para a Defesa, em percentagem do PIB, da União Europeia).
Os ataques surgiram depois de o FMI rejeitar a proposta.
As regras do FMI não permitem que o Fundo exija cortes desta natureza a países sob programa, uma regra criada devido ao envolvimento do Fundo em países em zonas de conflito.
A questão continua por resolver.
3) o saldo primário: O Governo grego quer evitar ao máximo o impacto recessivo na economia grega, que já caiu cerca de 25% nestes anos de crise, e quer que o saldo primário (ou seja, exclui encargos com juros) do Estado grego se fique pelos 0,75% do PIB, quando no programa atual está nos 3%.
A Comissão Europeia já desceu até aos 1% este ano, mas ainda não há acordo.
O think tank Bruegel dá razão à Grécia neste aspeto, e diz que um saldo primário maior não vai ajudar a reduzir a dívida pública, até porque o impacto na economia é maior.
4) a reestruturação da dívida pública: Em novembro de 2012, o Eurogrupo emitiu um comunicado anunciando um acordo vasto com a Grécia.
Ai, prometia discutir a questão da dívida grega novamente quando a Grécia tivesse um saldo primário positivo, desde que implementasse o programa acordado.
O Governo do Syriza exige o cumprimento dessa promessa, já que o saldo primário é positivo este ano.
A Europa tem rejeitado mais uma reestruturação, que recairia desta vez sobre os credores oficiais e não nos bolsos dos privados, como aconteceu em 2012.
O BCE rejeita liminarmente, tal como FMI.
Hoje, o presidente do Eurogrupo diz que a promessa se mantém válida.
5) a subida do IVA: o Governo grego diz que os credores exigiram a subida no IVA da eletricidade e dos medicamentos para a taxa mais alta.
O presidente da Comissão Europeia diz que não.
Caso estranho, já que no caso de Portugal uma das primeiras medidas implementadas pelo Governo foi antecipar um aumento acordado com a troika no IVA da eletricidade e do gás natural de 6% para 23%.
Na altura citavam-se padrões europeus para alinhar as taxas de IVA.
O FMI também defende eliminar as taxas mais reduzidas como princípio, porque entende que até os mais ricos beneficiam destas taxas reduzidas quando fazem compras, e mais que os mais pobres pois têm mais rendimentos e logo mais gastos, e que o dinheiro que se “perde” aí deve ser aplicado em programas que apoiem diretamente e exclusivamente os mais desfavorecidos.
6) uma questão política: depois de meses de negociações, os dois lados querem mostrar vitória.
O Syriza quer mostrar que fez o que prometeu quando foi eleito, rejeitar a austeridade dos últimos sete anos, contrariar um programa que consideram errado e a ideologia por trás dos governos que têm feito mais força para que estes programas avancem.
Do outro lado, os restantes governos não querem ceder com receio que outros se sigam a exigir mais à União Europeia, que comprometam a narrativa criada com o “sucesso” de Portugal e da Irlanda, e, em alguns casos específicos, que coloquem em causa a sobrevivência dos seus próprios governos que durante o próximo ano enfrentarão eleições e terão de responder perante os seus eleitores porque aplicam medidas difíceis se a Grécia as pode rejeitar.
Todos querem ganhar.
18/6 14:47 Nuno André Martins
Apesar de ter mandado a equipa do FMI abandonar Bruxelas porque as negociações não estavam a ter progressos, Christine Lagarde diz que o Fundo está disponível e pronto para debater e trabalhar com o governo grego, e que o Fundo é flexível: “se existirem propostas que tornem possível alcançar resultados sólidos e tangíveis, estamos prontos para as examinar”.
Essencial, reafirma, é que o programa seja credível.
18/6 14:39 Nuno André Martins
Schelling: "O jogo acabou" para a Grécia
O “jogo acabou” para a Grécia.
É nestes termos que o ministro das Finanças da Áustria, o crítico Hans Jörg Schelling, coloca a questão para a reunião de hoje.
