Com o tempo a esgotar-se, o Governo grego admite que não tinha opções e, por isso, teve de avançar com propostas que considera desnecessariamente duras para a economia.
As negociações continuam.
23/06/2015 23:24 João Cândido da Silva
Lagarde confiante que haverá acordo e que a Grécia fará pagamento previsto para 30 de junho
Christine Lagarde, diretora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmou aos membros da administração da instituição que está otimista sobre a celebração de um acordo entre os credores internacionais e a Grécia até ao final desta semana.
As declarações da líder do FMI foram efetuadas durante uma reunião realizada nesta segunda-feira, de acordo com a Bloomberg. Lagarde disse, também, esperar que Atenas pague 1,7 mil milhões de euros ao FMI, soma que a Grécia tem de reembolsar a 30 de junho.
A diretora geral do Fundo considerou que a proposta grega mais recente, e que abriu as portas à possibilidade de um acordo, não é suficientemente específica nalguma áreas chave e acrescentou que as medidas sugeridas para as pensões de reforma se baseiam mais no aumento das contribuições do que em cortes da despesa, solução que o FMI preferia.
De acordo com a Bloomberg, Christine Lagarde manifestou-se cética sobre a capacidade do Estado grego de cobrar impostos e contribuições.
23/06/2015 20:00 Diogo Pombo
Alexis Tsipras também se encontrará com credores e a troika
Alexis Tsipras também se reunirá amanhã, quarta-feira, em Bruxelas, com os credores da dívida grega.
A informação foi confirmada, por e-mail, pelo próprio governo helénico, que revelou igualmente que o primeiro-ministro da Grécia se encontrará com os responsáveis da troika (Lagarde, Draghi e Juncker).
23/06/2015 19:41 Diogo Pombo
Troika também se reunirá em Bruxelas na quarta-feira
Já se sabia que o Eurogrupo ia reunir a partir das 19h de quarta-feira. Agora surgiu a confirmação oficial que os líderes da troika — Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia (CE) e Banco Central Europeu (BCE) — também se reunirá amanhã, em Bruxelas. E não só.
A Bloomberg noticia, citando uma fonte da União Europeia (UE), que Christine Lagarde, Jean-Claude Juncker e Mario Draghi se vão encontrar com Klaus Rengling, presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade, e também com Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo. A reunião estará agendada para as 12h (11 horas em Portugal Continental).
23/06/2015 19:26 Diogo Pombo
O Observador já resumiu aqui as propostas que constam no documento que Alexis Tsipras enviou a Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, com as medidas redigidas pelo governo grego.
Se quiser ler, na íntegra, as 11 páginas dessa proposta, o Kathimerini teve acesso à carta e publicou-a há momentos em formato PDF.
Está escrita em inglês e pode encontrá-la aqui.
23/06/2015 18:58 Diogo Pombo
Quaisquer que sejam as medidas, isto é algo que terá sempre de acontecer — o parlamento grego aprovar o pacote de propostas. Nikos Pappas, ministro de Estado da Grécia, disse há pouco que o acordo será votado favoravelmente no parlamento do país.
23/06/2015 18:53 Diogo Pombo
Antes, Panos Kammenos, ministro da Defesa grego e líder dos Independentes Gregos (ANEL) — partido com o qual o Syriza construiu uma coligação para formar governo — avisou que não apoiará um aumento do IVA nas ilhas do país.
“Não votarei pelo aumento do IVA nas ilhas, nem que isso cause a queda do governo”, alertou o ministro.
23/06/2015 18:49 Diogo Pombo
Desde as 18h que decorre na Praça Syntagma, em Atenas, uma manifestação — organizada pelo partido comunista helénico (KKE) — contra o conjunto de medidas propostas ontem, segunda-feira, pelo governo de Alexis Tsipras.
Até ao momento tudo tem corrido de forma calma e ordeira.
A Bloomberg escreve que cerca de 7 mil apoiantes do partido e perto de 3 mil pensionistas estão a participar no protesto.
23/06/2015 16:59 Nuno André Martins
A Grécia pode conseguir os fundos do resgate para pagar ao FMI na próxima semana, noticia o Market News Internacional, citando fontes europeias.
A parte dos lucros do BCE com a compra de dívida grega no mercado secundário que está pendurada desde o ano passado à espera da conclusão da quinta revisão, cerca de 1,9 mil milhões de euros, seria usada para cobrir o pagamento de 1,6 mil milhões de euros que vence no dia 30.
23/06/2015 16:15 Nuno André Martins
As casas de apostas parecem quase certas que a Grécia vai continuar no euro.
Por cada 14 libras apostadas na manutenção da Grécia no euro, caso assim aconteça, os apostadores ganharão apenas uma libra, ou seja, os apostadores atribuem uma probabilidade da Grécia continuar no euro de 93%, segundo a Betfair, diz o jornal grego Khatimerini.
23/06/2015 16:04 Nuno André Martins
Parlamento alemão pode votar acordo com a Grécia a 29 ou 30 de junho
O Parlamento alemão pode votar um acordo entre a Grécia e os credores a 29 ou a 30 de junho, diz um responsável do Bundestag. Mas para que isso aconteça, para além de ser necessário alcançar o necessário acordo, o Parlamento grego tem de o votar e aprovar primeiro.
23/06/2015 15:43 Nuno André Martins
São os cidadãos gregos quem está a pagar por este impasse, diz o primeiro-ministro de Espanha, Mariano Rajoy, no Parlamento espanhol.
O governante diz estar completamente convencido que haverá acordo entre a Grécia e os credores, mas, pelo sim pelo não, já foram estudados planos de contingência para Espanha, caso as negociações falhem.
Mariano Rajoy defende ainda que a União Europeia tem sido flexível e tem demonstrado solidariedade para com a Grécia, e que quer continuar a demonstrar solidariedade com Atenas.
23/06/2015 15:37 Nuno André Martins
116,6 mil milhões de euros, é o valor do financiamento que os bancos gregos tinham dos bancos centrais – BCE e banco central da Grécia – no final de maio.
Os números são do Banco central da Grécia.
Destes, 77,6 mil milhões de euros dizem respeito a liquidez de emergência dada pelo Banco da Grécia aos bancos gregos, ao abrigo da Emergency Liquidity Assistance (ELA).
Um aumento de 3,21 mil milhões de euros em apenas um mês.
Os restantes 38,8 mil milhões de euros são de financiamento dado pelo BCE, ao abrigo dos mecanismos de cedência de liquidez da instituição liderada por Mario Draghi.
A dependência da liquidez do banco central grego pelos bancos gregos aumentou consideravelmente quando, a 04 de fevereiro, o BCE deixou de aceitar como garantia nos empréstimos que dá aos bancos comerciais a dívida pública grega, porque não tinha perspetivas que o atual programa de resgate fosse concluído com sucesso.
Desde aí, grande parte do financiamento tem sido assumido pelo banco central grego.
23/06/2015 15:22 Nuno André Martins
“O programa grego falhou” devido à forma como foi desenhado, e não como foi implementado, é o que defende o economista Michalis Haliassos, Professor de macroeconomia da Goethe University, em Frankfurt, e diretor do Centrod para os Estudos Financeiros, no portal VoxEu.
