sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Mariano Rajoy fala às 13h sobre eleições na Catalunha

AO MINUTO ACTUALIZADO HÁ 9 MINUTOS
Alexandre Martins
22 de Dezembro de 2017, 12:33


Presidente do Governo espanhol vai reagir aos resultados de quinta-feira: o Cidadãos foi o partido mais votado, mas as formações separatistas mantiveram a maioria absoluta na Generalitat.





























Há 3 minutos

Encerramos aqui o minuto a minuto sobre a Catalunha.

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Puigdemont pode ser Presidente da Catalunha estando na Bélgica? Veja as perguntas e as respostas sobre a situação dos eleitos catalães no exílio ou detidos em Espanha.

Há 8 minutos
CatECP recusa apoio a um Governo liderado por Carles Puigdemont
O líder da coligação CatECP (Catalunya en Comú e En Comú Podem, ambos de esquerda) disse esta sexta-feira que não admite viabilizar um futuro Governo catalão em que o líder seja Carles Puigdemont – ou que o seu partido, o Junts per Catalunya (JuntsxCat), assuma a liderança nesse Executivo.

Para Xavier Domènech, a questão não é a figura de Puigdemont, mas sim o programa político de direita do Junts per Catalunya: "Somos a força que não se subordinará à direita, a nenhuma delas, porque entendemos que o debate é reconstruir os projectos de mudança e, ao mesmo tempo, reconstruir o país."

O partido mais votado nas eleições de quinta-feira na Catalunha foi o Ciudadanos (liberal, pró-Espanha), mas as duas maiores formações independentistas mantiveram, juntas, uma maioria absoluta no Parlamento – o Junts per Catalunya (centro-direita, republicano) e a Esquerra Republicana (esquerda).

Apesar de o CatECP ter dito que não apoiará (nem num Governo, nem apenas no Parlamento) um Governo liderado por Puigdemont, a extrema-esquerda da CUP já disse que admite viabilizar esse cenário: Carles Rivera disse que apoiará esse projecto desde que tenha à frente do Executivo um "presidente independentista", com a principal função de "construir a república" catalã.

Os quatro deputados da CUP (Candidatura de Unidad Popular) são essenciais para a viabilização de uma liderança independentista na Catalunha: seja qual for o acordo, para que esse acordo se traduza num Governo maioritário ou num Governo minoritário com apoio parlamentar, os quatro deputados da CUP são essenciais: os 34 deputados do Junts per Catalunya e os 32 da Esquerra Republicana ficam a dois da maioria absoluta.

Composição do Parlamento espanhol após as eleições (135):

Ciudadanos (liberal, pró-Espanha): 37 deputados
Junts per Catalunya (centro-direita, republicano e independentista): 34 
Esquerra Republicana/Catalunya Sí (esquerda, republicano e independentista) 32
Partido de los Socialistas de Cataluña (centro-esquerda): 17
Catalunya en Comú/En Comú Podem (esquerda): 8
Candidatura de Unidad Popular (extrema-esquerda): 4

Partido Popular (direita): 3

Há 52 minutos
Artur Mas e Rovira entram na lista de investigados por "rebelião"
O juiz Pablo Llarena, do Supremo Tribunal espanhol, anunciou esta sexta-feira que o antigo presidente da Generalitat Artur Mas, a dirigente da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), Marta Rovira, e outros quatro independentistas vão ser incluídos nas investigações por "rebelião, sedição e desvio de fundos" na sequência do referendo de 1 de Outubro e das iniciativas adoptadas pelo parlamento autónomo para proclamar a independência.

14:36
Sánchez exige que Rajoy apresente uma solução para a Catalunha
Ana Gomes Ferreira


















O secretário-geral do PSOE, Pedro Sánchez, defendeu esta sexta-feira que o chefe do Governo, Mariano Rajoy (PP, conservador), deve abandonar o seu imobilismo quanto à crise na Catalunha e propor "uma solução política", depois de os partidos independentistas terem conseguido, juntos, uma nova maioria nas eleições de quinta-feira.