O governante austríaco deixa outro aviso ao Governo grego, dizendo que não podem “simplesmente rejeitar todas as propostas”
18/6 14:35 Nuno André Martins
A diretora-geral do FMI defende, na chegada ao Eurogrupo, que as propostas que o Fundo apresentou à Grécia são boas e podem ser debatidas.
Christine Lagarde sublinha que o programa grego tem de ser credível.
18/6 14:31 Nuno André Martins
Peter Kazimir, ministro das Finanças da Eslováquia, igual a si próprio no twitter, deixa um alerta à Grécia e aos parceiros europeus: “não há mais tempo para jogos”.
Independentemente de como será o acordo, a questão não é apenas grega, o problema é de toda a zona euro, diz.
18/6 14:26 Nuno André Martins
BCE está a ajudar a Irlanda a preparar-se para a saída da Grécia do euro
O BCE está a aconselhar a Irlanda sobre como gerir as consequências de uma eventual saída do euro da Grécia.
A confirmação partiu do próprio ministro das Finanças da Irlanda, que disse ainda que Yanis Varoufakis se irá dirigir ao Eurogrupo esta tarde no Luxemburgo.
18/6 14:18 Nuno André Martins
Schäuble: Se não houver acordo, a culpa não será da Alemanha
A culpa não será da Alemanha se não houve acordo com a Grécia, diz o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, à chegada ao Eurogrupo.
O governante continua irredutivel e diz que a Grécia tem de implementar o que foi acordado e que os contornos do acordo estão estipulados desde 20 de fevereiro, quando o Eurogrupo chegou a acordo com o Governo grego para estender o fim do programa por mais quatro meses.
Wolfgang Schäuble diz que está à espera de novas propostas da parte do Governo grego, mas que o tempo escasseia.
18/6 14:14 Nuno André Martins
Michael Noonan, o ministro das Finanças da Irlanda, que “a opção é preparar um plano B“, algo que o Governo irlandês já estará a fazer, como noticiou a Bloomberg esta quarta-feira.
Tal como os seus colegas da zona euro, Michael Noonan não chega com grandes expetativas à reunião de hoje do Eurogrupo, no Luxemburgo.
18/6 14:12 Nuno André Martins
O duelo de semântica em relação à falta de pagamento da Grécia ao FMI já parece ter começado.
Segundo o ministro das Finanças de Itália, Pier Carlo Padoan, se a Grécia falhar o pagamento ao FMI no final do mês, tal será considerado como pagamento em atraso e não como incumprimento.
As diferenças não são apenas semânticas, já que se for considerado incumprimento, as implicações legais são vastas, incluindo a Grécia passar a estar em incumprimento com a Europa, o que permite aos fundos de resgate exigirem todo o seu dinheiro de volta de imediato e, nos casos em que for aplicável, que os seguros contra incumprimento (credit default swaps) sejam acionados.
As instituições que fizeram estes seguros poderiam ter nas mãos avultados pagamentos para fazer, com consequências imprevisíveis, como se viu quando o banco norte-americano Lehman Brothers faliu em setembro de 2008, apesar de algumas práticas terem sido alteradas.
O ministro italiano garante ainda que Itália é sólida, tal como euro.
18/6 14:05 Nuno André Martins
Presidente do Eurogrupo abre a porta à reestruturação da dívida pedida pela Grécia
O Presidente do Eurogrupo garantiu hoje que a promessa feita em novembro de 2012 em relação à dívida pública grega se mantém válida, mas sob certas condições.
Entre estas condições está a conclusão com sucesso da atual revisão.
Além disso, este tipo de ajuda para a redução da dívida pública só seria aplicado se fosse considerado “necessário”.
Recorde-se que este compromisso assumido pelos países da zona euro em 2012 só passava a ser válido se o Governo grego cumprisse o programa de resgate e conseguisse registar saldos primários (saldo do Estado sem contar com os encargos com dívida) positivos.
