SÍRIA
Público
22 de fevereiro de 2018, 0:22
Nações Unidas falam em “inferno na Terra” em Ghouta oriental, nos arredores de Damasco, alvo de intensos bombardeamentos levados a cabo pelo regime e pela aviação russa.
Organizações humanitárias internacionais como a Cruz Vermelha e o Programa Alimentar Mundial apelaram esta quarta-feira a um cessar-fogo urgente na Síria que permita que a ajuda chegue ao enclave de Ghouta oriental, nos arredores da capital Damasco.
O apelo é secundado pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que descreve a situação no terreno como a de um “inferno na Terra”.
Pelo menos 400 mil civis vivem naquela zona urbana controlada pela oposição a Bashar al-Assad e que tem sido bombardeada com intensidade nos últimos dias pelo regime sírio e pela aviação russa.
“Os civis estão a ser massacrados”, denuncia o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad al-Hussein.
Cerca de 350 pessoas morreram e mais de 800 ficaram feridas apenas nos últimos dias.
As organizações humanitárias afirmam que há habitantes feridos que estão a morrer apenas porque não recebem tratamento a tempo.
A entrega de alimentos e medicação na zona foi suspensa, uma vez que não está garantida a segurança dos funcionários e voluntários internacionais.
Naquela zona, o preço do pão é 22 vezes superior ao valor registado no resto do país, e multiplicam-se e agravam-se os casos de subnutrição.
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