domingo, 16 de agosto de 2015

Governo grego lança novas medidas esta semana

FUTURO DA GRÉCIA
Agência Lusa  - 16/08/2015

Novas medidas chegam dia 20 e Tsipras deverá apresentar uma moção de confiança depois do dia 20 de agosto.





















Governo grego vai tomar “novas medidas” a partir de quinta-feira, quando receber a primeira tranche do terceiro resgate, informaram hoje fontes do executivo de Alexis Tsipras à agência EFE.

As fontes governamentais, que não indicaram o teor das “novas medidas”, disseram que o primeiro-ministro “vai estar no palácio presidencial na terça-feira”, no mesmo dia em que vai reunir-se também com a equipa de conselheiros económicos.

“A partir do dia 20 vai manter reuniões com membros do Governo no sentido de determinar as novas medidas”, referiram as mesmas fontes.

A aprovação do terceiro resgate à Grécia provocou uma divisão interna no Syriza, manifestada pela rejeição de 47 deputados, que se negaram a votar a favor do plano.

A imprensa local, que também cita fontes do executivo, refere hoje que Tsipras vai apresentar uma moção de confiança depois do dia 20 de agosto, apesar de a intenção não ter sido confirmada oficialmente.

Tal como foi definido, no dia 20 a Grécia vai receber a primeira tranche do programa de apoio, que atinge os 13 mil milhões de euros, para que o país possa proceder, entre outras obrigações, ao pagamento de 3,4 mil milhões de euros ao Banco Central Europeu, já que o prazo para saldar a transação vence precisamente na quinta-feira.

“Até à assinatura do contrato com o Mecanismo Europeu de Estabilização e até ao pagamento da importância prevista, o Governo vai ocupar-se com matérias técnicas, enquanto espera pela votação no Parlamento Europeu”, assinalaram as mesmas fontes.

Após a votação no parlamento de Atenas e do Eurogrupo na passada sexta-feira, os parlamentos da Alemanha, Áustria, Holanda, Estónia e Eslováquia devem decidir agora se aprovam o programa.

Caso consiga o apoio destes países, o plano passa a ter um prazo de três anos, período em que a Grécia poderá vir a receber até 86 mil milhões de euros.

sábado, 15 de agosto de 2015

Já há acordo: Grécia vai receber 86 mil milhões

FUTURO DA GRÉCIA
14/08/2015


O Governo de Trispras deverá receber duas tranches nos próximos meses no valor de 26 mil milhões para pagar dívidas. 
Ministro das Finanças francês fez um rasgado elogio a Tsipras.

Histórico de Atualizações
14/08/2015    23:47 Catarina Falcão

Obrigada por ter acompanhado este liveblog. 
Vamos continuar a seguir de perto tudo o que acontece na zona euro. Boa noite e até amanhã!

14/08/2015   22:59 Catarina Falcão
Tsakalotos diz que acordo é uma passo em frente

O ministro das Finanças grego diz que é um passo em frente no sentido em que o sistema financeiro “deverá ser muito mais estável daqui para a frente”. 
A recapitalização dos bancos, fez com que Euclid Tsakalotos dissesse ainda que os clientes dos bancos gregos não têm nada a recear.

14/08/2015 21:59 Catarina Falcão
Schaeuble diz que é "um bom dia" para a Grécia

O ministro das Finanças alemão diz que os restantes membros do Eurogrupo devem manter algumas reservas em relação à Grécia, mas que hoje “foi um dia bom” para o país. 
O alemão disse que o Governo grego está a fazer grandes esforços, mas que a manutenção da Grécia na zona euro “requer compromissos ainda maiores”. 
Tal como outros responsáveis da zona euro, Wolfgang Schaeuble diz que o FMI é indispensável no futuro da Grécia.