O segundo caso já é verdade, o primeiro nesta altura parece mais complicado.
18/6 14:02 Nuno André Martins
Já o presidente do fundo de resgate do euro (o Mecanismo Europeu de Estabilidade), de onde sai a parte europeia dos empréstimos aos países resgatados, considera que a dívida pública grega é sustentável, apesar de estar perto dos 175% do PIB do país.
O alemão Klaus Regling garante que os ministros não discutiram o incumprimento da Grécia.
18/6 13:58 Nuno André Martins
Dijsselbloem: Sem programa não há mais dinheiro para a Grécia
Jeroen Dijsselbloem fala novamente, agora para defender o papel da troika nas negociações e nos restantes resgate.
O presidente do Eurogrupo avisa a Grécia que tem de fazer cedências a todas as instituições – Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional -, considera que o papel da troika está a evoluir e manifesta esperança que o FMI continue a dar apoio à zona euro.
Sobre a troca de dívida do FMI por dívida ao fundo de resgate do euro, proposta pelo Governo grego, diz que não foi discutida pela União Europeia e que garante que não haverá mais dinheiro da Europa para a Grécia sem um programa.
18/6 13:55 Nuno André Martins
É preciso conseguir um acordo nos próximos dias, diz Pierre Gramegna, ministro das Finanças do Luxemburgo, que recebe hoje a reunião do Eurogrupo.
18/6 13:54 Nuno André Martins
Johan Van Overtveldt, ministro das Finanças da Bélgica, também pede ao Governo grego que apresente propostas hoje.
18/6 13:52 Nuno André Martins
Varoufakis diz que leva ideias do Governo ao Eurogrupo, mas não propostas
Yanis Varoufakis parece não ter ouvido o comissário europeu e diz que na reunião de hoje irá apresentar “as ideias do Governo grego”.
Apesar dos constantes ataques de parte a parte, Varoufakis insta as partes a encontrarem verdadeiros consensos.
18/6 13:48 Nuno André Martins
Moscovici: Sem nova proposta do Governo grego, não há acordo
Comissário europeu para os Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, diz que sem uma nova proposta do Governo grego não há acordo.
Chegou a altura dos gregos se chegarem à frente, diz o comissário, que alerta que nesta altura todos os dias contam.
Os pagamentos, como dizia Christine Lagarde, têm de ser feitos no dia 30 de junho, sublinha.
“Precisamos de novas propostas da Grécia, não de novas ideias”, diz.
18/6 13:37 Nuno André Martins
Dijsselbloem: "Estou bastante pessimista"
O Presidente do Eurogrupo diz-se “bastante pessimista” na chegada ao local onde vai decorrer a reunião do Eurogrupo, no Luxemburgo, lembra que o tempo está a ficar cada vez mais limitado, que não há qualquer acordo e que tem dúvidas que na reunião de hoje haverá qualquer progresso para apresentar aos ministros das Finanças da zona euro.
“A Grécia não pode continuar sem tomar medidas difíceis. (…) Espero que o Governo grego surja com uma proposta”, diz o holandês Jeroen Dijsselboelm, que recusa que não exista flexibilidade do lado dos credores.
“As instituições fizeram cedências”.
18/6 13:31 Nuno André Martins
Numa altura em que se especula que a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu podem reafirmar o compromisso de 2012 de considerar mais medidas para ajudar a reduzir a dívida grega, algo de que o Governo grego já demonstrou que não pretende abdicar, vale a pena recordar a frase da polémica.
O comunicado completo que saiu do Eurogrupo de 27 de novembro de 2012, pode ser lido aqui.