Sánchez diz que "está em perigo a convivência na Catalunha e a recuperação económica espanhola" e, por isso, Rajoy deve avançar com uma proposta — o presidente do Governo, porém, fechou as portas ao diálogo. 

"O PSOE ofereceu uma rota alternativa ao independentismo. 
Chegou a hora de Rajoy explicar a sua proposta para decidirmos se o apoiamos", disse o líder dos socialistas, comentando o facto de o PP ter conseguido eleger apenas três deputados na Catalunha. 

Perante este cenário, Sánchez disse que o independentismo "só será derrotado com um projecto de reconciliação nacional" — e considerou o PSOE "o único partido capaz” de conduzir esse projecto e de governar Espanha" (Rajoy também disse que não haverá eleições antecipadas em Espanha devido ao resultado na Catalunha). 


O socialista conclui que a situação que se vive na Catalunha neste pós-eleições não é consequência da aplicação do Artigo 155 mas sim da "inacção" política de Rajoy: "Foram muitos anos a olhar para o lado."

Há 12 minutos
Artur Mas e Rovira entram na lista de investigados por "rebelião"

O juiz Pablo Llarena, do Supremo Tribunal espanhol, anunciou esta sexta-feira  que o antigo presidente da Generalitat Artur Mas, a dirigente da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), Marta Rovira, e outros quatro independentistas vão ser incluídos nas investigações por "rebelião, sedição e desvio de fundos" na sequência do referendo de 1 de Outubro e das iniciativas adoptadas pelo parlamento autónomo para proclamar a independência.

Há 3 minutos
Sánchez exige que Rajoy apresente uma solução para a Catalunha
Ana Gomes Ferreira
O secretário-geral do PSOE, Pedro Sánchez, defendeu esta sexta-feira que o chefe do Governo, Mariano Rajoy (PP, conservador), deve abandonar o seu imobilismo quanto à crise na Catalunha e propor “uma solução política”, depois de os partidos independentistas terem conseguido, juntos, uma nova maioria nas eleições de quinta-feira. 
Sánchez diz que “está em perigo a convivência na Catalunha e recuperação económica espanhola” e, por isso, Rajoy deve avançar com uma proposta — o presidente do Governo, porém, fechou as portas ao diálogo. 
“O PSOE ofereceu uma rota alternativa ao independentismo. 
Chegou a hora de Rajoy explicar a sua proposta para decidirmos se o apoiamos”, disse o líder dos socialistas, comentando o facto de o PP ter conseguido eleger apenas três deputados na Catalunha. 
Perante este cenário, Sánchez disse que o independentismo “só será derrotado com um projecto de reconciliação nacional” — considerou o PSOE “o único partido capaz” de conduzir esse projecto e de governar Espanha” (Rajoy também disse que não haverá eleições antecipadas em Espanha devido ao resultado na Catalunha). 

O socialista conclui que, na sua opinião, a situação que se vive na Catalunha neste pós-eleições não é consequência da aplicação do artigo 155 mas da “inacção” política de Rajoy. “Foram muitos anos a olhar para o lado”.

Há 10 minitos
A ceia de Natal de Junqueras na prisão
Ana Gomes Ferreira

O jornal espanhol El País divulgou a ementa de Natal da prisão Madrid VII onde está detido Oriol Junqueras. 
Na noite de 24, o dirigente da ERC e os outros 1150 presos vão jantar consomé, filetes de pescada com molho e, de sobremesa, pudin flã e doces de Natal. 
No dia 25, o almoço será “salada de Natal” com espargos, delícias do mar, milho e atum, bife com batatas fritas e profiteroles de nata (três para cada preso). 
Nota o jornal que os detidos não têm direito de beber álcool.

