quinta-feira, 25 de junho de 2015

Em direto:Eurogrupo suspenso, volta a reunir quinta-feira

FUTURO DA GRÉCIA

Sem progressos suficientes, o Eurogrupo foi suspenso e vai ser retomado esta quinta-feira para que a troika reúna esta noite. 
Em direto:





















Liveblog Arquivado
25/06/2015    0:37 João Cândido da Silva
As equipas técnicas que negoceiam um acordo vão reunir-se a partir das 6h00 desta quinta-feira em Bruxelas (5h00 em Lisboa). Três horas depois, Alexis Tsipras, Christine Lagarde, Mario Draghi e Jean-Claude Juncker retomam as conversações.

25/06/2015   0:32 João Cândido da Silva
As negociações vão ser retomadas às 9h00 desta quinta-feira em Bruxelas (8h00 em Lisboa). 
No encontro de hoje com os líderes da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, Tsipras mostrou-se irredutível em relação à proposta mais recente efetuada pela Grécia, afirma uma fonte oficial de Atenas, não identificada.

25/06/2015   0:26 João Cândido da Silva
Não houve declarações públicas de qualquer dos responsáveis que estiveram presentes na reunião. 
Nada está fechado, as negociações serão retomadas nesta quinta-feira, no âmbito do Eurogrupo, mas também ao mais alto nível com o objetivo de superar pela via política quaisquer questões bloqueadas ao nível técnico.

25/06/2015   0:24 João Cândido da Silva
A reunião entre os representantes dos credores internacionais e o primeiro-ministro grego terminou.


25/06/2015  0:13 João Cândido da Silva

Alexis Tsipras também abandonou a reunião em Bruxelas, revela a Bloomberg, mas as negociações prosseguem.

25/06/2015  0:02 Diogo Pombo
Pedimos desculpa — afinal, a reunião não terminou, não senhora. Mario Draghi, o presidente do Banco Central Europeu (BCE) foi-se embora, mas a Bloomberg diz que Benoît Cœuré, vice-presidente do BCE, permaneceu na reunião com Alexis Tsipras.

24/06/2015   23:56 Diogo Pombo
Pelos vistos a reunião já terminou. 
A Bloomberg, citando uma fonte da UE não identificada, avança que Christine Lagarde e Mario Draghi estão neste momento a abandonar o encontro.

24/06/2015    23:45 Diogo Pombo
Susana Frexes, correspondente do Expresso em Bruxelas, ouviu Maria Luís Albuquerque, à saída da reunião desta tarde do Eurogrupo. 

“Não nos foi dito qual era o ponto da discórdia”, disse também a ministra das Finanças, sobre as divergências que levaram à suspensão do encontro desta quarta-feira entre os ministros.

24/06/2015   23:22 Diogo Pombo
Enquanto esperamos, Matthias Williams, correspondente da Reuters em Bruxelas, citou uma fonte não identificada da UE, que tentou justificar o porquê da a reunião do Eurogrupo ter sido suspensa esta quarta-feira: “Não tínhamos nada com que trabalhar que fosse real. 
A perca de confiança está a tornar-se extrema. É difícil ver como poderemos continuar.”














24/06/2015    23:07 João Cândido da Silva
If Greece leaves the euro and melts down, who would really care? [Se a Grécia abandonasse o euro e entrasse em bancarrota, quem, na verdade, se importaria?]. 
Este é o título de um artigo do economista Iain Begg, investigador no European Institute da London School of Economics, publicado pela CNN. 
O autor considera que um eventual abandono da Grécia da zona euro não teria impactos difíceis de aguentar pelos restantes países da região da moeda única europeia. 

Mas acredita que o governo grego tem boas razões para aceitar um acordo, melhor do que a alternativa, o regresso a uma moeda própria, que lançaria um “cataclismo” sobre o país.


Se a Grécia deixa o euro e derrete-se, quem realmente se importa?
Por Iain Begg
Atualizado 1933 GMT (0233 HKT) 24 de junho de 2015

Iain Begg é um companheiro professoral de pesquisa no Instituto Europeu, London School of Economics, e pesquisador sênior no Reino Unido em uma iniciativa Mudar a Europa do Conselho Económico e Social Research UK. As opiniões expressas neste comentário são da exclusiva responsabilidade do escritor.

(CNN) Ao longo da interminável crise grega do euro, tem sido quase axiomático que manter a Grécia dentro do euro, e preservando assim a integridade da moeda única, é um objectivo central.
No entanto, no jogo de frango entre -Syriza-conduziu a  Grécia e os credores mais beligerantes na zona do euro, tornou-se cada vez mais claro que estea últimoa estão prontos para abandonar os gregos se necessário.


Se isso viesse a acontecer importância isso teria, quem ele iria afetar e como?

Para os próprios gregos, a resposta simples é que  quase certamente seria uma calamidade.
Um sistema bancário já sob estresse considerável enfrentaria o colapso quanto o que possui - até agora - foi descrito como uma caminhada bancária (em vez de corrida bancária) se transformou em um sprint bancária; rápida desvalorização da moeda sucessor levaria a inflação alta; e a exclusão prolongada do mercado de bônus soberanos seria inevitável.

Uma forçada saída caótica seria politicamente desestabilizadora e é difícil ver onde a população grega iria transformar próximo ao governá-lo.


Grécia e na UE: O cenário apocalíptico final

Muitos argumentos têm sido apresentados para justificar a continuação dos esforços para manter a Grécia a bordo do navio bom "euro", mas a análise desapaixonada sugere que alguns deles são realmente convincente.

A primeira é que uma admissão de que a adesão ao euro não é mais irrevogável iria encorajar os mercados financeiros a procurar a próxima vítima mais vulnerável para ataques especulativos.
Se isso levou a uma renovada pressão ascendente sobre os custos de empréstimos dos membros mais vulneráveis da zona do euro, poderia haver problemas mais amplos.
Mas a realidade é que a liderança da UE construiu muralhas, o consenso é que eles vão ser robusto o suficiente para suportar tais ataques.