O economista diz que “ao estar focado na redução do défice e no tipo errado de reformas”, o programa falhou na construção das bases que podiam permitir à Grécia pagar a sua dívida (pode ler aqui).
Michalis Haliassos
Universidade de Frankfurt e CEPR
Michalis Haliassos é professor de Macroeconomia e Finanças na Universidade de Frankfurt, Diretor do Centro de Estudos Financeiros (CFS), e Diretor da Rede CEPR sobre Situação Financeira das Famílias.
Ele é Research Fellow do CEPR em Economia Financeira, Research Fellow Internacional de NETSPAR, e conselheiro do Banco Central Europeu sobre a construção de um Inquérito Eurozone de finanças domésticas e consumo.
Interesses de pesquisa Haliassos 'mentir em Macroeconomia e Finanças com ênfase em finanças domésticas.
Ele estudou portfólio doméstico a escolha sob riscos dos rendimentos do trabalho, comportamento acionária, a dívida do consumidor, carteiras de famílias envelhecimento a nível internacional, influências e efeitos das interações sociais no comportamento financeiro, a distribuição da riqueza, o impacto das imperfeições do mercado de crédito, bem como o papel dos eventos culturais aconselhamento financeiro.
Editou três volumes sobre a Situação Financeira das Famílias (MIT Press, Palgrave Macmillan, e Edward Elgar) e um volume MIT Press em Financial Innovation agora disponível em brochura e online.
Os seus trabalhos foram publicados em importantes revistas internacionais, incluindo a Revisão de Estudos Financeiros, a revisão de Economia e Estatística, o Economic Review International, Economic Journal, ea revisão das Finanças; e em volumes editados, incluindo o Manual de Economia Monetária e do Novo Dicionário Palgrave de Economia e Finanças.
Ele também esteve envolvido na análise de políticas.
Ele edita, juntamente com Yannis Ioannides (Tufts) e Thanasis Stengos (Guelph), os economistas gregos de blog político para a reforma.
Ele completou recentemente um mandato de dois anos no Painel da revista Política Econômica (2010-11), e um mandato de três anos como membro do Conselho Nacional Grego de 11 membros de Investigação e Tecnologia (ESET) assessorar o governo grego na como financiar e promover a investigação e inovação (2010-13).
Michalis Haliassos
Professor de Macroeconomia e Finanças na Universidade de Frankfurt,
Diretor do Centro de Estudos Financeiros (CFS)
Diretor da Rede CEPR sobre Situação Financeira das Famílias
23/06/2015 15:12 Nuno André Martins
Menos ajustamento?
Segundo o Deutsche Bank, nem por isso.
As contas às propostas gregas apontam para que estas sejam equivalentes a 3% do PIB grego, um ajustamento tão grande como a primeira vaga de austeridade logo em 2010, quando a Grécia acordou com a troika o primeiro resgate.
23/06/2015 15:03 Nuno André Martins
Bancos gregos perderam mais de 7 mil milhões de euros em depósitos só no último mês
Só em junho, saíram da banca grega mais de 7 mil milhões de euros em depósitos das famílias, empresas e da administração pública grega, avança a Bloomberg, citando duas fontes com conhecimento da matéria.
Os últimos dados oficiais do Banco da Grécia – os números mais recentes só vão até abril , apontam para que 30 mil milhões de euros tenham saído do sistema financeiro grego só em depósitos nos seis meses até abril.
23/06/2015 14:58 Nuno André Martins
Também no seu Parlamento, é a vez de Michael Noonan, ministro das Finanças da Irlanda, falar perante os deputados.
Noonan deixa um aviso à Grécia: sem acordo, BCE pode fechar a torneira do financiamento de emergência que o banco central grego tem usado para ajudar os bancos gregos a sobreviverem a fuga de depósitos.
Michael Noonan defende também que os países da zona euro têm uma “obrigação para com a Grécia nestes tempos difíceis, mas a Grécia também tem uma obrigação consigo mesma”.
Sobre as propostas apresentadas esta segunda-feira, o governante irlandês considera as medidas uma “boa base para as negociações” que decorrem agora em Bruxelas com as instituições.
As medidas não se resumem aos cortes conhecidos na segunda-feira. Agora, troika e Governo grego estão a desenhar o restante programa, que tem de incluir reformas estruturais.
O ministro irlandês defende ainda que seria “muito importante que um acordo estive completamente negociado até quinta-feira, no máximo”.
23/06/2015 14:50 Nuno André Martins
Mais dinheiro para a Grécia?
O ministro das Finanças de França, Michel Sapin, sugere no Parlamento que esse terá mesmo de ser o caminho, apesar da resistência pública de alguns países.
Sapin defende que o o plano de financiamento da Grécia tem de ir além do financiamento deste ano e que a União Europeia tem de ser “ambiciosa” na questão grega.
A Europa está no caminho certo para um acordo com a Grécia, mas este acordo tem de ser “global” e “duradouro”, defende.
23/06/2015 14:15 José Manuel Fernandes
O Financial Times volta a dar destaque à situação em Portugal, agora para relatar os receios de um eventual contágio grego: Portugal frets it could be next as Grexit fears grow.
O texto cita analistas, recorda as declarações do primeiro-ministro e refere o grau de incerteza que se mantém relativamente ao resultado das próximas eleições legislativas.
Eis como isso é explicado:
Alguns números para entender a questão grega
26,6%: A taxa de desemprego na Grécia.
49,7%: A taxa de desemprego jovem na Grécia.
324,1 mil milhões de euros: O valor da dívida pública grega.
177,1% do PIB: Percentagem de dívida pública grega face à riqueza produzida no país num só ano.
245 mil milhões de euros: quanto deve a Grécia ao FMI e aos credores europeus. Valor do empréstimo ao FMI varia consoante a taxa de câmbio do euro.
1,6 mil milhões de euros: Próximo pagamento ao FMI, devido no dia 30 de junho, já na próxima semana.
7,9 mil milhões de euros: é o valor das medidas apresentadas esta segunda-feira pelo Governo grego para tentar desbloquear o impasse com os credores.
1,36 mil milhões de euros: Quanto vale ao aumento da receita com IVA na proposta grega. Valores ainda por confirmar pela troika.
400 mil: número de pessoas que podem entrar na reforma na Grécia este ano. Yannis Stournaras, agora governador do banco central, deu o sim em 2013, quando era ministro das Finanças à idade da reforma nos 67 anos, e há um plano para o desaparecimento gradual das regras das reformas antecipadas, mas este ano ainda estas pessoas podem sair para reforma.
17,5%: É quanto a Grécia gasta com pensões, em percentagem do PIB, mais que qualquer outro país da União Europeia.
23/06/2015 12:53 Nuno André Martins
BCE está atento
O BCE está a vigiar de perto a situação na Grécia, diz o governador do banco central da Lituânia, Vitas Vasiliauskas, que integra o conselho de governadores do BCE.
Em Vilnius, na Lituânia, o responsável diz que está nas mãos dos gregos resolver esta situação e defende que os bancos gregos têm colaterais (ativos que servem de garantia nos empréstimos pedidos ao banco central) para continuar a receber financiamento do banco central grego, não antecipando por isso que a cedência de liquidez de emergência seja cortada em breve.