14/08/2015   21:20 Catarina Falcão
Lagarde não se compromete sem alívio da dívida

A diretora do Fundo Monetário Internacional enviou um comunicado às redações, dizendo estar satisfeita pelo acordo no Eurogrupo, mas avisa que terá de haver um “alívio significativo” da dívida, antes que a organização se possa juntar ao programa.

Tal como o FMI já tinha reiterado na quinta-feira, esse alívio terá de ser visível já na primeira revisão do programa que deverá ocorrer em outubro.

A posição de Christine Lagarde foi confirmada por Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, embora este afirme que está “otimista” sobre a relação Grécia-FMI.















14/08/2015   21:07 Catarina Falcão
E agora? Alemanha e Holanda decidem

Após o acordo, resta a luz verde dos parlamentos nacionais na Alemanha e na Holanda. 
O voto favorável estará garantido na Alemanha onde a coligação de Merkel com o SPD detém uma maioria confortável. 
Será também um teste à coesão da CDU, já que alguns dissidentes podem aproveitar a ocasião para se oporem publicamente a um novo resgate e à própria chanceler.

14/08/2015   21:04 Catarina Falcão
Bancos gregos vão voltar a aceder a financiamento antes de outubro

O Banco Central Europeu (BCE) sinalizou hoje que pode voltar a financiar os bancos gregos através das linhas de créditos regulares “antes de outubro”, caso haja progressos nas reformas executadas por Atenas.

No quadro do terceiro programa de resgate à Grécia, de cerca de 85,6mil milhões de euros, os credores preveem fazer uma primeira avaliação em outubro às reformas levadas a cabo pelo Governo liderado por Alexis Tsipras.

“Poderemos potencialmente agir mais cedo” para permitir aos bancos gregos aceder de novo a operações de financiamento reguladores, disse hoje Benoît Coeuré, membro francês do Comité Executivo do BCE, em entrevista ao jornal alemão Börsen-Zeitung.

14/08/2015   20:57 Catarina Falcão
Juncker diz que Grécia é membro "irreversível" da zona euro

Juncker admitiu em comunicado que os últimos 6 meses “foram difíceis” e que “testaram” a paciência dos governantes e dos cidadãos da zona euro. 
” Em conjunto, olhámos para o abismo. 
Mas hoje, estou feliz pelos compromissos feitos de parte a parte”, afirmou Juncker. 
Nas redes sociais, o presidente da Comissão reagiu assim:














14/08/2015   20:50 Catarina Falcão
A dívida da Grécia é sustentável? Talvez

As conclusões do Eurogrupo indicam que os 19 países (18+Grécia) estão dispostos a considerar, se necessário, “possíveis medidas adicionais” – nomeadamente extensão dos prazos e das maturidades – para tornar a dívida grega mais sustentável. 
No entanto, põe de lado qualquer hipótese de haircuts adicionais.

14/08/2015   20:39 Catarina Falcão
Jeroen Dijsselbloem diz que houve "acordo político"

O presidente do Eurogrupo – e ministro das Finanças da Holanda – está a falar à imprensa após o fim da reunião dos 19 ministros das Finanças do euro e diz que houve “um trabalho intenso” por parte da Grécia de modo a chegar-se a uma conclusão neste acordo. 
A Grécia receberá 86 milhões de euros ao todo, mas uma tranche de 26 milhões será entregue ao país já nos próximos meses para fazer face a dívidas urgentes.

A Grécia receberá já 10 mil milhões de euros e este dinheiro deverá ser usado imediatamente para a recapitalização dos bancos – o dinheiro não chegará diretamente a Atenas e ficará no Luxemburgo, onde os bancos gregos vão poder aceder aos fundos – , os restantes 16 mil milhões serão entregues à Grécia em várias fases, com a primeira a acontecer já a 20 de Agosto, com o pagamento de 13 mil milhões – que servirão para pagar ao Banco Central Europeu.

O holandês afirma que a participação do FMI no programa é “indispensável”, dizendo que a instituição terá de apreciar num futuro próximo se há sustentabilidade da dívida – acrescentando ainda que a reforma do sistema de pensões será um ponto importante para Lagarde.