A lógica da famosa declaração de Mario Draghi a partir de 2012 que o Banco Central Europeu está disposto a fazer o que for preciso para proteger o euro é que não há poder de fogo suficiente para repelir um ataque dos mercados.
Pode haver uma breve preocupação sobre o contágio, mas isso não vai durar.
Além disso, a dura realidade é que um euro não está mais sobrecarregado com a Grécia vai ser mais, e não menos resiliente.

Em segundo lugar, a Grécia não é apenas uma parte relativamente pequena da economia da zona do euro - que ascende a quase 2% do PIB agregado - mas é também uma economia surpreendentemente fechada com uma bastante baixa propensão a importar.

Economias pequenas normalmente têm uma alta taxa de comércio em relação ao PIB, mas isso não é verdade para a Grécia, que está na extremidade inferior da escala entre os países da UE.

Alguns fabricantes de bens de consumo nas principais economias exportadoras como a Alemanha pode perder algumas vendas se a Grécia implodir, mas eles podem facilmente fazer-lo com a venda para outras partes do mundo.
Grécia em suma é um longo caminho de ser "demasiado grandes para falir".
Pelo contrário, ela é muito pequeno para a matéria.
Quando Detroit faliu recentemente fez ninguém pensar seriamente que teria provocado muitos danos à economia dos EUA?

Mesmo se a economia é desconsiderado, o que acontece com a política?
Certamente há preocupações de geo-política, não menos o receio de que uma Grécia rejeitou vai virar a mãe Rússia.

Não pode haver dúvida de que Vladimir Putin é um mestre da política externa de divisão e regra e ele pode ter calculado que um veto grego sobre as sanções contra a Rússia renovou a Ucrânia poderia ser uma recompensa digna de conceder um empréstimo para a Grécia.

No entanto, aqui, novamente, a aritmética é quase alarmante.
A Rússia é um grande país, mas uma economia fraca, que foi diminuída ainda mais, os preços do petróleo mais baixos.
Ela não estava disposta a oferecer apoio financeiro pequeno a Chipre, embora os interesses russos - e dinheiro - estavam em jogo, e é difícil ver como um país se em recessão podiam pagar empréstimos na escala que a Grécia precisa manifestamente.

Ninguém quer ver a instabilidade política na Grécia e pode haver receios de que se ocorresse que iria infectar outros países.
Partidos anti-establishment fizeram a sua marca em vários países da UE, alguns deles inspirados pelo exemplo de Syriza.

Mas a pura inépcia do Syriza durante seus poucos meses de governo quase não tem sido o incentivo para os outros.

O que resta é uma questão moral.
Europeus fazem manter um senso de solidariedade um com o outro que está propenso a ser subestimada por aqueles em outras partes do mundo, e muitos na Europa seria consternado se a Grécia forem cortados solto e sofrido.
Solidariedade, no entanto, tem os seus limites e as travessuras dos últimos meses nos trouxeram mais perto desses limites.

Os líderes da Syriza ou pensaram que tinham uma mão mais forte do que era realmente o caso, ou bluff que iria funcionar.

Eles já estão percebendo que o oposto é verdadeiro e é por isso que um acordo finalmente parece provável.

24/06/2015   22:31 Diogo Pombo

Eis a confirmação: a reunião já começou.


















24/06/2015   22:26 Diogo Pombo


Sim, ainda aqui estamos. Continuamos à espera de novidades ou, pelo menos — o que será o mais provável — de declarações. Porque Alexis Tsipras deverá estar prestes a reunir em Bruxelas com os líderes da troika: Mario Draghi (BCE), Christine Lagarde (FMI) e Jean-Claude Juncker (Comissão Europeia).

24/06/2015   21:13 Filomena Martins
Maria Luís e as razões da suspensão do Eurogrupo: "Dar mais umas horas"

Maria Luís Albuquerque já explicou a decisão de suspender o Eurogrupo e retomá-la apenas amanhã, quinta-feira: para “dar mais umas horas” ao Governo grego e às instituições para concluírem as discussões em curso, disse a ministra das Finanças, citada pela Lusa.

“As discussões entre as instituições e as autoridades gregas ainda estão em curso e não estavam ainda suficientemente avançadas para que pudéssemos ter hoje uma discussão e, como tal, entendeu-se que era mais produtivo interromper a reunião, dar mais umas horas para estas conversações continuarem e amanhã às 13h00 (12h00 de Lisboa) retomamos os trabalhos, para analisarmos as conclusões que essa discussão entretanto venha a produzir”, afirmou Maria Luís Albuquerque à saída do encontro.

24/06/2015    20:25 Nuno André Martins
Alexander Stubb, ministro das Finanças da Finlândia, diz que os ministros continuam a tentar trabalhar na linha do acordado a 20 de fevereiro e que ainda não há nada em cima da mesa para decidir. 
O governante diz que os ministros esperam ter uma proposta para decidir amanhã às 13hoo, quando se voltarem a reunir e alerta que o tempo se está a esgotar.
Esperamos ter uma proposta concreta às 13h00 de amanhã”Não há nada em cima da mesa”
24/06/2015   20:09 Nuno André Martins
Pierre Moscovici, comissário Europeu para os Assuntos Económicos, garante que a troika tem uma “posição perfeitamente comum” e acredita que um acordo ainda é possível.

24/06/2015   20:04 Nuno André Martins
Jeroen Dijsselbloem já fala aos jornalistas: O trabalho vai continuar esta noite. A reunião será retomada às 13h00 em Bruxelas.
Ainda não chegámos a acordo”Estamos determinados em continuar a trabalhar durante a noite se necessário”
24/06/2015   20:02 Nuno André Martins
A reunião foi tão curta que nem sequer terá direito a conferência de imprensa no final. Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, fará apenas algumas declarações aos jornalistas à saída.

24/06/2015    19:58 Nuno André Martins

O ministro das Finanças da Finlândia confirmou no twitter o adiamento da reunião.












24/06/2015    19:57 Nuno André Martins
Falta de progressos para se conseguir um acordo e necessidade das instituições continuarem a negociar com a troika determinam suspensão da reunião de hoje. 
Os ministros voltam a reunir na quinta-feira, antes da cimeira de líderes da União Europeia, às 13hoo, em Bruxelas.