MOMENTO-CHAVE
Há 16 minutos
Rajoy: Artigo 155 acaba "quando houver um novo governo na Catalunha"
O presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, deu uma conferência de imprensa ao início da tarde sobre os resultados das eleições na Catalunha. Ficam aqui os pontos principais:

Rajoy não admite dialogar com Carles Puigdemont, que propôs uma conversa fora de Espanha. O presidente do Governo espanhol disse que só vai falar "com quem ganhou as eleições, que foi a senhora Arrimadas". À questão sobre se admite encontrar-se com Puigdemont se ele vier a ser o líder de um Governo formado pelos partidos separatistas, Rajoy deu uma resposta institucional, que não esclarece se Puigdemont poderá assumir essa posição devido ao facto de ser procurado pela Justiça espanhola: "Tenho de falar com a pessoa que vier a exercer a presidência da Generalitat."

O Artigo 155 será levantado no prazo estabelecido pelo Senado, isto é, "quando houver um novo governo na Catalunha".

A pesada derrota do Partido Popular nas eleições na Catalunha foi desvalorizada por Mariano Rajoy: se é verdade que o seu partido foi muito penalizado, Rajoy não considera que essa penalização tenha acontecido por causa da aplicação do Artigo 155; aconteceu porque houve outro partido (o Cidadãos) que congregou os votos de quem não defende o separatismo.


No seguimento desta análise, Rajoy afasou qualquer possibilidade de convocar eleições antecipadas em Espanha.

Há 25 minutos

Pontos principais da conferência de imprensa de Mariano Rajoy






















Felicitou Inés Arrimadas, "que ganhou as eleições."

"Os que queríamos a mudança não conseguimos os deputados suficientes. Mas os independentistas foram perdendo apoios, menos do que gostaríamos, mas continuam a perder apoios: 76 em 2010, 74 em 2012, 72 em 2015 e ontem 70."

"O que também fica claro é que ninguém pode falar em nome da Catalunha se isso não contemplar toda a Catalunha. A Catalunha é plural, não é monolítica, e todos devemos cultivar essa pluralidade. É evidente que a fractura é muito grande e que vai levar tempo a recompor-se. Essa devia ser a primeira obrigação de todos os actores políticos."

"Compete agora aos partidos políticos da Catalunha oferecerem uma solução governativa, seja ela qual for. O Governo [espanhol] estará ao lado de todos governos em Espanha e em toda a Europa que se submetam ao primado da lei. Sem um governo respeitável na Catalunha que aceite o primado da lei, não se produzirá o regresso das empresas que saíram, a recuperação do turismo e a continuação do crescimento económico e da criação de emprego."

"Umas eleições oferecem uma oportunidade para se abrir uma nova etapa. A partir de agora acredito que o diálogo vai começar, e não a confrontação. O Governo espanhol quer oferecer a todos a sua vontade de diálogo, realista, sempre dentro da lei, para resolver os problemas dos catalães."

"Creio que o Artigo 155 foi aplicado como deveria ter sido. Não foi aplicado quando o governo catalão tomou a sua primeira decisão contrária à lei. Aplicou-se com uma enorme maioria no senado, de uma forma inteligente porque não decidimos nomear um novo governo – foi o Governo de Espanha que assumiu essa responsabilidade. Ninguém na Europa apoiou a posição dos independentistas e foram convocadas eleições rapidamente."

"A todas as pessoas que vivem na Catalunha ofereço a própria actuação do Governo de Espanha, como presidente desse Governo, que é consequentemente presidente dos cidadãos da Catalunha. Farei um esforço para manter um diálogo com o novo governo [catalão], mas também um esforço para que a lei se cumpra. Portanto, creio que há muitos objectivos – um, muito importante, é tentar superar a fractura muito dura que foi uma das principais consequências das decisões erradas que foram tomadas nos últimos tempos. Estamos abertos a normalizar a situação – agora estamos numa época de crescimento económico e de criação de emprego, mas ainda falta fazer muito, e para isso é preciso estabilidade. Se não se adoptarem decisões unilaterais e se o primado da lei se mantiver, as coisas podem funcionar de outra forma. Não aceitarei que se viole a Constituição espanhola."

Tenho que me sentar com quem ganhou as eleições, que foi a senhora Arrimadas.


"O presidente assume tudo o que acontece ao Partido Popular, como o assumem todos os membros do Partido Popular. O resultado eleitoral do Partido Popular não foi nada do que estávamos à espera."