Sobre se o BCE continuará a permitir o financiamento dos bancos gregos através do banco central após o fim do programa, que termina na próxima semana, o governador do banco central da Lituânia diz que este irá continuar enquanto os bancos gregos forem considerados solventes e entregarem colaterais suficientes.
23/06/2015 12:32 Nuno André Martins
Governo grego sobre as medidas: "Não tivemos opção"
“Não tivemos opção”.
É assim que o porta-voz do Governo grego justifica as medidas duras que o Governo teve de apresentar esta segunda-feira aos credores.
Atenas continua a defender que as medidas são desnecessariamente duras para a economia, que perdeu um quarto do seu valor nos últimos cinco anos, mas sem estas medidas o Estado grego não teria financiamento.
23/06/2015 12:26 Nuno André Martins
Eurogrupo reúne-se quarta-feira às 19h00
Eurogrupo reúne-se já amanhã, quarta-feira, às 19h00 em Bruxelas (18hoo em Lisboa).
A reunião foi confirmada pelo porta-voz do presidente do Eurogrupo.
Reunião servirá para discutir a questão grega e para preparar a cimeira de quinta e sexta-feira.
23/06/2015 12:21 Nuno André Martins
UBS: Terceiro resgate da Grécia pode custar 30 mil milhões e uma reestruturação de dívida ao FMI e à UE
O banco suíço UBS alinha na mesma mensagem: mesmo com um acordo ainda esta semana, a Grécia deverá necessitar de uma extensão do seu programa.
Mais, diz o UBS, a Grécia deverá precisar de um terceiro resgate, cujo empréstimo necessário calcula em cerca de 30 mil milhões de euros, e nesse resgate provavelmente estaria uma reestruturação da dívida.
As perdas desta vez, ao contrário do que aconteceu em 2012, recairiam sobre os credores oficiais (FMI, União Europeia e BCE).
O UBS defende ainda que o BCE poderia libertar cerca de 9 mil milhões de euros dos lucros do programa de compra de dívida que começou em 2010, para que a Grécia pagasse metade do empréstimo ao FMI, algo que ajudaria a reduzir os encargos com a sua dívida pública.
23/06/2015 12:09 Nuno André Martins
JPMorgan: Mesmo com acordo, Grécia ainda pode ter de impor controlos de capitais
Com os credores e a equipa negociadora grega a trabalhar nas propostas apresentadas esta segunda-feira de manhã pelo Governo grego, chegam várias análises da situação.
O banco norte-americano JPMorgan, numa nota enviada esta manhã aos seus clientes, acredita que é possível fechar um acordo esta semana, mas que esse acordo não garante que a Grécia consiga evitar controlos de capitais.
Os analistas do JPMorgan acreditam que o cenário mais provável nesta altura é o da extensão do programa por mais nove meses, o que faria com que o programa europeu terminasse na mesma altura que o do FMI.
Assim que o acordo for fechado, dizem, a atenção deixará de estar nas negociações em Bruxelas e passará a estar concentrada na capacidade do Governo grego pagar ao FMI já no final do mês, e ao BCE a 20 de julho.
O JPMorgan não acredita ainda que a Grécia receba qualquer parte do empréstimo até que aprove legislação que suporte os compromissos assumidos com os credores, em linha com as declarações dos responsáveis europeus na sequência das reuniões desta segunda-feira do Eurogrupo e dos líderes da zona euro na cimeira extraordinária convocada para discutir exclusivamente a questão grega.
O banco norte-americano considera ainda improvável que o BCE aumente o limite de emissão de dívida de curto prazo do Estado grego, mas que em alternativa a Grécia pode receber já a parte dos lucros com a dívida grega que o BCE tem conseguido com o programa de compra de dívida, já extinto, Securities Markets Programme (SMP).
Estes lucros são distribuídos exclusivamente para a Grécia por acordo dos líderes europeus, porque são os países a abdicar da sua parte nos lucros deste programa. O BCE é obrigado a distribuir os lucros de acordo com a participação de cada país no capital do BCE.
Na quarta-feira haverá novo Eurogrupo e na quinta e sexta-feira a cimeira de líderes da União Europeia, que já estava marcada.
23/06/2015 11:45 Nuno André Martins
Bruxelas: Acordo final só depois de o Governo grego aplicar as medidas
As mudanças no IVA da restauração podem estar no centro da discórdia nas negociações entre Grécia e os credores, noticia a agência Bloomberg citando responsáveis europeus, que explicam ainda que um acordo esta semana não seria mais que um acordo de príncipio.
Para esta revisão acabar e o programa ser fechado, o Governo grego terá ainda de cumprir uma lista da condições prévias, o que implica em grande medida aprovar leis em tempo ‘record‘.
Segundo os mesmos responsáveis, apesar de o Governo grego prever 1360 milhões de euros de receita adicional com a reestruturação das taxas de IVA, este valor ainda está algo aquém do que os credores exigem.
23/06/2015 11:37 Nuno André Martins
Em Bruxelas fala o porta-voz da Comissão Europeia.
Margaritis Schinas explica que os 35 mil milhões de euros de apoio à Grécia que Jean-Claunde Juncker falava esta segunda-feira à noite após a cimeira extraordinária de líderes da zona euro sairão do orçamento comunitário, ou seja, não serão em forma de empréstimo.
Em relação ao atual programa, Bruxelas quer que a lista de ações prévias seja desenhada como uma lista clara de medidas a cumprir.
Quanto ao acordo em si, a mensagem é a mesma: não há mais tempo, será o Eurogrupo a decidir os próximos passos, ainda são necessários trabalhos técnicos e que as propostas gregas são um passo em frente.
Juncker, diz o seu porta-voz, acredita que é possível chegar a acordo esta semana.
23/06/2015 10:54 Liliana Valente
Partido mais pequeno da coligação Syriza pede reunião para discutir plano de Tsipras
Os responsáveis do partido mais pequeno da coligação de governo grego, o ANEL, pediram esta terça-feira uma reunião para debater o plano que Alexis Tsipras apresentou em Bruxelas.
O líder do partido, Panos Kammenos, traçou como limite para aceitar dar o sim a um programa que não fosse posta em causa a redução do IVA nas ilhas gregas.
A reunião está agendada para esta tarde.
23/06/2015 10:44 Liliana Valente
"Sem reestruturação da dívida, vamos ter o mesmo fim que Samaras"
A guilhotina no pescoço do governo grego só alivia com uma reestruturação da dívida.
Pelo menos é assim que o próprio próprio executivo grego vê a questão, a avaliar pelas reações dos governantes.
O Governo grego insiste na intenção de reestruturar a dívida, mesmo depois de vários líderes europeus terem empurrado esse assunto para uma segunda fase de negociações.
Depois de o primeiro-ministro grego ter referido este assunto – na reação ao Conselho Europeu – esta terça-feira foi a vez de o ministro da Saúde, Panagiotis Kouroumplis, dizer que o Governo do Syriza não sobrevive, tal comos os anteriores governos helénicos, se não resolver o problema do endividamento:
Não sei se a zona euro sobreviveria a tal crise”.
23/06/2015 10:33 Liliana Valente
Depois de dias agitados, uma sugestão para “aliviar”.
Uma fotogaleria da AP com fotos de graffiters gregos.
Aqui, uma foto de Yannis Koselidis, da EPA, com um dos exemplos.