Esta noite haverá uma reunião entre os líderes das instituições da troika – Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu – com o primeiro-ministro grego, marcada para as 23h00 (22h00 em Lisboa). 
As negociações continuarão ainda ao nível técnico.

24/06/2015   19:52 Nuno André Martins
Eurogrupo suspenso

EUROGRUPO SUSPENSO. Negociações retomam amanhã às 13h00

24/06/2015    19:36 Nuno André Martins

Notícias de mais uma reunião em Bruxelas. O dia já prometia ser longo e começa-se a confirmar o pior cenário: Alexis Tsipras reúne-se com Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, e com os representantes da troika às 23h00 em Bruxelas (22h00 em Lisboa).

24/06/2015    19:33 Nuno André Martins

O Eurogrupo já está reunido e saem as primeiras imagens dos ministros.
Varoufakis a ser cumprimentado por Michel Sapin, ministro das Finanças de França, que em Riga em abril lhe deixou as orelhas a arder.
Num momento de descontração antes do que se advinha uma reunião tensa, Pierre Gramegna, ministro das Finanças do Luxemburgo, com o ministro das Finanças grego.
Yanis Varoufakis segreda com a sua equipa. À direita, o chefe da equipa grega que negoceia com a troika, Euclid Tsakalotos.
Aqui, Christine Largarde, diretora-geral do FMI com Carsten Pillath, da Comissão Europeia.

24/06/2015    19:23  Nuno André Martins
Com as perspetivas de um acordo a ficarem cada vez mais negras, já se fala em cimeira extraordinária de líderes da zona euro, a segunda numa semana. 
Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu diz que nada está decidido e que vai avaliar a situação após a reunião de hoje do Eurogrupo.

24/06/2015   19:10 Nuno André Martins
Entretanto, o Governo grego garante que as negociações continuam a todos os níveis, mesmo com o Eurogrupo reunido.

24/06/2015     19:02 Nuno André Martins
Sem se alongar à entrada do Eurogrupo, o comissário Europeu para os Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, diz que o trabalho continua e que não só o acordo com a Grécia é necessário, como é possível.

24/06/2015   18:59 Nuno André Martins
Uma longa noite pela frente, antecipa Edward Scicluna, ministro das Finanças de Malta, que diz que é importante para a Grécia recuperar a confiança dos credores
Acho que vamos ter uma longa noite pela frente, esperemos que resolvamos a questão”
Mesmo que tenhamos um acordo, o que é importante para a Grécia é ganhar a confiança dos credores, a confiança dos investidores, dos depositantes, e isso não vai acontecer só por se conseguir um acordo hoje”.
O problema é depois disso [do acordo]. Porque o problema não acaba aí. Se houver um acordo, eles conseguirão o dinheiro, mas a história é mais longa e muitos desafios vão permanecer, para a Grécia e para os credores”
24/06/2015   18:42 Nuno André Martins
Schäuble: Não há progressos suficientes para haver acordo hoje

Wolfgang Schäuble chega à reunião e com o mesmo discurso de sempre. 
Não tem muito de novo para dizer sobre a Grécia, diz, e que não houve progressos suficientes para que saia um acordo da reunião de hoje.
A sensação que tenho é que não estamos muito mais avançados do que estávamos na segunda-feira”.
A minha posição é que os trabalhos não estão suficientemente avançados para que possamos apontar para um acordo hoje”
24/06/2015   18:40 Nuno André Martins
Alexander Stubb, ministro das Finanças da Finlândia, diz que não viu propostas concretas ainda e que ficaria “agradavelmente surpreendido” se houvesse um acordo hoje. 
Sobre reestruturação da dívida grega ou mais empréstimos ao Estado grego, diz-se cético.
Ainda não vimos uma proposta concreta”
Ficaria agradavelmente surpreendido se conseguíssemos um acordo hoje”.
Antes de começarmos a falar de mais passos, temos de dar o passo do segundo programa”
24/06/2015   18:38 Nuno André Martins
Há vontade política para resolver a questão grega, mas há regras que todos têm de seguir, diz o ministro das Finanças de Espanha. Luis De Guindos, diz que entra na reunião com mente aberta, e que não tem ordens para chegar a um acordo hoje. 
O mandato dos ministros é para fazer as coisas bem feitas, diz.

24/06/2015   18:35 Nuno André Martins

O vice-presidente da Comissão Europeia para o Euro, Valdis Dombrovskis, diz que as negociações continuam intensas entre as partes, há progressos, mas ainda há questões em aberto.

24/06/2015   18:26 Nuno André Martins

Yanis Varoufakis, ministro das Finanças da Grécia, Christine Largarde, diretora-geral do FMI, Mario Draghi, presidente do BCE, Michel Sapin, ministro das Finanças de França e Pier-Carlo Padoan, ministro das Finanças de Itália, já entraram no edifício do Eurogrupo, todos eles sem falar com os jornalistas.

24/06/2015   8m 18:22 Nuno André Martins
Uma longa noite pela frente, antecipa Edward Scicluna, ministro das Finanças de Malta, que diz que é importante para a Grécia recuperar a confiança dos credores


24/06/2015    18:18 Nuno André Martins
“Estou curioso para ver como será a zona euro quando acabar a nossa reunião de hoje”, diz o ministro das Finanças da Eslováquia, Peter Kazimir à entrada do Eurogrupo. 
Para este ministro, três reuniões do Eurogrupo e duas cimeiras de líderes têm de chegar para se conseguir um acordo com a Grécia.



24/06/2015    17:53 Nuno André Martins
Os ministros já começaram a falar em Bruxelas, à chegada à reunião do Eurogrupo. 
O ministro das Finanças da Bélgica, Johan Van Overtveldt, diz que um acordo depende do trabalho das últimas 48 horas e que quer ver o documento da Grécia primeiro antes de fazer mais prognósticos. 
O governante defende um bom acordo, mesmo que demore mais um ou dois dias.

Governante defende ainda o papel do FMI, que diz que tem sido muito importante na questão grega, mas também que a União Europeia tem uma “grande responsabilidade” com o povo grego, uma obrigação moral.