Euro area Member States will consider further measures and assistance, including inter alia lower co-financing in structural funds and/or further interest rate reduction of the Greek Loan Facility, if necessary, for achieving a further credible and sustainable reduction of Greek debt-to-GDP ratio, when Greece reaches an annual primary surplus, as envisaged in the current MoU, conditional on full implementation of all conditions contained in the programme, in order to ensure that by the end of the IMF programme in 2016, Greece can reach a debt-to-GDP ratio in that year of 175% and in 2020 of 124% of GDP, and in 2022 a debt-to-GDP ratio substantially lower than 110%.
18/6 13:20 Nuno André Martins
Não, não e não.
Não há período de carência, não há mais adiamentos.
Esta é mensagem de Christine Lagarde, diretora-geral do FMI, para o Governo grego.
Não terão mais tempo para pagar os cerca de 1,6 mil milhões de euros (um valor ligeiramente mais baixo agora devido à valorização do euro) devidos no dia 30 de junho.
Este valor já é o conjunto de quatro pagamentos devidos ao longo do mês de junho, algo que as regras do Fundo permitem fazer por uma questão de comodidade, mas que raramente acontece.
Se não pagar, Christine Lagarde tem de avisar o conselho de administração do FMI de imediato.
O que acontece se não pagar? (aqui).
18/6 13:11 Nuno André Martins
Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo euro, também está no Luxemburgo e diz que o Eurogrupo de hoje servirá apenas para fazer um ponto de situação sobre o estado das negociações com a Grécia.
A mensagem mantém-se: a União Europeia está a trabalhar afincadamente para conseguir um acordo com a Grécia, a Grécia tem de cumprir com o acordado, tal como os credores, e que a Comissão Europeia está pronta e disponível para continuar a trabalhar com as autoridades gregas para conseguir uma solução.
18/6 13:08 Nuno André Martins
O ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, diz que Portugal mantém os planos de avançar com o pagamento antecipado do empréstimo ao FMI.
18/6 13:04 Nuno André Martins
Depois de mais uma impressionante manifestação de apoio na praça Sintagma, em frente ao Parlamento de Atenas, mais uma manifestação do apoio do povo grego ao Governo do Syriza.
Uma sondagem continua a dar uma vantagem por uma larga margem ao Governo de Alexis Tsipras, com 33,5% das intenções de voto.
A Nova Democracia, do anterior Governo, surge num distante segundo lugar com apenas 13,5%.
O PASOK e os Gregos Independentes (parceiros de coligação do Syriza) surgem nos últimos lugares muito perto de não conseguir sequer estar representados no Parlamento.
18/6 12:45 David Dinis
A maior gestora de obrigações prevê tempos "extremos" na Grécia
O presidente executivo da Pimco, Douglas Hodge, disse esta manhã em Londres que as consequências económicas na Grécia de uma saída da zona euro serão “extremas”, acreditando ainda assim que a Europa “ficará bem” – até porque o capital privado teve tempo para se preparar, argumentou o líder da maior gestora de obrigações do mundo.
Mas extremas até onde?
“Controlo de capitais, contratos a serem reescritos.
A destruição de riqueza será grande e, infelizmente para a população, vai ser bastante dolorosa”.
18/6 12:39 David Dinis
A propósito de pensões, Alexis Tsipras escreveu ontem, no Der Tagesspiegel, porque não aceita mexer mais nas pensões gregas. Aqui está, em inglês:
The social security system is the institutionalized mechanism of intergenerational solidarity, and its sustainability is a main concern for society as a whole. Traditionally, this solidarity has meant that young people, through their contributions, fund the pensions of their parents. But during the Greek crisis, we’ve witnessed this solidarity being reversed as the parents’ pensions fund the survival of their children. The pensions of the elderly are often the last refuge for entire families that have only one or no member working in a country with 25% unemployment in the general population, and 50% among young people. Faced with such a situation we cannot adopt the logic of blind and horizontal cuts, as some have asked us to do, which would result in dramatic social consequences.