23/06/2015 10:06 Liliana Valente
Já se sabe o valor da liquidez que o BCE permite que o Banco Central da Grécia empreste aos bancos gregos.
Mario Draghi decidiu que o banco central grego pode continuar a ajudar os bancos gregos através da linha de emergência (ELA) em mais mil milhões de euros e está agora nos 89 mil milhões de euros.
23/06/2015 9:57 Liliana Valente
A pressão sobre o governo grego continua.
O ministro austríaco das finanças avisa que não há acordo sem um plano concreto de reformas.
Citado pela Reuters, Hans Jörg Schelling diz que “se não houver um plano de ação que diz quais as medidas que serão implementadas e quando, nós não vamos concordar”.
E tal como Angela Merkel recusa que se esteja a iniciar uma conversa sobre um terceiro programa de ajuda.
Ministro das Finanças Áustria diz que não há acordo sobre as propostas gregas sem plano concreto
Reuters - Tue, 23 de junho de 2015
VIENA (Reuters) - O ministro das Finanças da Áustria, disse na terça-feira que não haveria acordo sobre as novas propostas orçamentais gregas a menos que houvesse um plano concreto mostrando como elas seriam realizadas.
Grécia recuou um passo do abismo na segunda-feiraquando apresentou propostas que os líderes da zona do euro acolheram como base para um possível acordo nos próximos dias para desbloquear ajuda congelada e evitar um default iminente.
Hans Joerg Schelling disse que acredita que um caminho em direção a um superávit primário grego havia sido acordado.
Mas ele acrescentou: "Se não houver um programa de ações que diga que medidaa serão implementadas quando, nós não vamos concordar com isso."
"Ele não deve, não pode, não deve acontecer que um terceiro programa (de resgate) seja iniciado por assim dizer pela porta dos fundos", disse ele.
23/06/2015 9:21 Liliana Valente
Acordo ajuda ao crescimento?
Começam as análises às propostas gregas.
Depois de meses sentados à mesa das negociações, começam as questões: o Syriza deixou ou não cair as promessas eleitorais?
Tsipras deixou cair a intenção de promover o crescimento e cedeu à austeridade?
Onde estão as ideias keynesianas nesta proposta de acordo?
Sem solução para a dívida, como justifica Tsipras a proposta que fez aos credores perante o Parlamento grego?
Para já, apenas um responsável do Syriza veio a terreno dizer que as propostas de Tsipras não são aceitáveis para um governo de esquerda, mas os avisos, mais ou menos diretos, começam a cair a conta-gotas.
O ministro do Trabalho Panos Skourletis, citado por um jornalista grego, diz que um compromisso sobre a dívida é importante para fechar o acordo com os credores, mas mais que isso: é importante para conquistar votos no Parlamento e fazer passar a proposta que o Governo acertar com Bruxelas.
Além disso, começam as análises sobre a promoção do crescimento económico, que Tsipras empunhou como bandeira, mesmo depois das negociações do Conselho Europeu.
Como se posiciona agora Tsipras e o Syriza?
Em resumo, acordar em Bruxelas pode até ser mais fácil do que convencer os parceiros na Grécia.
23/06/2015 7:08 Liliana Valente
Vice-presidente do Parlamento grego ataca acordo
Bom dia, depois de uma intensa noite de negociações entre governo grego e parceiros europeus, ambos estão confiantes que é possível um acordo nas próximas 48 horas (pode ver o progresso das conversas no nosso liveblog de segunda-feira, aqui).
Mas Alexis Tsipras não tem a vida facilitada.
Além das negociações em Bruxelas – que continuam hoje com técnicos a finalizarem detalhes e quarta-feira com uma nova reunião do Eurogrupo – o primeiro-ministro grego vai enfrentar forte oposição dentro de casa.
No rescaldo do Conselho Europeu que decorreu na segunda-feira à noite, o vice-presidente do Parlamento grego, do Syriza, teceu duras críticas à proposta de acordo em cima da mesa.
Alexis Mitropoulos, citado pelo Guardian, disse estar contra as propostas de reformas:
23/06/2015 18:58 Diogo Pombo
Quaisquer que sejam as medidas, isto é algo que terá sempre de acontecer — o parlamento grego aprovar o pacote de propostas. Nikos Pappas, ministro de Estado da Grécia, disse há pouco que o acordo será votado favoravelmente no parlamento do país.
23/06/2015 18:53 Diogo Pombo
Antes, Panos Kammenos, ministro da Defesa grego e líder dos Independentes Gregos (ANEL) — partido com o qual o Syriza construiu uma coligação para formar governo — avisou que não apoiará um aumento do IVA nas ilhas do país.
“Não votarei pelo aumento do IVA nas ilhas, nem que isso cause a queda do governo”, alertou o ministro.
23/06/2015 18:49 Diogo Pombo
Desde as 18h que decorre na Praça Syntagma, em Atenas, uma manifestação — organizada pelo partido comunista helénico (KKE) — contra o conjunto de medidas propostas ontem, segunda-feira, pelo governo de Alexis Tsipras.
Até ao momento tudo tem corrido de forma calma e ordeira.
A Bloomberg escreve que cerca de 7 mil apoiantes do partido e perto de 3 mil pensionistas estão a participar no protesto.
23/06/2015 16:59 Nuno André Martins
A Grécia pode conseguir os fundos do resgate para pagar ao FMI na próxima semana, noticia o Market News Internacional, citando fontes europeias.
A parte dos lucros do BCE com a compra de dívida grega no mercado secundário que está pendurada desde o ano passado à espera da conclusão da quinta revisão, cerca de 1,9 mil milhões de euros, seria usada para cobrir o pagamento de 1,6 mil milhões de euros que vence no dia 30.
23/06/2015 16:15 Nuno André Martins
As casas de apostas parecem quase certas que a Grécia vai continuar no euro.
Por cada 14 libras apostadas na manutenção da Grécia no euro, caso assim aconteça, os apostadores ganharão apenas uma libra, ou seja, os apostadores atribuem uma probabilidade da Grécia continuar no euro de 93%, segundo a Betfair, diz o jornal grego Khatimerini.
23/06/2015 16:04 Nuno André Martins
Parlamento alemão pode votar acordo com a Grécia a 29 ou 30 de junho
O Parlamento alemão pode votar um acordo entre a Grécia e os credores a 29 ou a 30 de junho, diz um responsável do Bundestag. Mas para que isso aconteça, para além de ser necessário alcançar o necessário acordo, o Parlamento grego tem de o votar e aprovar primeiro.
23/06/2015 15:43 Nuno André Martins
São os cidadãos gregos quem está a pagar por este impasse, diz o primeiro-ministro de Espanha, Mariano Rajoy, no Parlamento espanhol.
O governante diz estar completamente convencido que haverá acordo entre a Grécia e os credores, mas, pelo sim pelo não, já foram estudados planos de contingência para Espanha, caso as negociações falhem.
Mariano Rajoy defende ainda que a União Europeia tem sido flexível e tem demonstrado solidariedade para com a Grécia, e que quer continuar a demonstrar solidariedade com Atenas.
23/06/2015 15:37 Nuno André Martins
116,6 mil milhões de euros, é o valor do financiamento que os bancos gregos tinham dos bancos centrais – BCE e banco central da Grécia – no final de maio.