24/06/20152    17:34 Nuno André Martins
Sinal de que a noite vai longa? 
O Conselho Europeu já enviou uma mensagem aos jornalistas a avisar que o bar do edifício onde estes estarão a seguir o Eurogrupo vai estar aberto até às 24h00

24/06/2015    16:52 Nuno André Martins
Governo grego: FMI muito duro nas negociações, Eurogrupo pode atrasar

As negociações estão a ser duros e o Eurogrupo, previsto para as 18h00 de Lisboa, pode começar mais tarde, diz um responsável do Governo grego aos jornalistas em Bruxelas. 
Segundo o mesmo responsável, o FMI está a ser muito duro nas negociações.

24/06/2015    16:48 Nuno André Martins
O líder do terceiro partido mais votado nas últimas eleições na Grécia, o To Potami, avisa Alexis Tsipras que terá de reformular a sua coligação governamental caso perda mais apoio dentro do Syriza para conseguir um acordo com os credores.

Após as eleições de 25 de janeiro, Alexis Tsipras convidou os Gregos Independentes para fazerem parte da coligação governamental, que foi um partido menos votado, recusando coligar-se com partidos a favor do acordo com a troika, caso da Nova Democracia, do Pasok (partidos que estiveram no poder durante o resgate) e do To Potami, um partido novo que foi a votos pela primeira vez nas últimas legislativas.

24/06/2015   16:44 Nuno André Martins
Christine Lagarde, diretora-geral do FMI, uma entrevista à Challenges Magazine, onde defende que para a economia grega recuperar é preciso implementar reformas, mas também que os credores consigam garantir que a dívida pública grega é sustentável. 
O sistema de pensões, diz, não o é nesta altura.

A líder do Fundo diz que não quer a Grécia saia da zona euro e também que não acredita na desintegração da zona euro.

24/06/2015    16:07 Nuno André Martins
Com Alexis Tsipras em Bruxelas para tentar chegar a um acordo com os credores, o Governo grego continua a mostrar a sua oposição à contraproposta dos credores em Atenas. 
Desta vez, foi o ministro de Estado da Grécia a dizer aos membros do Syriza que as propostas são “absurdas”.

24/06/2015    16:00 Nuno André Martins
Divergências entre as duas maiores economias na zona euro? 
O Ministério das Finanças da Alemanha disse esta manhã que a reestruturação da dívida grega não estará em discussão, mas o ministro das Finanças de França não tem a mesma opinião. Segundo Michel Sapin, que falava no Parlamento francês, o Eurogrupo vai mesmo discutir a questão da dívida grega.

O francês diz que a dívida não é a questão mais urgente, mas que esta fará parte das discussões de hoje em Bruxelas.

24/06/2015   15:31 Nuno André Martins
A poucas horas de começar o Eurogrupo, de onde os líderes querem que saia um acordo, as diferenças mantêm-se. 
A troika rejeitou a proposta do Governo grego, o Governo grego rejeitou a contraproposta, mais dura, da troika. 
O Wall Street Journal publicou o documento na íntegra (aqui) e o Observador tentou expor o que a troika exigiu a mais (aqui) e que o Atenas rejeita.

As medidas mais duras que a troika exige à Grécia
24/6/2015, 15:05
Contraproposta dos credores é mais dura que a proposta dos gregos. Governo já disse que não aceita. Enquanto Grécia e credores continuam o braço-de-ferro, aqui estão as diferenças.

O Governo grego fez uma proposta aos credores, a proposta foi bem recebida mas os credores não aceitaram, fazendo uma contraproposta ao Governo grego, com cortes mais duros e mais rápidos, e foi a vez de a Grécia não aceitar. Enquanto o braço-de-ferro continua, aqui fica o que os credores exigem a mais, cortesia do Wall Street Journal que publicou o documento na íntegra.
Já se sabia que a proposta grega seria apenas a base para as negociações e que os credores iriam construir uma lista de medidas prévias que a Grécia tem de cumprir antes de receber os 7,2 mil milhões da tranche do empréstimo internacional respetiva à última revisão do programa grego. Não se sabia ainda quão mais duros iriam ser os credores.
A troika esboçou a lista das chamadas ‘prior actions’ (medidas que têm de ser executadas antes de haver desembolso) e enviaram para o Governo grego, e estas foram mal recebidas. Entre as medidas estão mais aumentos do IVA, cortes nas pensões mais duros e mais cedo. Aqui ficam as diferenças:

IVA:
– O Governo grego propunha um aumento da receita com IVA em 0,74% do PIB grego. Os credores exigem 1% de receita, com a restauração e o catering na taxa normal de 23%, em vez dos 13% propostos pela Grécia. Os medicamentos passariam também a pagar 6%.

Medidas orçamentais estruturais:
– A troika quer que o Governo grego passe a exigir pagamentos por conta a empresas e empresários em nome individual em 100% no final de 2016, e que seja eliminado o tratamento fiscal preferencial dado aos agricultores que está previsto na lei.
– A troika exige ainda que o Governo acabe com os subsídios ao gasóleo agrícola. A despesa tem de ser cortada a metade já no próximo orçamento.
– A revisão do sistema de segurança social passa a ser feita tendo em vista poupanças de 0,5% do PIB.

No Orçamento de 2016:
– Os cortes propostos de 200 milhões de euros na despesa militar têm de passar a 400 milhões de euros (o dobro), reduzindo fornecimento de serviços externos e número de militares.
– A taxa de IRC deve subir de 26% para 28%, e não para 29% como propunha o Governo grego.
– A taxa de 12% sobre os lucros das empresas acima de 500 mil euros proposta pelo Governo grego não deve avançar.
– Os impostos sobre o jogo e o jogo online não tem luz verde, ao contrário do que pretende o Governo grego.
– As receitas da venda das licenças de 4G e 5G não seriam incluídas no orçamento.