MOMENTO-CHAVE
Há 48 minutos
Rajoy recusa encontrar-se com Puigdemont
O presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, afastou esta sexta-feira qualquer possibilidade de se encontrar com Carles Puigdemont, ex-líder da Generalitat catalã e líder da lista independentista mais votada nas eleições de quinta-feira.

Durante as perguntas dos jornalistas no final da declaração sobre as eleições, Rajoy respondeu ao desafio de Puigdemont sem sequer pronunciar o seu nome: "Tenho que me sentar com quem ganhou as eleições, que foi a senhora Arrimadas."


À questão sobre se admite encontrar-se com Puigdemont se ele vier a ser o líder de um Governo formado pelos partidos separatistas, Rajoy deu uma resposta institucional, que não esclarece se Puigdemont poderá assumir essa posição devido ao facto de ser procurado pela Justiça espanhola: "Tenho de falar com a pessoa que exercer a presidência da Generalitat."


Há 9 minutos
EM DIRECTO: Comunicação de Mariano Rajoy (13h)
O jornal desportivo Marca já abriu um canal directo no YouTube para a comunicação (ou conferência de imprensa) do presidente do Governo espanhol.

Mariano Rajoy deverá começar a falar às 13h sobre os resultados das eleições de quinta-feira na Catalunha e os próximos passos do Governo espanhol.


Há 18 minutos
Opinião: Catalunha, uns séculos depois
Manuel Alegre
"Seja como for Portugal não tem que tomar partido. 
Infelizmente já o fez. 
O Presidente da República e o Governo colaram-se a Rajoy e à Constituição espanhola, o que é quase ridículo, além de me parecer um tanto contrário a uma tradição portuguesa de prudência sempre que se trata dos nossos irmãos do lado. 
Foi o que sempre ouvi a Mário Soares: 'Na Europa, sim, mas nunca atrás ou a reboque da Espanha'."

Ler aqui a opinião de Manuel Alegre sobre as eleições na Catalunha.


Há 22minutos
Catalunha: a clara incerteza
Diogo Queiroz de Andrde
"Quando quiser voltar a falar com Madrid, [Carles Puigdemont] terá a voz reforçada pela votação (e pela possível liderança de um novo governo regional), mas também fragilizada pela falta de apoios europeus e por não ter vencido as eleições."

Ler aqui o editorial do PÚBLICO sobre as eleições na Catalunha.

Há 25 minutos
Perde Rajoy e ganha o independentismo
Afinal, não mudou mesmo muito, escreve a enviada do PÚBLICO à Catalunha, Sofia Lorena. Mesmo com líderes detidos ou em Bruxelas, os independentistas ficam em maioria no Parlamento catalão. O Cidadãos de Inés Arrimadas foi o partido mais votado, mas nunca conseguirá governar, e o PP foi esmagado.

12:39
O que dizem os jornais espanhóis sobre as eleições catalãs
Os jornais espanhóis dividem-se na análise à vitória do Cidadãos, com Madrid a não poupar críticas e a prever tempos difíceis sem a maioria absoluta.

El País: "O resultado promete um começo incerto do próximo mandato, depois de um escrutínio que lança elementos muito esperançosos, outros menos estimulantes e que, em geral, não parece assegurar automaticamente uma estabilização de sua vida política."

El Mundo: "Os resultados colhidos por Carles Puigdemont e Oriol Junqueras – dois políticos, entre outros, sobre quem pende um julgamento criminal tão cruel quanto inexorável – revela a vitória de uma esperança estúpida: a de que os votos limpam os crimes. 
Mas, assim como a corrupção não é purgada nas pesquisas, o banco dos réus ainda está à espera dos acusados de rebelião e sedição."

MOMENTO-CHAVE
12:35
Puigdemont propõe encontro com Rajoy fora de Espanha
Carles Puigdemont, ex-líder da Generalitat catalã e líder da lista independentista mais votada nas eleições de quinta-feira, propôs reunir-se com o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, fora do país – "em Bruxelas ou onde quer que seja" – para iniciar um diálogo sem condições sobre o futuro da Catalunha.

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