14/08/2015   19:29 Catarina Falcão
Lagarde em videoconferência

O editor de Assuntos Europeus do Guardian diz que Christine Lagarde falou por videoconferência com os ministros europeus e a comunicação foi “muito positiva”.












14/08/2015   18:58 Catarina Falcão
O Eurogrupo está agora em pausa, alegadamente para escrever as conclusões. 
A reunião deverá terminar daqui a duas horas e fontes próximas dos ministros das Finanças dos 19 dizem que entendimento está perto de acontecer.

14/08/2015   17:10 Catarina Falcão
Grécia deverá receber 23 mil milhões depois do Eurogrupo

O jornal grego Ekathimerini diz que a Grécia deverá receber 23 mil milhões de euros, em duas tranches, depois da reunião do Eurogrupo que está a acontecer em Bruxelas. 
Fontes do gabinete do ministro das Finanças grego disseram ao jornal que a reunião técnica que antecede o encontros ministros “correu bem”.

Após a reunião, a Grécia deverá receber “imediatamente” 13 mil milhões de euros numa primeira tranche, com 12,5 mil milhões de euros destinados a pagar dívidas, como a do Banco Central Europeu que vencerá a 20 de Agosto.

14/08/2015   16:46 Catarina Falcão
Comissário diz que se pode chegar ainda hoje a entendimento

O vice-presidente da Comissão Europeia para o Euro, Valdis Dombrovskis, afirmou que é “possível” que o Eurogrupo alcance hoje um acordo sobre o terceiro resgate à Grécia, apesar de haver assuntos a resolver na reunião. 
Dombrovskis afirmou à chegada à reunião de ministros das Finanças da zona euro, em Bruxelas, que “é possível alcançar um acordo hoje sobre o terceiro programa grego”.

Certamente que há questões que têm de ser resolvidas”, afirmou. 
“Há ainda vários temas a discutir, mas creio que o acordo técnico que foi concluído é uma boa base para alcançar hoje um acordo político”, acrescentou.

14/08/2015   14:33 João de Almeida Dias
Stubb: "Podemos olhar para as maturidades e taxas de juro"

O ministro das Finanças da Finlândia destacou três questões a serem tratadas na reunião de hoje: “A primeira é a participação do FMI, que nós achamos que em outubro deve estar envolvido no resgate. 
A segunda tem a ver com o tamanho do pagamento. 
E a terceira tem haver com o calendário associado ao empréstimo.”

Demonstrando otimismo, Stubb disse que “ficaria muito surpreendido se não houver um acordo hoje”. 
Para tal, a inclusão do FMI parece ser uma condição obrigatória e, nesse sentido, há algumas questões em que pode haver flexibilidade por parte dos ministros das Finanças da zona euro: “Podemos olhar para as maturidades da dívida e para as taxas de juro”.

14/08/2015   14:13 João de Almeida Dias
Fotografia da reunião dos ministros das Finanças do Partido Popular Europeu. 
A ministra das Finanças de Portugal, Maria Luís Albuquerque, sentou-se ao lado do seu homólogo alemão, Wolfgang Schäuble.
















14/08/2015   14:10 João de Almeida Dias
Schäuble: "Se não houver acordo [que inclua FMI], terá de haver segundo empréstimo-ponte"

À entrada da reunião do Eurogrupo o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, disse estar “confiante de que vamos chegar a um acordo hoje”. 
Ainda assim, colocou a hipótese de esse cenário não se confirmar. 
Se assim for, o plano B é um novo empréstimo temporário à Grécia: “Se não houver acordo hoje terá de haver segundo empréstimo-ponte”.

Da parte da Alemanha,, a inclusão do FMI neste memorando continua a ser uma questão essencial para haver um acordo no Eurogrupo de hoje: “Vamos ter de chegar a um compromisso claro com o FMI, temos de arranjar uma maneira”, disse aos jornalistas.