Pensões:
– A troika exige que sejam implementadas em pleno as reformas do sistema de pensões de 2010 e de 2012, que implicam não só a aplicação do fator de sustentabilidade como afetaria o valor das pensões a pagar. A implementação destas reformas teria de resultar em poupanças equivalente ao previsto anteriormente.
– Sobre as poupanças com reformas, o Governo grego propunha que as poupanças começassem em 2016, na ordem dos 1,05% do PIB e passassem a 1% em 2017. A troika quer mais e pede poupanças já este ano de 0,25% a 0,5% do PIB, que subiriam para 1% já no próximo ano, e não em 2017.
– Para isto, a troika exige também que a idade da reforma seja adaptada de forma gradual para que em 2022 esteja finalmente implementada a reforma aos 67 anos, ou aos 62 anos se os trabalhadores tiverem mais de 40 anos de descontos. As reformas antecipadas seriam eliminadas e as reformas teriam de ser implementadas já a 30 de junho, para a semana, e não a 1 de janeiro de 2016, como pedia o Governo grego. Atenas queria que a idade da reforma nos 67 anos estivesse completamente implementada apenas em 2025.
– A troika exige ainda que todos os fundos de pensões estejam completamente financiados apenas pelas contribuições feitas para esses fundos, deixando o Estado de contribuir para pagar essas pensões.
– A troika pede também que o suplemento para as pensões mais baixas desapareça já em 2017, e por completo, ao contrário do proposto pelo Governo (gradualmente entre 2018 e 2020).
– Todas as pensões estariam congeladas pelo menos até 2021.
– Depois de 30 de junho deste ano, todos os trabalhadores que se reformassem veriam garantido pelo Estado grego apenas as pensões básicas, de acordo com os meios disponíveis, e se se reformarem aos 67 anos.
– As contribuições para os sistemas de saúde dos pensionistas subiriam também para 4% a 6%, ao contrário dos 5%, em média, propostos pelo Governo grego.
– Aumento das contribuições dos empregadores para a Segurança Social não avançaria, mas a troika manda acabar com todas as exceções que são financiadas pelo Estado grego.
– A consolidação dos fundos de pensões tem de estar efetiva no final de 2017, um ano mais cedo que o previsto pelo Governo grego.

Salários
– A troika exige ainda que seja implementada legislação para racionalizar a tabela salarial do Estado grego até ao final de novembro deste ano.

24/06/2015   14:09 Nuno André Martins
Se os 7,2 mil milhões de euros da tranche não chegarem a tempo para pagar ao FMI, como pode a Grécia evitar o incumprimento? Algumas opções discutidas são o desembolso dos lucros do BCE com a compra da dívida grega, o uso do dinheiro para a recapitalização dos bancos que está nas mãos do Mecanismo Europeu de Estabilidade ou deixar a Grécia emitir mais dívida de curto prazo e que os bancos gregos usem essa dívida como garantia nos empréstimos junto do banco central grego. 
As opções estão explicadas pelo Observador aqui.

Grécia: Como pagar ao FMI sem o dinheiro da troika
24/6/2015, 14:05
Sem os 7,2 mil milhões de euros do empréstimo internacional, que não devem chegar a tempo, a Grécia arrisca-se a falhar o pagamento ao FMI. Quais são as alternativas?

Com os cofres vazios e a apenas seis dias de ter de pagar cerca de 1,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional, as negociações em Bruxelas também recaem sobre como conseguirá a Grécia pagar esta tranche. Sem acordo, não há pagamento, garante o Governo. Com acordo, como é que se paga a tempo?
O Governo grego tem insistido neste ponto. Sem um acordo com os credores, não há dinheiro para pagar ao FMI. Os cerca de 1,6 mil milhões de euros dizem respeito a vários reembolsos do mês de junho que a Grécia pediu para juntar num só, e todos dizem respeito ao primeiro resgate a Atenas, ainda em 2010.
Algumas opções já foram testadas pelo Governo grego junto dos credores, sem sucesso. Com o aproximar da data, algumas destas opções começam a ganhar forma, como admitiu esta quarta-feira um responsável europeu, quando disse que os lucros do BCE com a compra da dívida grega podem chegar mais cedo para evitar o incumprimento da Grécia. Aqui ficam algumas das opções faladas:

Opção 1: Usar os lucros do BCE com a compra da dívida grega
Ao contrário dos outros países, a Grécia recebe por inteiro todos os lucros do BCE com a dívida pública grega que a instituição, liderada agora por Mario Draghi (mas na altura por Jean-Claude Trichet) começou a comprar em 2010.
Para evitar que os juros da dívida pública disparassem nos mercados, devido à instabilidade provocada pela chamada crise das dívidas soberanas, o BCE decidiu intervir no mercado de dívida de forma inédita, comprando no mercado secundário dívida pública da Grécia, Irlanda e Portugal (mais tarde alargou as compras para dívida de Itália e Espanha). Para isso criou o Securities and Markets Programme (SMP).
Os lucros deste programa são distribuídos no final do ano a cada um dos países com participação no capital do BCE, de acordo com essa mesma participação. No caso da Grécia, um acordo entre os países da zona euro permitiu que todos os lucros com a dívida grega sejam transferidos para o Estado grego.
Como o BCE não o pode fazer diretamente, são os países que transferem o valor equivalente para o Mecanismo Europeu de Estabilidade (o fundo de resgate do euro), que por sua vez transfere o dinheiro para o banco central da Grécia.
No entanto, isto só acontece se a Grécia cumprir o programa de resgate e tiver as avaliações positivas da troika. Como isso não aconteceu no ano passado – a quinta revisão que ainda se arrasta -, existem 1,9 mil milhões de euros de lucros com a dívida grega que ainda não foram transferidos para Atenas. É com esse dinheiro que Atenas deverá pagar ao FMI, julgando pelas últimas palavras dos responsáveis europeus.
Atenas recebe não só os juros que paga pela dívida ao BCE, que agora é o detentor dessa dívida, como a diferença entre o valor pago pelo BCE no mercado secundário (comprou a dívida mais barata porque os investidores se queriam desfazer dos títulos) e o valor em dívida, que é pago na totalidade pela Grécia.