18/6 12:18 David Dinis
Leituras interessantes, enquanto a hora não chega
O Financial Times fez uma cronologia interativa para percebermos melhor o que ainda vai acontecer até um possível default grego
O Politico escreveu sobre as lutas internas no Syriza, com uma imagem de Tsipras bem ilustrativa do problema em que está metido o primeiro-ministro grego:
E o site MacroPolis fez uma análise bem interessante sobre o ponto chave destas negociações (se é que lhe podemos chamar isso). Está aqui.
18/6 11:55 David Dinis
Largarde: É imperativo reformar o sistema de pensões
A diretora-geral do FMI está a falar com jornalistas no Luxemburgo:
“É imperativo que que o sistema de pensões grego seja reformado, protegendo as pensões mais fracas”;
“O programa grego precisa de ser credível”.
“Não há mais tempo para a Grécia, depois de 30 de junho”. Tradução: default parcial.
18/6 11:12 David Dinis
UE e BCE preparam declaração conjunta sobre dívida grega
Ainda é um rumor, mas está escrito no prestigiado jornal grego Kathimerini: pode estar a ser preparada uma declaração conjunta da União Europeia e do BCE, renovando o compromisso de rever a situação da dívida pública grega, um dos três pontos mais sensíveis das negociações.
Confirmando-se, o statement pode abrir algum espaço a que as negociações sejam retomadas. (a notícia traduzida para inglês está aqui).
O Governo de Tsipras tem exigido que um acordo inclua uma renegociação da dívida grega, o que os países do euro recusam (assim como o BCE), admitindo mesmo assim que a questão seja revisitada depois de um eventual acordo.
A questão é sensível: muitos países recusam dar luz verde a essa negociação, tendo em conta o corte já aplicado em 2012, assim como as condições muito vantajosas aplicadas pelos parceiros europeus nos últimos anos.
Os outros dois pontos sensíveis são os cortes orçamentais exigidos pelos credores este ano (cerca de 1% do PIB grego) e – entre estes – os cortes nas pensões, para garantir a sustentabilidade da Segurança Social grega.
18/6 10:57 Rita Dinis
Cavaco Silva preocupado com os "resultados imprevisíveis" e os efeitos de contágio
Por cá, ou melhor, pela Roménia, onde Cavaco Silva está em visita oficial, o Presidente da República fala no dia ‘D’ da Grécia e levanta preocupações sobre os “resultados imprevisíveis”.
“As informações desta manhã não eram positivas sobre a possibilidade de alcançar acordo e por isso entramos numa área de resultados imprevisíveis, na medida em que qualquer acordo terá de passar por vários Parlamentos, e o programa termina já no dia 30 de junho”.
“Quando não há acordo levanta-se um problema de cedência de liquidez a um país que não tem rating de investimento. Há aqui a dúvida sobre aquilo que fará o BCE relativamente à cedência de liquidez ao sistema bancário grego quando sabemos que todas as semanas há uma fuga de milhares de milhões de euros dos bancos gregos. Todos os países da União Europeia estão preocupados”.
Cavaco reitera que as instituições europeias estão hoje melhor preparadas para enfrentar um acidente com um país da zona euro, mas não é optimista o suficiente para achar que não ocorrerão efeitos de contágio.
“Alguns efeitos ocorrerão, mas podem ser contidos ao conjunto da zona euro”, que tem mecanismos de apoio aos Estado em dificuldade e mecanismos de supervisão mais eficazes do que no passado, e a Portugal, “que tem uma reserva que permite aguentar o país durante vários meses”.
Mais: “O BCE manifesta-se muito mais aberto do que no passado para apoiar situações financeiras difíceis que alguns países possam enfrentar, mas claro que Portugal gostaria que fosse alcançado um acordo.
Só que a Grécia não pode deixar de respeitar as regras e os procedimentos que estão acordados entre os países – não podem ser abertas exceções porque isso poria em causa o funcionamento da união monetária”.