Ainda assim, o líder das finanças germânicas deixou a imprensa com uma nota de otimismo para as horas que se seguem: “Ao fim ao cabo, o trabalho de preparação já foi feito — acho que vamos dar passos em frente hoje”.

14/08/2015   13:59 João de Almeida Dias
Dijsselbloem: "Vai haver perguntas e críticas"

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, disse à entrada do Eurogrupo que a reunião “não vai ser curta, porque o memorando de entendimento é um documento muito extenso, mas reformas improtantes”. 
E deixou um prognóstico para as próximas horas: “vai haver perguntas, críticas, talvez algumas questões terão de ser clarificadas ou melhoradas”.

Quando à sustentabilidade da dívida, Dijsselbloem referiu que esta é um “ponto de grande preocupação, certamente para o FMI”. 
Antes de abandonar os jornalistas à entrada do edifício falou na eventualidade de serem dadas mais garantias ao FMI para que este organismo volte à mesa das negociações “em outubro”.

14/08/2015   13:45 João de Almeida Dias
Como é tradição, os ministros das Finanças do Partido Popular Europeu (do qual faz parte o PSD e o CDS) estiveram reunidos antes da reunião do Eurogrupo de hoje.
14/08/2015   11:31 João de Almeida Dias
Alemanha disponível para discutir "restruturação da dívida grega"

Um porta-voz do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, referiu que a Alemanha está “disponível para discutir a restruturação da dívida grega” — uma condição FMI para participar no terceiro resgate — e que o objetivo deverá ser o de “fazer coincidir as exigências alemãs com as necessidades do FMI”.

14/08/2015   11:24 João de Almeida Dias
Comissão Europeia confiante em "desfecho positivo" hoje

Segundo uma porta-voz da Comissão Europeia, este órgão está “motivado pela forte votação desta manhã no parlamento grego”. 
“Estamos confiantes de que, tendo em conta o acordo ambicioso que foi feito entre as instituições e as autoridades gregas, um desfecho positivo seja completamente exequível hoje.”

A mesma porta-voz adiantou que o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, falou hoje com o Presidente grego, Prokopis Pavlopoulos, com o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, e com presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.

14/08/2015   11:16 João de Almeida Dias
Dijsselbloem: "Negociações com a Grécia mais construtivas do que no passado"

Embora tenha falado com alguma cautela natural de quem ainda se prepara para um reunião essencial (hoje às 14h00 de Lisboa), o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, disse que “as negociações com a Grécia têm sido muito mais construtivas do que no passado”.

Para o holandês, existe agora “um pacote de medidas muito mais forte e muito mais concreto do que qualquer um daqueles que anteriormente acordámos com antigos governos gregos”.

Ainda assim, o Dijsselbloem sublinhou que o acordo ainda pode ser alterado: “Dentro do Eurogrupo, nunca há a garantia de que o acordo será atingido sem quaisquer mudanças”.

14/08/2015   11:06 João de Almeida Dias
Entretanto, o ministro das Finanças da Finlândia, Alexander Stubb, já está a caminho de Bruxelas para a reunião do Eurogrupo. 
Stubb faz parte do grupo de ministros que mais ceticismo demonstram em relação à Grécia.













O facto de a Finlândia ser o único país da zona euro em recessão (os números da evolução trimestral dos PIB foram revelados hoje e Helsínquia perde 0,4% da economia no segundo trimestre em relação ao primeiro) não deverá facilitar a aprovação da participação finlandesa no resgate. 
Recorde-se que a Finlândia, tal como a Alemanha, é um dos países que necessita de aprovação do parlamento nacional para entrar em planos de resgate a economias de outros países.