Opção 2: Usar o dinheiro do fundo de recapitalização da banca
Uma opção menos popular, mas já tentada por Atenas. A Grécia recebeu 48,2 mil milhões de euros da troika para recapitalizar os seus bancos em 2012, quando houve uma grande reestruturação da dívida da Grécia, que só recaiu sobre os credores privados.
Destes 48,2 mil milhões de euros, foram usados apenas 37,3 mil milhões de euros, sobrando no fundo 10,9 mil milhões de euros para a banca. Quando a Grécia conseguiu um acordo para a extensão do programa por quatro meses, a 20 de fevereiro, os líderes da zona euro exigiram que esses 10,9 mil milhões passassem para as mãos do Mecanismo Europeu de Estabilidade e que só fosse transferido o valor necessário para cobrir insuficiências de capital dos bancos.
A medida pretendia evitar que o Governo grego usasse o dinheiro para pagar outras contas, como fez com as reservas de tesouraria de muitas das empresas e institutos públicos da Grécia. O Governo grego já pediu que esse dinheiro fosse libertado para pagar aos credores, mas a zona euro tem rejeitado os pedidos, tal como o BCE, mais preocupado com os bancos que estão a perder um grande volume de depósitos todos os dias.

Opção 3: Deixar o Governo grego emitir mais dívida de curto prazo
Uma das soluções mais tentadas pelo Governo grego, mas que tem a forte oposição do BCE.
A troika impôs um teto de 15 mil milhões de euros à dívida de curto prazo que o Estado grego pode emitir num determinado ano e um limite ainda mais curto para o valor desta dívida que os bancos gregos podem usar como garantia nos empréstimos que pedem ao BCE (agora já impedidos de o fazer com estas garantias) e ao banco central grego através do mecanismo de cedência de liquidez de emergência, a Emergency Liquidity Assistance (ELA).
O objetivo é impedir que os bancos gregos sejam colocados em risco para servir o Estado grego, e de uma certa forma este esquema consista numa forma de financiamento monetário, proibido pelos estatutos do BCE.
O Governo grego tem pedido um aumento deste valor para que possa financiar no mercado no curto prazo (até conseguir um acordo) os pagamentos aos credores. Isto permitiria ao Estado grego ganhar tempo, algo que os credores parecem não estar dispostos a deixar que aconteça.

E se a Grécia não pagar ao FMI? 
Uma análise mais antiga pode ser lida (aqui), sobre as formalidades de quando não se paga ao Fundo.

24/06/2015   13:38 Nuno André Martins
Alemanha: Reestruturação da dívida grega completamente fora da agenda

A reestruturação da dívida grega não está em discussão, avisa o porta-voz do ministro das Finanças da Alemanha. 
O parceiro de coligação do Syriza, os Gregos Independentes, defendiam esta manhã que tinha de fazer parte do acordo, o Governo grego tem insistido no tema, mas do lado da Europeu, em especial da Alemanha, a questão parece estar colocada completamente de parte.

Os responsáveis europeus já tinham avisado: discutir qualquer alívio na dívida grega só de acordo com o compromisso já assumido, se acharem que for necessário e só depois de o o Governo grego ter cumprido na íntegra todos os compromissos do programa.

24/06/2015     13:17 Nuno André Martins
O acordo entre a Grécia e os credores ainda está longe, diz o porta-voz do Ministério das Finanças da Alemanha. 
O responsável disse hoje que os credores fizeram cedências “excepcionalmente generosas” e que agora está nas mãos do Governo grego fazer alguma coisa.

24/06/2015   13:08 Nuno André Martins
Grécia rejeita contraproposta dos credores

Os credores gregos apresentaram uma contraproposta, mais dura que a proposta apresentada pelos gregos, e o cenário é de novo impasse. 
Segundo o jornal grego Khatimerini, o Governo grego já disse que “rejeita totalmente” a nova proposta do FMI. 
O Wall Street Journal e o jornal grego Efsyn detalham algumas das diferenças entre as propostas:

– Os credores não aceitam o aumento do IRC de 26% para 29%, e propõem um aumento apenas para 28%.

– A taxa de 12% sobre os lucros acima de 500 milhões também é rejeitada.

– No IVA, os credores querem mais receita. O Governo grego propunha receitas de 0,74% do PIB, os credores pedem 1% do PIB em receitas adicionais.

– Na própria estrutura da reforma do IVA pede-se que mais produtos e serviços passem a ser taxados a 23%, como o catering e a restauração, um dos pontos que a Grécia tem resistido.

– Nas pensões, a Grécia propunha um aumento das contribuições para a segurança social pagas pelas empresas (TSU) e limitar as reformas antecipadas. O FMI, em especial, quer cortes nas pensões mais altas.

– Aqui, os credores pedem a eliminação por completo do suplemento para as pensões mais baixas, conhecido como EKAS, já no final de 2017. O Governo grego propunha que este desaparecesse de forma gradual, ente 2018 e 2020.

– As mudanças nas pensões, na proposta grega, começariam a ser implementadas em outubro. Os credores querem que estas comecem já a 1 de julho, na próxima semana.

– As contribuições para os sistemas de saúde dos pensionistas subiriam também para 4% a 6%.

– Na despesa militar, a Grécia propunha um corte de 200 milhões de euros. Os credores querem o dobro, 400 milhões de euros.

– Os credores pedem também o fim das isenções e benefícios fiscais no gasóleo agricola.

– Da lista sairiam também as receitas previstas com a venda das concessões de 4G e 5G e das receitas previstas com a taxação do jogo online.

24/06/2015    12:41 Nuno André Martins
Na Grécia há ministros mais otimistas. George Stathakis, ministro da Economia, acredita que a economia vai crescer 1,5% este ano, apesar de os dados mais recentes apontarem para o regresso à recessão.

Sobre o pagamento ao FMI, o governante, que falava numa entrevista à televisão grega Mega TV, Stathakis acredita que o FMI será flexível se acontecer um atraso de apenas alguns dias, por questões técnicas, no pagamento dos cerca de 1,6 mil milhões de euros que a Grécia tem de pagar até dia 30 de junho. 
Se houver acordo, o Governo grego vai poder fazer esse pagamento, garante.

24/06/2015    12:37 Nuno André Martins
Na Bolsa de Atenas, os nervos continuam em franja. 
Depois de quatro dias a valorizar consecutivamente, está novamente em queda. 