Os números são do Banco central da Grécia.
Destes, 77,6 mil milhões de euros dizem respeito a liquidez de emergência dada pelo Banco da Grécia aos bancos gregos, ao abrigo da Emergency Liquidity Assistance (ELA).
Um aumento de 3,21 mil milhões de euros em apenas um mês.
Os restantes 38,8 mil milhões de euros são de financiamento dado pelo BCE, ao abrigo dos mecanismos de cedência de liquidez da instituição liderada por Mario Draghi.
A dependência da liquidez do banco central grego pelos bancos gregos aumentou consideravelmente quando, a 04 de fevereiro, o BCE deixou de aceitar como garantia nos empréstimos que dá aos bancos comerciais a dívida pública grega, porque não tinha perspetivas que o atual programa de resgate fosse concluído com sucesso.
Desde aí, grande parte do financiamento tem sido assumido pelo banco central grego.
23/06/2015 15:22 Nuno André Martins
“O programa grego falhou” devido à forma como foi desenhado, e não como foi implementado, é o que defende o economista Michalis Haliassos, Professor de macroeconomia da Goethe University, em Frankfurt, e diretor do Centrod para os Estudos Financeiros, no portal VoxEu.
O economista diz que “ao estar focado na redução do défice e no tipo errado de reformas”, o programa falhou na construção das bases que podiam permitir à Grécia pagar a sua dívida (pode ler aqui).
Michalis Haliassos
Universidade de Frankfurt e CEPR
Michalis Haliassos é professor de Macroeconomia e Finanças na Universidade de Frankfurt, Diretor do Centro de Estudos Financeiros (CFS), e Diretor da Rede CEPR sobre Situação Financeira das Famílias.
Ele é Research Fellow do CEPR em Economia Financeira, Research Fellow Internacional de NETSPAR, e conselheiro do Banco Central Europeu sobre a construção de um Inquérito Eurozone de finanças domésticas e consumo.
Interesses de pesquisa Haliassos 'mentir em Macroeconomia e Finanças com ênfase em finanças domésticas.
Ele estudou portfólio doméstico a escolha sob riscos dos rendimentos do trabalho, comportamento acionária, a dívida do consumidor, carteiras de famílias envelhecimento a nível internacional, influências e efeitos das interações sociais no comportamento financeiro, a distribuição da riqueza, o impacto das imperfeições do mercado de crédito, bem como o papel dos eventos culturais aconselhamento financeiro.
Editou três volumes sobre a Situação Financeira das Famílias (MIT Press, Palgrave Macmillan, e Edward Elgar) e um volume MIT Press em Financial Innovation agora disponível em brochura e online.
Os seus trabalhos foram publicados em importantes revistas internacionais, incluindo a Revisão de Estudos Financeiros, a revisão de Economia e Estatística, o Economic Review International, Economic Journal, ea revisão das Finanças; e em volumes editados, incluindo o Manual de Economia Monetária e do Novo Dicionário Palgrave de Economia e Finanças.
Ele também esteve envolvido na análise de políticas.
Ele edita, juntamente com Yannis Ioannides (Tufts) e Thanasis Stengos (Guelph), os economistas gregos de blog político para a reforma.
Ele completou recentemente um mandato de dois anos no Painel da revista Política Econômica (2010-11), e um mandato de três anos como membro do Conselho Nacional Grego de 11 membros de Investigação e Tecnologia (ESET) assessorar o governo grego na como financiar e promover a investigação e inovação (2010-13).
Michalis Haliassos
Professor de Macroeconomia e Finanças na Universidade de Frankfurt,
Diretor do Centro de Estudos Financeiros (CFS)
Diretor da Rede CEPR sobre Situação Financeira das Famílias
23/06/2015 15:12 Nuno André Martins
Menos ajustamento?
Segundo o Deutsche Bank, nem por isso.
As contas às propostas gregas apontam para que estas sejam equivalentes a 3% do PIB grego, um ajustamento tão grande como a primeira vaga de austeridade logo em 2010, quando a Grécia acordou com a troika o primeiro resgate.
23/06/2015 15:03 Nuno André Martins
Bancos gregos perderam mais de 7 mil milhões de euros em depósitos só no último mês
Só em junho, saíram da banca grega mais de 7 mil milhões de euros em depósitos das famílias, empresas e da administração pública grega, avança a Bloomberg, citando duas fontes com conhecimento da matéria.
Os últimos dados oficiais do Banco da Grécia – os números mais recentes só vão até abril , apontam para que 30 mil milhões de euros tenham saído do sistema financeiro grego só em depósitos nos seis meses até abril.
23/06/2015 14:58 Nuno André Martins
Também no seu Parlamento, é a vez de Michael Noonan, ministro das Finanças da Irlanda, falar perante os deputados.
Noonan deixa um aviso à Grécia: sem acordo, BCE pode fechar a torneira do financiamento de emergência que o banco central grego tem usado para ajudar os bancos gregos a sobreviverem a fuga de depósitos.
Michael Noonan defende também que os países da zona euro têm uma “obrigação para com a Grécia nestes tempos difíceis, mas a Grécia também tem uma obrigação consigo mesma”.
Sobre as propostas apresentadas esta segunda-feira, o governante irlandês considera as medidas uma “boa base para as negociações” que decorrem agora em Bruxelas com as instituições.
As medidas não se resumem aos cortes conhecidos na segunda-feira. Agora, troika e Governo grego estão a desenhar o restante programa, que tem de incluir reformas estruturais.
O ministro irlandês defende ainda que seria “muito importante que um acordo estive completamente negociado até quinta-feira, no máximo”.
23/06/2015 14:50 Nuno André Martins
Mais dinheiro para a Grécia?
O ministro das Finanças de França, Michel Sapin, sugere no Parlamento que esse terá mesmo de ser o caminho, apesar da resistência pública de alguns países.
Sapin defende que o o plano de financiamento da Grécia tem de ir além do financiamento deste ano e que a União Europeia tem de ser “ambiciosa” na questão grega.
A Europa está no caminho certo para um acordo com a Grécia, mas este acordo tem de ser “global” e “duradouro”, defende.
23/06/2015 14:15 José Manuel Fernandes
O Financial Times volta a dar destaque à situação em Portugal, agora para relatar os receios de um eventual contágio grego: Portugal frets it could be next as Grexit fears grow.
O texto cita analistas, recorda as declarações do primeiro-ministro e refere o grau de incerteza que se mantém relativamente ao resultado das próximas eleições legislativas.
Eis como isso é explicado:
Ever since the last crisis, many Portuguese have simply come to accept that some form of painful adjustment programme was the only viable way forward. Said Mr Roldán: “When Portugal is enjoying its strongest growth in 10 years, a vigorously anti-austerity narrative is no longer credible.”23/06/2015 13:06 Nuno André Martins
Alguns números para entender a questão grega
26,6%: A taxa de desemprego na Grécia.
49,7%: A taxa de desemprego jovem na Grécia.
324,1 mil milhões de euros: O valor da dívida pública grega.
177,1% do PIB: Percentagem de dívida pública grega face à riqueza produzida no país num só ano.
245 mil milhões de euros: quanto deve a Grécia ao FMI e aos credores europeus. Valor do empréstimo ao FMI varia consoante a taxa de câmbio do euro.