14/08/2015   10:50 João de Almeida Dias
Ministro das Finanças francês: "Governo grego faz o que nenhum outro fez"

A partir de Paris, o ministro das Finanças francês, Michel Sapin, deixou algumas palavras simpáticas para a Grécia precisamente na altura em que o parlamento helénico confirmava a aprovação do plano de resgate.

“Neste momento o governo grego está a assumir todas as suas responsabilidades, como nenhum outro governo grego, no que diz respeito a fazer poupanças, no campo da coleta fiscal e também na aplicação de reformas.”

O ministro francês também defendeu uma extensão dos prazos do pagamento da dívida grega

“Os 85 mil milhões de euros [previstos no plano de resgate], são a solidariedade que devemos à Grécia por permitir à zona Euro reencontrar estabilidade e confiança”, disse ainda.

14/08/2015  10:47 João de Almeida Dias
A noite foi tensa, com Tsipras a ser atacado por várias frentes — e alguns dos ataques mais sonantes partiram de elementos do seu próprio partido.

O ex-ministro da Energia, Panayotis Lafazanis, e também figura de proa da Plataforma de Esquerda, a ala mais radical dentro do Syriza, não foi parco em palavras: “Depois de todas as lutas contra austeridade lideradas pelo governo do Syriza, este agora está a apresentar mais um memorandozinho. 
Que tipo de governo é este, que independentemente daquilo que o povo grego vota e daquilo por que lutam, quer um memorando na mesma? (…) 
Isto tem um nome: suspensão da democracia”.

Também o ex-ministro das Finanças, Yannis Varoufakis, disse não ser “capaz” de votar a favor do resgate. 
Por isso, recomendou ao primeiro-ministro que lhe pedisse a demissão, de modo a que o seu voto não atrapalhasse a maioria parlamentar do governo.




















14/08/2015   10:43 João de Almeida Dias
Parlamento grego aprova plano de terceiro resgate -- mas Syriza divide-se ainda mais

Bom dia!

A história começou ontem mas só hoje é que teve um final. 
Depois de cerca de nove horas de discussão no parlamento em Atenas, o plano para o terceiro resgate grego foi aprovado.

Ao todo, numa câmara com 300 assentos parlamentares, 222 deputados votaram a favor, 64 contra e 11 abstiveram-se.

Entre aqueles que não votaram a favor do resgate — que, a ir para a frente, será o terceiro à economia grega desde 2010 –, destacam-se os deputados do próprio Syriza. 
Desses 32 votaram contra e 11 ficaram pela abstenção.

Entretanto, já se fala de uma moção de confiança ao governo de Tsipras para a semana — e também se especula acerca de eleições antecipadas. Leia mais aqui.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

FMI só entra no resgate à Grécia após alívio da dívida

FUTURO DA GRÉCIA
Catarina Falcão  -  13/8/2015, 23:54

FMI pressiona parceiros europeus para lançarem programa de alívio da dívida á Grécia. 
Fundo apela para entendimento começar assim que o memorando for assinado.





















O FMI (Fundo Monetário Internacional) disse, na noite de quinta-feira, num comunicado próprio, que foi dado um importante passo em frente, mas mostra preocupações em relação ao futuro da Grécia, especialmente em relação à sustentabilidade da dívida pública, assumindo que a sua participação no novo programa de assistência está dependente de novas medidas conjuntas a serem implementadas, ou seja, coordenada com todos os parceiros europeus.

“No futuro próximo, esperamos trabalhar com as autoridades para desenvolver um programa em maior detalhe e que os parceiros europeus da Grécia tomem decisões sobre o alívio da dívida que vai permitir que a atual dívida se torne sustentável”, lê-se no comunicado
O Fundo Monetário Internacional avança que continuará empenhado em ajudar o Governo grego e os parceiros europeus.

No entanto, só voltará a dar ajuda financeira quando “os passos para o programa e alívio da dívida” forem tomados, o que deverá acontecer três meses depois de o memorando ser assinado entre a troika e o Governo de Alexis Tsipras.