Nesta altura cai perto de 3%, depois de uma abrupta queda por altura das notícias que deram conta de um impasse nas negociações, depois de o FMI rejeitar a proposta apresentada pelos gregos.














24/06/2015     12:30 Nuno André Martins
O Presidente da Eslováquia coloca pressão sobre a Grécia. “Estamos muito mais preparados para deixar a Grécia sair da zona euro do que estávamos há dois anos. 
Se acontecer, aconteceu. 
O que é crucial é que a zona euro mantenha a sua própria estabilidade”.

Andrej Kiska defende que os países devem fazer tudo para manter a Grécia no euro, mas também que é preciso proteger o projeto, que é especialmente bom para países mais pequenos como a Eslováquia. 
Como tal, se a Grécia não cumprir com os compromissos assumidos, considera que a zona euro deve deixar cair Atenas.

24/06/2015    12:26 Nuno André Martins
Grécia pode receber a parte dos lucros do BCE com a compra de dívida grega antes de 30 de junho

E eis que começa a ganhar contornos a forma alternativa da Grécia conseguir pagar ao FMI no final do mês sem a tranche do empréstimo: um responsável europeu, citado pela Bloomberg, avança que a Grécia pode receber a parte dos lucros do BCE com a compra de dívida antes de 30 de junho.

No entanto, a Grécia só recebe este dinheiro se houver acordo
O mesmo responsável lembra que, ao contrário da tranche do empréstimo e do programa, os Parlamentos nacionais não têm de aprovar esta transferência, que está nas mãos, só e apenas, do Eurogrupo.

Os 1,9 mil milhões de euros, cuja transferência está pendente desde o verão passado devido à não conclusão da quinta revisão do programa grego, dizem respeito à parte dos lucros distribuídos pelo BCE aos países da zona euro com a compra de dívida grega no mercado secundário no já extinto Securities Markets Programme (SMP).

No final de cada ano, o BCE transfere os lucros deste programa (os juros que recebe, mais a diferença entre o valor a que comprou a dívida e o valor que o Governo grego reembolsou o BCE). 
No entanto, os países da zona euro abdicaram de receber este valor e transferem para o Mecanismo Europeu de Estabilidade a soma equivalente, que é distribuído então ao Estado grego, caso a Grécia cumpra todas as condições do programa.

24/06/2015    12:19 Nuno André Martins
Na véspera da cimeira e ainda sem acordo em cima da mesa, os líderes europeus vão fazendo pressão para que a questão se resolva hoje. 
O primeiro-ministro italiano Matteo Renzi diz que a Europa tem a “obrigação moral” de ajudar a Grécia, mas alerta que a opinião pública não está do seu lado e que qualquer acordo tem de ser reciproco. 
Ou seja, a Grécia também tem de fazer a sua parte.


“Há uma grande pressão da opinião pública europeia, de alguns países em particular, para usar esta abertura como uma oportunidade para cair em cima da Grécia, para nos livrarmos de uma vez por todas da presença da Grécia na zona euro”, acusou o governante, no Parlamento italiano.

24/06/2015   12:09 Liliana Valente
Muitas das propostas do Governo grego – que foram rejeitadas pelo FMI segundo os gregos – vão mais além do que é praticado em Portugal, outras ficam aquém. 
O Observador fez uma comparação apenas com as novas medidas que tinham sido propostas por Tsipras, pode ver o artigo aqui. 

24/06/2015    12:05 Nuno André Martins
Sobre a cimeira que começa amanhã, um responsável europeu, citado pela Bloomberg, diz que os líderes da União Europeia não estão a contar em negociar o programa na quinta-feira e sexta-feira, mas sim de chegar à reunião já com um acordo na mesa.

Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, voltará a estar presente na reunião, como convidado, apenas para informar os líderes dos últimos desenvolvimentos. 
Todos fazem pressão para que o acordo seja fechado esta quarta-feira.

24/06/2015   12:02 Nuno André Martins
No Parlamento grego, o parceiro de coligação do Syriza impõe também as suas condições para um acordo. 
“É um pré-requisito para qualquer acordo que seja incluído um compromisso claro para o alívio da dívida”, diz a porta-voz dos Gregos Independentes no Parlamento grego, citada pelo jornal grego Khatimerini.

Este é um ponto que o Governo grego tem feito ao longo do tempo, e que os credores têm rejeitado sempre. 
O melhor que o Governo grego ouviu nestas negociações sobre esta questão é que ela pode ser discutida no fim do programa, se os credores acharem que é necessário, e se a Grécia cumprir todas as condições impostas.

24/06/2015   11:58 Nuno André Martins
Em mais uma revisão do valor da liquidez de emergência que o banco central da Grécia pode emprestar aos bancos gregos, a Emergency Liquidity Assistance (ELA), o BCE terá mantido o limite que já existia.

Apesar de a revisão ter passado de semanal para diária, devido à intensa fuga de depósitos do sistema financeiro grego, a agência Dow Jones avança que o Banco da Grécia também não pediu um aumento do valor que considera necessário, para já.

24/06/2015    11:53 Nuno André Martins
Tsipras acusa credores de estarem ao serviço de interesses na Grécia

Alexis Tsipras com a língua afiada, mais uma vez, perante os credores: “Esta posição estranha pode esconder dois cenários: 
Ou não querem um acordo ou servem interesses específicos na Grécia”. 
Antes, sobre a recusa da proposta grega, o primeiro-ministro grego já tinha dito feito um paralelismo com os programas português e grego, dizendo que nunca os credores tinham rejeitado propostas para compensar medidas. 

“Nem em Portugal, nem na Irlanda, nem em lado algum”.



24/06/2015    11:53 Nuno André Martins
O Governo finlandês já avaliou a proposta grega e…continua tudo na mesma. 
Numa declaração por email, o Governo finlandês, tradicionalmente na linha dura do Eurogrupo, reitera que a extensão do programa pode ser válida “se o Governo grego e o Parlamento se comprometerem com o programa acordado em fevereiro de forma credível”.