18/6 10:42 David Dinis
Governo grego: "As pessoas devem ficar calmas"
Gabriel Sakellaridis, porta-voz do Governo de Atenas, negou esta manhã que o Governo esteja a preparar um controlo de capitais na Grécia, caso falhe um acordo com os credores.
“Os depósitos bancários estão a salvo”.
As notícias dos últimos dias dão conta de uma saída em massa de depósitos, cerca de 900 milhões de euros na quarta-feira, 500 na terça-feira.
Minutos depois, o vice-ministro das Finanças Dimitris Mardas, disse à televisão pública que “as pessoas devem ficar calmas” – garantindo que “não há um problema2 com o pagamento de pensões e de salários no Estado.
18/6 10:32 David Dinis
Mais pressão sobre a Grécia (até da Rússia)
Dois ministros das Finanças da zona euro – o austríaco e o belga – dizem não esperar uma nova proposta grega na reunião do Eurogrupo.
Enquanto no Parlamento alemão o líder do SPD (segundo partido da coligação no Governo) diz que a situação na Grécia é de faltarem “cinco minutos para a meia-noite”.
Já o comissário Moscovici prevê uma reunião “difícil” no Luxemburgo.
Falando no SDP, Sigmar Gabriel (vice-chanceler) disse esta manhã que a Europa deve continuar a ajudar a Grécia mesmo depois de esta sair do euro.
E acrescentou:
Na Rússia, onde Tsipras se desloca hoje, para conversas com Vladimir Putin -, a mensagem também não é animadora: “A Rússia não está pronta para comprar dívida grega”, disse o ministro da Economia Alexei Ulyukayev, citado pela Boomberg.
A boa notícia em São Petersburgo é um contrato para o futuro: um contrato para uma ligação de gás direta entre os dois países.
18/6 10:11 Rita Dinis
Bolsas europeias abriram em queda esta quinta-feira, perante a ameaça da falta de progresso nas negociações entre a Grécia e os credores.
18/6 10:09 José Manuel Fernandes
Euclides Tsakalotos: "Se a Grécia sair do euro, o euro pode acabar"
O chefe dos negociadores gregos deu esta manhã uma entrevista ao programa Today, da Radio 4 inglesa, em que insistiu na ideia de que uma saída do euro poderia implicar o fim do euro.
E acrescentou: “uma vez que um país saia do euro, a união monetária passa a ser apenas um sistema de câmbios fixos, onde passa a ser uma mera questão de custo-benefício qualquer outro país sair”.
Disse também que, para ele, o mais risco “é o regresso das desvalorizações competitivas e dos nacionalismos, o tipo de política que tivemos nos anos 1930″.
Na mesma entrevista Tsakalotos voltou a insistir na ideia de que o governo grego poderá ter de consultar o povo grego se o país for levado a sair do euro: “Não temos mandato para sair do euro, e se isso acontecesse seria muito mau.
Teríamos de consultar o povo, porque o nosso mandato era fazer o melhor possível dentro do euro. Nós somos europeístas”.
A entrevista pode ser ouvida aqui.
A mesma ideia de consultar o povo grego foi também reafirmada numa entrevista de Tsakalotos ao Liberation.
18/6 9:09 Rita Dinis
Merkel fala em Berlim: "Onde há vontade, há esperança", mas sem cedências
Angela Merkel fala agora em Berlim, no Parlamento.
Ao fim de uns minutos a falar sobre o Conselho Europeu da próxima semana, em Bruxelas, passa para a Grécia.
E começa por dizer que o euro é mais do que uma moeda, é uma “ideia”, um conceito.
“A Grécia está no bom caminho, mas tem muito a fazer e tem de acertar o passo com as reformas estruturais que são necessárias”, diz, afirmando que a Alemanha está a trabalhar com a Grécia para manter o país no euro e mostrando-se confiante de que um acordo com os credores ainda é possível.
“Os esforços alemães são no sentido de manter a Grécia no euro”.
“Continuo firmemente convencida de que onde há vontade, há esperança”.