1,6 mil milhões de euros: Próximo pagamento ao FMI, devido no dia 30 de junho, já na próxima semana.
7,9 mil milhões de euros: é o valor das medidas apresentadas esta segunda-feira pelo Governo grego para tentar desbloquear o impasse com os credores.
1,36 mil milhões de euros: Quanto vale ao aumento da receita com IVA na proposta grega. Valores ainda por confirmar pela troika.
400 mil: número de pessoas que podem entrar na reforma na Grécia este ano. Yannis Stournaras, agora governador do banco central, deu o sim em 2013, quando era ministro das Finanças à idade da reforma nos 67 anos, e há um plano para o desaparecimento gradual das regras das reformas antecipadas, mas este ano ainda estas pessoas podem sair para reforma.
17,5%: É quanto a Grécia gasta com pensões, em percentagem do PIB, mais que qualquer outro país da União Europeia.
23/06/2015 12:53 Nuno André Martins
BCE está atento
O BCE está a vigiar de perto a situação na Grécia, diz o governador do banco central da Lituânia, Vitas Vasiliauskas, que integra o conselho de governadores do BCE.
Em Vilnius, na Lituânia, o responsável diz que está nas mãos dos gregos resolver esta situação e defende que os bancos gregos têm colaterais (ativos que servem de garantia nos empréstimos pedidos ao banco central) para continuar a receber financiamento do banco central grego, não antecipando por isso que a cedência de liquidez de emergência seja cortada em breve.
Sobre se o BCE continuará a permitir o financiamento dos bancos gregos através do banco central após o fim do programa, que termina na próxima semana, o governador do banco central da Lituânia diz que este irá continuar enquanto os bancos gregos forem considerados solventes e entregarem colaterais suficientes.
23/06/2015 12:32 Nuno André Martins
Governo grego sobre as medidas: "Não tivemos opção"
“Não tivemos opção”.
É assim que o porta-voz do Governo grego justifica as medidas duras que o Governo teve de apresentar esta segunda-feira aos credores.
Atenas continua a defender que as medidas são desnecessariamente duras para a economia, que perdeu um quarto do seu valor nos últimos cinco anos, mas sem estas medidas o Estado grego não teria financiamento.
23/06/2015 12:26 Nuno André Martins
Eurogrupo reúne-se quarta-feira às 19h00
Eurogrupo reúne-se já amanhã, quarta-feira, às 19h00 em Bruxelas (18hoo em Lisboa).
A reunião foi confirmada pelo porta-voz do presidente do Eurogrupo.
Reunião servirá para discutir a questão grega e para preparar a cimeira de quinta e sexta-feira.
23/06/2015 12:21 Nuno André Martins
UBS: Terceiro resgate da Grécia pode custar 30 mil milhões e uma reestruturação de dívida ao FMI e à UE
O banco suíço UBS alinha na mesma mensagem: mesmo com um acordo ainda esta semana, a Grécia deverá necessitar de uma extensão do seu programa.
Mais, diz o UBS, a Grécia deverá precisar de um terceiro resgate, cujo empréstimo necessário calcula em cerca de 30 mil milhões de euros, e nesse resgate provavelmente estaria uma reestruturação da dívida.
As perdas desta vez, ao contrário do que aconteceu em 2012, recairiam sobre os credores oficiais (FMI, União Europeia e BCE).
O UBS defende ainda que o BCE poderia libertar cerca de 9 mil milhões de euros dos lucros do programa de compra de dívida que começou em 2010, para que a Grécia pagasse metade do empréstimo ao FMI, algo que ajudaria a reduzir os encargos com a sua dívida pública.
23/06/2015 12:09 Nuno André Martins
JPMorgan: Mesmo com acordo, Grécia ainda pode ter de impor controlos de capitais
Com os credores e a equipa negociadora grega a trabalhar nas propostas apresentadas esta segunda-feira de manhã pelo Governo grego, chegam várias análises da situação.
O banco norte-americano JPMorgan, numa nota enviada esta manhã aos seus clientes, acredita que é possível fechar um acordo esta semana, mas que esse acordo não garante que a Grécia consiga evitar controlos de capitais.
Os analistas do JPMorgan acreditam que o cenário mais provável nesta altura é o da extensão do programa por mais nove meses, o que faria com que o programa europeu terminasse na mesma altura que o do FMI.
Assim que o acordo for fechado, dizem, a atenção deixará de estar nas negociações em Bruxelas e passará a estar concentrada na capacidade do Governo grego pagar ao FMI já no final do mês, e ao BCE a 20 de julho.
O JPMorgan não acredita ainda que a Grécia receba qualquer parte do empréstimo até que aprove legislação que suporte os compromissos assumidos com os credores, em linha com as declarações dos responsáveis europeus na sequência das reuniões desta segunda-feira do Eurogrupo e dos líderes da zona euro na cimeira extraordinária convocada para discutir exclusivamente a questão grega.
O banco norte-americano considera ainda improvável que o BCE aumente o limite de emissão de dívida de curto prazo do Estado grego, mas que em alternativa a Grécia pode receber já a parte dos lucros com a dívida grega que o BCE tem conseguido com o programa de compra de dívida, já extinto, Securities Markets Programme (SMP).
Estes lucros são distribuídos exclusivamente para a Grécia por acordo dos líderes europeus, porque são os países a abdicar da sua parte nos lucros deste programa. O BCE é obrigado a distribuir os lucros de acordo com a participação de cada país no capital do BCE.
Na quarta-feira haverá novo Eurogrupo e na quinta e sexta-feira a cimeira de líderes da União Europeia, que já estava marcada.
23/06/2015 11:45 Nuno André Martins
Bruxelas: Acordo final só depois de o Governo grego aplicar as medidas
As mudanças no IVA da restauração podem estar no centro da discórdia nas negociações entre Grécia e os credores, noticia a agência Bloomberg citando responsáveis europeus, que explicam ainda que um acordo esta semana não seria mais que um acordo de príncipio.
Para esta revisão acabar e o programa ser fechado, o Governo grego terá ainda de cumprir uma lista da condições prévias, o que implica em grande medida aprovar leis em tempo ‘record‘.
Segundo os mesmos responsáveis, apesar de o Governo grego prever 1360 milhões de euros de receita adicional com a reestruturação das taxas de IVA, este valor ainda está algo aquém do que os credores exigem.
23/06/2015 11:37 Nuno André Martins
Em Bruxelas fala o porta-voz da Comissão Europeia.
Margaritis Schinas explica que os 35 mil milhões de euros de apoio à Grécia que Jean-Claunde Juncker falava esta segunda-feira à noite após a cimeira extraordinária de líderes da zona euro sairão do orçamento comunitário, ou seja, não serão em forma de empréstimo.
Em relação ao atual programa, Bruxelas quer que a lista de ações prévias seja desenhada como uma lista clara de medidas a cumprir.
Quanto ao acordo em si, a mensagem é a mesma: não há mais tempo, será o Eurogrupo a decidir os próximos passos, ainda são necessários trabalhos técnicos e que as propostas gregas são um passo em frente.
Juncker, diz o seu porta-voz, acredita que é possível chegar a acordo esta semana.