Para a Finlândia, é essencial que o FMI continue envolvido.

24/06/2015    11:48 Nuno André Martins
O dia vai ser longo em Bruxelas. 
Os credores querem um acordo ainda hoje, para que na cimeira de líderes da União Europeia que começa esta quinta-feira seja discutido já esse acordo. 
Mas entre a recusa dos credores da propostas grega, e divergências dentro da troika sobre algumas das medidas, os gregos também vão passando alguns das suas linhas vermelhas.

O ministro da Energia da Grécia disse logo pela manhã que vai rejeitar qualquer proposta para vender a empresa de eletricidade da Grécia.

O Governante rejeita ainda vender parcialmente qualquer unidade da empresa.

24/06/2015   11:38 Liliana Valente
Na edição online, o Wall Street Journal revelava um documento em que mostrava as leis que o Parlamento grego tem de aprovar no Parlamento grego antes do acordo.

24/06/2015   11:30  Liliana Valente

A reunião dos quatro em Bruxelas – Jean Claude Juncker, Mario Draghi, Christine Lagarde e Alexis Tsipras – vai acontecer à hora de almoço, antes da reunião do Eurogrupo.














24/06/2015   11:28 Liliana Valente

O ministro grego do Trabalho, Panos Skourletis, garante que foi o Fundo Monetário Internacional que não aceitou as propostas gregas, disse numa entrevista à rádio estatal.

24/06/2015    11:26 Liliana Valente
Credores entregaram a Tsipras proposta revista

Os credores dizem entretanto que entregaram uma proposta revista ao Governo grego esta manhã, segundo fonte não identificada pela Bloomberg.

A mesma fonte disse desconhecer no entanto se esta proposta se trata de uma proposta final.

24/06/2015   11:21 Liliana Valente
Fontes oficiais do governo grego dizem que Alexis Tsipras estará a preparar uma declaração com destinatário certo: o FMI. 
A informação de que seria o FMI o braço mais duro da troika nas negociações com os gregos e de que seria a instituição de Christine Lagarde a barrar o acordo estava a ser avançada por alguns meios internacionais como o Le Monde.

Grécia: os europeus e do FMI dividido
O Monde.fr | 2015/06/23 15:45 • Atualizado em 2015/06/23 21:50 | pela ADEA Guillot (Atenas, correspondência) e Cécile Ducourtieux (Bruxelas, escritório europeu)

Na véspera de um (novo) Eurogrupo sobre a Grécia crítica quarta-feira, junho 24, finalmente, deveria ser o lugar do acordo entre Atenas e os seus credores - o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia -, eles continuaram a discutir fazenda, Terça-feira, junho 23, sobre as propostas de reformas gregas. ... E dividir.
Porque, se na Comissão Europeia é considerado "os gregos foram para o máximo de que eles poderiam fazer como concessões", o FMI encontrou a instituição europeia demasiado branda vis-à-vis Atenas e pediu mais esforços do governo de Alexis Tsipras.
O que levou ontem de manhã com uma fonte próxima às negociações em Bruxelas, falando do FMI: "Eles não ajudam. "


















24/06/2015    11:11 Liliana Valente
Grécia terá recuado nas medidas prévias

Do lado dos credores a notícia que está a ser dada é que a Grécia terá recuado nas medidas prévias ao acordo.















24/06/2015     11:07 Liliana Valente
Bolsas europeias caem com anúncio de falhanço das negociações

Logo depois de os gregos anunciarem que os credores tinham recusado as propostas gregas, as bolsas europeias entraram em queda. 
O Índice Stoxx Europe 600 caiu 0,5% pouco antes das onze da manhã, em Londres.

A bolsa grega foi logo a mais afetada com uma queda de 3,4% depois do anúncio.

24/06/2015   11:02 Liliana Valente
Entretanto, o jornal francês Le Monde fala de divisões entre os parceiros europeus e o Fundo Monetário Internacional. 
O jornal conta que a Comissão Europeia defende que os gregos já foram o mais longe que conseguiam e que o FMI diz que as instituições europeias são muito “clementes” com a Grécia.

Sobre as justificações para a posição do FMI e de Christine Lagarde com os gregos, pode ler uma análise do político que fala não só na intenção de salvar o país, mas os próprios cargos.

24/06/2015   10:59   Liliana Valente
Perante o cenário de recusa das propostas gregas, o governo de Alexis Tsipras já questiona se os credores querem mesmo chegar a um acordo com a Grécia.















24/06/2015   10:54 Liliana Valente
Alexis Tsipras tinha sido chamado de urgência a Bruxelas para uma reunião com os três responsáveis da troika antes do encontro do Eurogrupo. 
A imprensa internacional dava conta que a reunião se prendia com o facto de haver dificuldades nas negociações. 
O Financial Times falava em recuos nas negociações e que tinha voado de urgência por causa desse impasse.

24/06/2015   10:47 Rita Dinis
Tsipras: Credores não aceitaram acordo

Fonte oficial do Governo grego acabou de garantir que os credores não aceitaram as propostas gregas para desbloquear o financiamento necessário ao país, avança a Bloomberg.

24/06/2015   10:32 Liliana Valente
Negociações pendentes por "dois ou três assuntos"

Bom dia, as negociações entre gregos e os parceiros europeus continuam nesta quarta-feira. 
Alexis Tsipras foi chamado para uma reunião com Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, Christine Lagarde, diretora-geral do FMI, e Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, que se vai realizar antes da reunião do Eurogrupo.

Para já, as primeiras notícias do dia dão conta que as negociações estão pendentes por “dois ou três pontos”, disse o ministro da Economia grego, George Stathakis. 
Entre os pontos pendentes estará o assunto mais caro para os gregos: a dívida pública.

Alexis Tsipras tem insistido na necessidade de uma solução para o endividamento e os líderes europeus já lhe responderam esta semana que não há negociações sobre reestruturação da dívida. Pelo menos não para já. 

Além da dívida pública, o outro assunto pendente, disse Stathakis, prende-se com as isenções de IVA nas ilhas gregas, um assunto caro ao parceiro de coligação de Tsipras, que se mostrou ontem precupado com este ponto.

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