“Ao longo dos últimos cinco anos, a Grécia recebeu uma solidariedade sem precedentes, mas o princípio básico mantém-se: ajuda a troco de reformas”.
No final, a ideia que ficou foi de que o objetivo da Alemanha é manter a Grécia no euro, mas não há espaço para concessões.
A Grécia tem de pagar.
O braço de ferro vai continuar.
18/6 8:59 Rita Dinis
O ministro das Finanças francês, Michel Sapin, deu o mote para a reunião do Eurogrupo em declarações à rádio francesa: “Vamos lutar até ao fim para chegar a acordo com a Grécia”.
E disse que a saída de Atenas da moeda única seria uma “catástrofe total”.
Por isso quer evitar esse cenário a todo o custo:
“Não estamos aqui para perder um membro do euro”
18/6 8:48 Rita Dinis
O calendário: Quatro semanas para decidir o futuro
Esta quinta-feira não será o dia D, uma vez que o próprio ministro das Finanças grego já disse que não ia ao Eurogrupo com novas propostas em carteira.
Mas a verdade é que o calendário aperta.
O deadline é 30 de junho, data limite para o pagamento ao FMI, mas até lá há outros momentos-chave.
O Financial Times fez um calendário da próxima fase crítica da crise grega – que pode ver aqui -, onde mostra como as quatro próximas semanas vão ser decisivas para o futuro da Grécia no euro.
O derradeiro prazo, mais forte ainda do que a data limite para o pagamento ao FMI é o dia 20 de julho, dia limite para o pagamento dos títulos de 3.5 mil milhões de euros ao Banco Central Europeu.
Aí sim, se não pagar, a Grécia entra oficialmente em incumprimento.
18/6 8:27 Rita Dinis
Entretanto, o governador do banco central alemão deu uma entrevista para três países: França (ao Les Echos), Espanha (ao El Mundo) e Itália (La Stampa), e o recado não podia ter sido mais claro. “A existência do euro não depende da Grécia”.
Que é como quem diz, ficamos bem sem eles?
O sinal é de alarme, com Jens Weidmann a admitir não só a saída do euro como um efeito dominó: “Os efeitos de contágio não são de excluir, pelo menos um ‘Grexit’ poderia modificar o caráter da união monetária.
Mas esta também se modifica quando os países individualmente considerados não assumem as suas responsabilidades para garantir uma moeda estável”, disse.
“A bola está claramente no campo do Governo grego, para decidir o futuro do país” e “os últimos dias mostraram que não há muito mais tempo para chegar a um acordo”.
É o tudo ou nada.
Os ministros das Finanças da Zona Euro, bem como o Fundo Monetário Internacional (FMI), vão reunir-se ao início da tarde para negociar uma saída para a crise que permita à Grécia obter os milhares de milhões de euros de empréstimos que precisa.
Para isso, no entanto, é preciso um acordo sobre promessas de reformas que satisfaçam os outros europeus e que permitam à Grécia reembolsar o FMI com os cerca de 1,5 mil milhões de euros emprestados.
Mas as esperanças de que haja acordo são muito reduzidas e este pode ser mais um dia perdido.
18/6 8:24 Rita Dinis
Dois minutos de conversa: Tsipras telefona a Juncker
Bom dia.
O clima aquece na Europa a poucas horas da reunião dos ministros das Finanças da zona euro, marcada para as 14h no Luxemburgo.
Ontem à noite, Alexis Tsipras telefonou a Jean-Claude Juncker, mas terão apenas combinado manter o contacto.
Foram dois minutos de conversa, apenas – o que não dá para muito mais.
Mas o telefonema surgiu pouco depois de Juncker ter apontado o dedo ao Governo grego por supostamente não contar a verdade aos gregos sobre as propostas da Comissão Europeia para um eventual acordo.
Os dois já não falavam desde domingo, e os dias desde o fim de semana têm sido intensos.
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