23/06/2015 10:54 Liliana Valente
Partido mais pequeno da coligação Syriza pede reunião para discutir plano de Tsipras
Os responsáveis do partido mais pequeno da coligação de governo grego, o ANEL, pediram esta terça-feira uma reunião para debater o plano que Alexis Tsipras apresentou em Bruxelas.
O líder do partido, Panos Kammenos, traçou como limite para aceitar dar o sim a um programa que não fosse posta em causa a redução do IVA nas ilhas gregas.
A reunião está agendada para esta tarde.
23/06/2015 10:44 Liliana Valente
"Sem reestruturação da dívida, vamos ter o mesmo fim que Samaras"
A guilhotina no pescoço do governo grego só alivia com uma reestruturação da dívida.
Pelo menos é assim que o próprio próprio executivo grego vê a questão, a avaliar pelas reações dos governantes.
O Governo grego insiste na intenção de reestruturar a dívida, mesmo depois de vários líderes europeus terem empurrado esse assunto para uma segunda fase de negociações.
Depois de o primeiro-ministro grego ter referido este assunto – na reação ao Conselho Europeu – esta terça-feira foi a vez de o ministro da Saúde, Panagiotis Kouroumplis, dizer que o Governo do Syriza não sobrevive, tal comos os anteriores governos helénicos, se não resolver o problema do endividamento:
Sem uma reestruturação da dívida, vamos ter o mesmo fim político que Samaras, Papademos e Papandreou“, disse numa entrevista.Para o governante grego, uma solução é tão importante para a Grécia como para a União Europeia, até porque, disse, os gregos já estão habituados a sobreviver a defaults, a União Europeia, não: “A Grécia sobreviveu a defaults cinco vezes até agora, e não morreu.
Não sei se a zona euro sobreviveria a tal crise”.
23/06/2015 10:33 Liliana Valente
Depois de dias agitados, uma sugestão para “aliviar”.
Uma fotogaleria da AP com fotos de graffiters gregos.
Aqui, uma foto de Yannis Koselidis, da EPA, com um dos exemplos.
23/06/2015 10:06 Liliana Valente
Já se sabe o valor da liquidez que o BCE permite que o Banco Central da Grécia empreste aos bancos gregos.
Mario Draghi decidiu que o banco central grego pode continuar a ajudar os bancos gregos através da linha de emergência (ELA) em mais mil milhões de euros e está agora nos 89 mil milhões de euros.
23/06/2015 9:57 Liliana Valente
A pressão sobre o governo grego continua.
O ministro austríaco das finanças avisa que não há acordo sem um plano concreto de reformas.
Citado pela Reuters, Hans Jörg Schelling diz que “se não houver um plano de ação que diz quais as medidas que serão implementadas e quando, nós não vamos concordar”.
E tal como Angela Merkel recusa que se esteja a iniciar uma conversa sobre um terceiro programa de ajuda.
Ministro das Finanças Áustria diz que não há acordo sobre as propostas gregas sem plano concreto
Reuters - Tue, 23 de junho de 2015
VIENA (Reuters) - O ministro das Finanças da Áustria, disse na terça-feira que não haveria acordo sobre as novas propostas orçamentais gregas a menos que houvesse um plano concreto mostrando como elas seriam realizadas.
Grécia recuou um passo do abismo na segunda-feiraquando apresentou propostas que os líderes da zona do euro acolheram como base para um possível acordo nos próximos dias para desbloquear ajuda congelada e evitar um default iminente.
Hans Joerg Schelling disse que acredita que um caminho em direção a um superávit primário grego havia sido acordado.
Mas ele acrescentou: "Se não houver um programa de ações que diga que medidaa serão implementadas quando, nós não vamos concordar com isso."
"Ele não deve, não pode, não deve acontecer que um terceiro programa (de resgate) seja iniciado por assim dizer pela porta dos fundos", disse ele.
23/06/2015 9:21 Liliana Valente
Acordo ajuda ao crescimento?
Começam as análises às propostas gregas.
Depois de meses sentados à mesa das negociações, começam as questões: o Syriza deixou ou não cair as promessas eleitorais?
Tsipras deixou cair a intenção de promover o crescimento e cedeu à austeridade?
Onde estão as ideias keynesianas nesta proposta de acordo?
Sem solução para a dívida, como justifica Tsipras a proposta que fez aos credores perante o Parlamento grego?
Para já, apenas um responsável do Syriza veio a terreno dizer que as propostas de Tsipras não são aceitáveis para um governo de esquerda, mas os avisos, mais ou menos diretos, começam a cair a conta-gotas.
O ministro do Trabalho Panos Skourletis, citado por um jornalista grego, diz que um compromisso sobre a dívida é importante para fechar o acordo com os credores, mas mais que isso: é importante para conquistar votos no Parlamento e fazer passar a proposta que o Governo acertar com Bruxelas.
Além disso, começam as análises sobre a promoção do crescimento económico, que Tsipras empunhou como bandeira, mesmo depois das negociações do Conselho Europeu.
Como se posiciona agora Tsipras e o Syriza?
Em resumo, acordar em Bruxelas pode até ser mais fácil do que convencer os parceiros na Grécia.
23/06/2015 8:55 Liliana Valente
Sobre a posição do Banco Central Europeu e as decisões de aumentar a liquidez aos bancos gregos, vale a pena ler esta análise do New York Times.
Como o BCE se encontra numa posição em que desempenha um duplo papel.
23/06/2015 8:28 Liliana Valente
Bolsas sobem, euro cai
As bolsas europeias estão a reagir bem à possibilidade de um acordo com a Grécia ainda esta semana.
Por cá, a bolsa portuguesa não é exceção. O PSI 20 está a subir 0,72% para 5.785, 50 pontos, com 16 empresas cotadas em alta.
No resto da Europa as bolsas estão a subir cerca de 0,5%.
Se os dados são bons para as bolsas, o euro volta a estar em queda face ao dólar em 0,8%.
23/06/2015 8:20 Liliana Valente
BCE aumenta linha de financiamento aos bancos gregos
O Banco Central Europeu vai dar nova autorização para cedência de financiamento aos bancos gregos.
A Bloomberg cita fonte do Banco Central Europeu que garante que no rescaldo do Conselho Europeu de segunda-feira à noite, a instituição liderada por Mario Draghi decidiu aumentar a linha de financiamento para a banca grega (ELA).
O BCE não deu informação sobre o montante deste aumento.
Na segunda-feira já tinha sido dada outra autorização para cedência de 1,9 mil milhões de euros.
O aumento foi o quarto em menos de uma semana.
23/06/2015 8:14 Liliana Valente
Responsável do Syriza: "Negociações falharam"
De volta às palavras de Alexios Mitropoulos, o vice-presidente do parlamento grego que se opõe às propostas.
Citado pela Bloomberg, o responsável e eleito pelo Syriza defendeu que as negociações falharam.
Tsipras “tem de explicar às pessoas porque falhámos nas negociações e chegámos a este resultado.
Depois de cinco meses de negociações, considero que, pelo menos [podemos dizer] que as negociações não tiveram sucesso”.
O primeiro-ministro grego vai ter dias difíceis dentro do próprio partido.
Para Mitropoulos trata-se também de uma questão ideológica: “Este é um pacote de medidas que eu não sei se um governo de esquerda é capaz de aceitar”, disse reforçando que os deputados não podem ser forçados a votar a favor de medidas contra as quais se bateram.
