2 de Outubro de 2017, 4:55
O dia do referendo começou logo de madrugada, com muitos catalães a pernoitar nos locais de voto para garantir que tudo estaria pronto para receber os votantes, e iniciou-se com as imagens de filas e filas de cidadãos à porta das mesas de voto. No entanto, foram as imagens das cargas policiais aquelas que correram o mundo. Urnas de voto a serem arrancadas das mãos de voluntários e eleitores, jovens e idosos, a serem empurrados e arrastados para fora de locais onde se realizava a votação. As autoridades catalãs asseguram que mais de 800 pessoas ficaram feridas. Mesmo assim, votou-se na Catalunha. Segundo os dados divulgados pela Generalitat, contabilizaram-se 2.262.424 boletins de voto, sendo que 90% dos votantes respondeu "sim" à pergunta "Quer que a Catalunha seja um Estado independente em forma de república?". Numa declaração proferida ao final do dia, o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy defendia que este domingo "não houve referendo sobre a autodeterminação da Catalunha". Por seu lado, Carles Puidgemont, presidente do governo regional da região, afirmava que a "Catalunha ganhou muitos referendos" porque os catalães ganharam o "direito a ser ouvidos, respeitados e reconhecidos". A certeza é uma só: este será um dia que a Catalunha não conseguirá esquecer tão depressa.
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