Para a Noruega, petróleo a 50 dólares é pior do que a crise financeira mundial

NORUEGA
Observador  -  11/8/2015, 17:02
A Noruega tem mais dificuldade em lidar com a queda dos preços do petróleo do que com a crise internacional. 
O país mais rico da Escandinávia enfrenta, hoje, o caos.





















Quando a crise financeira deixou de rastos a economia mundial, a Noruega ficou, em grande medida, incólume aos seus efeitos. 
Mas com petróleo abaixo dos 50 dólares? 
Isso já é outra história.

A taxa de desemprego disparou para os 3,7 %, atingindo esse pico em 2010, no rescaldo pós-crise. 
A queda do preço do petróleo tinha feito subir a taxa de desemprego para os 4,3 %, já em maio, o valor mais elevado dos últimos 11 anos. 
E isto foi antes de uma nova queda do preço do Brent.

Seguem-se alguns motivos que explicam porque é que a Noruega tem mais dificuldade em lidar com a queda dos preços do petróleo do que com a crise internacional.

1. A Noruega é fortemente dependente do petróleo

Enquanto fator-chave do crescimento da Noruega, foi a riqueza petrolífera do país que, em grande medida, permitiu aos noruegueses resistirem à crise financeira.

Contudo, com o seu principal setor em dificuldade, há poucas indústrias alternativas que possam fazer o país crescer.





















2. O boom do petróleo estava prestes a terminar, de qualquer forma

O petróleo está a perder valor, tal como os investimentos na indústria petrolífera que enfrentam a maior queda desde o ano 2000. 
Para fazer face a esta mudança de paradigma, empresas como a Statoil ASA começaram a cortar nas despesas mais de seis meses antes do início da queda do preço do Brent.




















3. A Noruega poderá ter de recorrer às suas poupanças

Se o governo for obrigado a retirar dinheiro do seu fundo soberano, que ascende aos 875 mil milhões de dólares, será uma medida histórica. 
É isso ou fazer contenções rigorosas na despesa fiscal, numa altura em que o país mais precisa dela. 
A despesa pública poderá começar a ultrapassar as receitas com o petróleo que o Estado deposita no fundo soberano a pensar nas gerações futuras.

O levantamento de dinheiro do fundo não estava previsto acontecer durante as próximas décadas e nenhum ministro das finanças quer que esse seja o seu legado. 
A antecipação desse levantamento fará despoletar um feroz debate sobre como a Noruega precisou dele mais cedo do que esperado, podendo até ser sinónimo de novas medidas legislativas.























Texto: Bloomberg
Tradução: Xénon Cruz

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Financiamento da banca portuguesa no BCE volta a cair

FUTURO DA GRÉCIA
Agência Lusa  -  11/8/2015, 14:33

A exposição dos bancos portugueses ao financiamento do Banco Central Europeu voltou a cair em julho, para os 25.745,88 milhões de euros, o valor mais baixo desde abril de 2010.






















A exposição dos bancos portugueses ao financiamento do Banco Central Europeu (BCE) voltou a cair em julho, para os 25.745,88 milhões de euros, o valor mais baixo desde abril de 2010.

De acordo com os dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal, a exposição do setor bancário português acedeu a 25.745,88 milhões de euros, o que representa uma queda de 1.966,25 milhões de euros face ao mês anterior, em que este financiamento já tinha recuado para os 27.712,13 milhões de euros.

Desde o início do ano, os bancos portugueses reduziram em 5.444,96 milhões de euros a sua exposição ao financiamento da instituição de Frankfurt, liderada por Mario Draghi.

Em abril de 2010, a banca portuguesa tinha uma exposição à cedência de liquidez do BCE de 17,7 mil milhões de euros, um valor que disparou em maio de 2010 para 35,8 mil milhões de euros.

O valor máximo foi atingido junho de 2012, quando os empréstimos chegaram a um valor recorde de 60,5 mil milhões de euros.