No entanto, ao contrário do que disse o porta-voz do governo grego (que Tsipras precisa de um acordo para se manter como governo), Mitropoulos defende que o governo pode continuar a sê-lo mesmo que falhe o acordo com a maioria dos deputados da coligação.
Apesar desta reação, há quem acredite que ainda é cedo para fazer julgamentos sobre a reação do Syriza por causa da própria personalidade de Mitropoulos.
23/06/2015 8:07 Liliana Valente
Trichet diz que austeridade voltou ao equilíbrio na Grécia
Entretanto, quem também falou da questão grega foi o ex-presidente do Banco Central Europeu Jean-Claude Trichet. Trichet, que saiu do BCE dando o lugar a Mario Draghi defendeu, em entrevista à BFM Radio, que a Europa ultrapassou a maior crise desde a Segunda Guerra Mundial e que a austeridade na Grécia “voltou a um equilíbrio”.
O antigo responsável europeu falou ainda de questões europeias dizendo que as instituições europeias precisam de mais “legitimidade democrática” e deixou uma outra opinião curiosa: a crise ajudou de certa forma a consolidar a zona euro.
23/06/2015 7:59 Liliana Valente
Reeestruturação da dívida é tabu
A dívida foi o assunto tabu nas negociações entre gregos e parceiros europeus.
A imprensa grega dá esta terça-feira destaque para o facto de os líderes europeus terem evitado o assunto mais complicado nas negociações.
Os líderes europeus contornam debate da dívida na Grécia conversações
Os líderes europeus reunidos em Bruxelas evitou cuidadosamente a espinhosa questão da reestruturação da dívida enorme dos gregos na segunda-feira, com a Alemanha a mais relutante em abrir o debate.
"Isto não é uma questão urgente", disse a chanceler líder mais poderoso da Europa, Angela Merkel, em resposta a uma pergunta na pilha da dívida da Grécia, que se encontra em um 180 por cento do PIB altaneira, quase o dobro da produção anual da economia nacional.
Resgate fatigado Alemanha é muito relutante em abordar a questão da dívida, e após a cimeira Merkel disse que a questão "não foi aberta para debate", apesar de muitos economistas acreditam que a dívida é insustentável e o assunto inevitável.
Seu comentário veio depois de uma reunião de cúpula segunda-feira, onde os líderes da zona do euro disseram que esperam finalmente selar um acordo de ajuda à Grécia nesta semana para salvar Atenas da inadimplência e uma possível saída do euro.
O chefe da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker, um corretor chave nas negociações, disse que "não era o momento para discutir" a questão da dívida espinhosa.
A França também estava relutante em levantar a questão, pelo menos publicamente, preocupada que as penas será arrepiada em Berlim, colocando qualquer acordo com Atenas em perigo.
"Alargamento de prazos de reembolso ou de reestruturação da dívida, isso só pode vir na segunda fase", o presidente francês François Hollande, a repórteres.
"O tema da dívida não está em discussão (por enquanto) ... mas deve ser assinalada a ser levantada mais tarde", após um acordo de curto prazo com Atenas, acrescentou.
O primeiro-ministro grego fez a renegociação da dívida da Grécia uma parte central de seu esforço para revisitar resgate € 240.000.000.000 da Grécia, o segundo desde 2010.
Alexis Tsipras novamente na segunda-feira disse que a Grécia merecia uma "dívida viável" e que deve fazer parte de qualquer acordo para desbloquear vital dinheiro de resgate em troca de reformas.
[AFP]
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse mesmo no rescaldo do Conselho Europeu, quando questionada pelos jornalistas que a “questão da dívida não é a mais urgente”.
Também Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, contornou o assunto dizendo que “não é o tempo para falar” sobre esse assunto.
A mesma resposta foi dada pelo Presidente francês, François Hollande, que disse que prorrogar os prazos de pagamento da dívida ou reestruturar a dívida pública pode ser um assunto para uma segunda fase da conversa.
A posição dos líderes foi confirmada esta manhã pelo comissário europeu Pierre Moscovici que assegurou que só depois de um acordo, a dívida grega pode ser debatida (em baixo).
23/06/2015 7:41 Liliana Valente
Mais impostos do que corte na despesa
Ao longo da noite várias foram as informações sobre o que afinal tinha sido a proposta que está a ser discutida em cima da mesa. Certo é que grande parte das medidas são do lado dos impostos, menos do que da despesa.
Pode ainda consultar o nosso artigo sobre a proposta grega, aqui.
23/06/2015 7:37 Liliana Valente
Já esta manhã falou também o porta-voz do Governo grego Gavrill Sakelaridis que diz que a Grécia pode concordar com uma extensão do programa desde que sejam garantidas pelos parceiros europeus as necessidades de financiamento do país, numa entrevista à Antenna TV.
No plano interno, numa outra entrevista à Mega TV, Sakelaridis diz que só é possível um acordo se Tsipras tiver o acordo da coligação que governa o país: “Se não tiver a maioria do parlamento com ele, não pode manter-se no governo”.
E por isso começaram os recados internos.
Depois de ter ouvido o vice-presidente do Parlamento grego criticar duramente a proposta (ver em baixo) o porta-voz do Governo de Alexis Tsipras quis deixar bem claro que os deputados
“têm responsabilidade pessoal de reconhecer e perceber não só a urgência do momento como de todo o projeto”.
23/06/2015 7:17 Liliana Valente
Discutir dívida, só depois do acordo, diz comissário europeu
Entretanto, começaram a surgir as primeiras reações do lado europeu.
Pierre Moscovici, comissário europeu para os Assuntos Económicos, diz que foram feitos “grandes progressos” na discussão com os gregos, mas que ainda “há muito trabalho para ser feito”.
O responsável europeu diz que é possível um acordo “até ao final da semana” e que o trabalho que há a fazer tem de ser feito de forma “intensa e calma”, contudo, para já fica de fora uma das questões centrais para os gregos: a dívida.
Numa entrevista a uma rádio francesa, o comissário diz que “só depois de um acordo, podemos discutir a dívida grega”.
23/06/2015 7:08 Liliana Valente
Vice-presidente do Parlamento grego ataca acordo
Bom dia, depois de uma intensa noite de negociações entre governo grego e parceiros europeus, ambos estão confiantes que é possível um acordo nas próximas 48 horas (pode ver o progresso das conversas no nosso liveblog de segunda-feira, aqui).
Mas Alexis Tsipras não tem a vida facilitada.
Além das negociações em Bruxelas – que continuam hoje com técnicos a finalizarem detalhes e quarta-feira com uma nova reunião do Eurogrupo – o primeiro-ministro grego vai enfrentar forte oposição dentro de casa.
No rescaldo do Conselho Europeu que decorreu na segunda-feira à noite, o vice-presidente do Parlamento grego, do Syriza, teceu duras críticas à proposta de acordo em cima da mesa.
Alexis Mitropoulos, citado pelo Guardian, disse estar contra as propostas de reformas:
“Do meu ponto de vista, estas medidas não podem ser votadas, são extremas e anti-sociais. Acredito que no fim, este pacote de medidas que têm em mão, não pode chegar ao Parlamento grego”.
Sem comentários:
Enviar um comentário