DN/Lusa
22 DE OUTUBRO DE 2017 12:34
Presidente da República continua a visita pelas regiões afetadas pelos incêndios
O Presidente da República saudou hoje em Tábua a "forma rápida e tão abrangente" como o Conselho de Ministros extraordinário de sábado sobre incêndios "quis tratar de tudo e de tantos dossiês em tão pouco espaço de tempo".
"Entre hoje de madrugada e hoje de manhã estive a analisar as medidas do Conselho de Ministros. Quero sublinhar a forma rápida e tão abrangente como o Conselho de Ministros quis tratar de tudo e de tantos dossiês em tanto pouco espaço de tempo", disse Marcelo Rebelo de Sousa, naquele município do distrito de Coimbra também afetado pelos incêndios do dia 15.
"Não é o fim de um processo. Sabemos que é um processo demorado, mas que seja o menos demorado possível e que chegue rápido às pessoas", sublinhou.
O Presidente da República reafirmou ainda a necessidade de uma convergência nacional sobre a temática: "Sem essa convergência não vamos lá".
Marcelo assinalou vários "pontos positivos" nas decisões do Conselho de Ministros, nomeadamente aquilo que diz respeito às comunicações da Proteção Civil.
"A ideia de o Estado ter uma participação no SIRESP parece uma ideia fundamental", acrescentou.
O chefe de Estado considerou ainda importante que a Força Aérea assuma a "responsabilidade cimeira" na gestão dos meios aéreos e aplaudiu o reforço da vigilância e o aumento de equipas de sapadores florestais.
No seu entender, é igualmente positivo que a Proteção Civil tenha um quadro de profissionais próprios, com carreira própria, com dirigentes designados por concurso.
O Presidente também colocou nos aspetos positivos a unidade de missão para a reforma dos sistemas de prevenção e combate.
"Mostra a experiência que um comando com liderança clara é essencial", sublinhou.
A reforma da Proteção Civil, que pretende aproximar a prevenção do combate aos incêndios e reforçar o profissionalismo, deverá passar pela entrada do Estado na rede SIRESP e por vários apoios dirigidos às populações e às zonas mais afetadas.
Estas medidas foram anunciadas no sábado pelo Governo, que se sentou à mesa para discutir, durante 11 horas, a reforma nos sistemas de prevenção e combate aos incêndios e adotar medidas de emergência de apoio às vítimas, depois dos incêndios de Pedrógão Grande (junho) e de várias zonas das regiões Centro e Norte (15 e 16 de outubro).
Os fogos provocaram a morte a mais de 100 pessoas e deixaram um rasto de destruição de casas, empresas e património florestal.
A reunião extraordinária do Conselho de Ministros realizou-se no sábado na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, mas tinha sido anunciada por António Costa a 12 de outubro, depois de a comissão técnica independente nomeada pela Assembleia da República ter concluído o seu relatório sobre os incêndios de Pedrógão Grande (distrito de Leiria) e Góis (distrito de Coimbra) em junho passado, que deixou 64 mortos.
Além deste balanço oficial, foi registada a morte de uma mulher que foi atropelada ao fugir das chamas.
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