Os militares iraquianos avançam para Mossul mais depressa do que o previsto, congratulou-se o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, quando no terreno combatentes curdos lançaram uma operação a norte e leste da cidade, em simultâneo com a ofensiva a sul do Exército iraquiano, contra os combatentes do Daesh (que se auto-intitula Estado Islâmico).
“As forças estão a seguir para a cidade de modo mais rápido do que pensámos e do que tínhamos programado no nosso plano de campanha”, disse Al-Abadi, por vídeo-conferência, numa reunião de líderes em Paris sobre a situação da cidade.
Militares iraquianos e peshmerga curdos estão a lutar juntos de modo “harmonioso”, acrescentou o chefe do Governo.
Militantes do Daesh lançaram vários ataques suicidas contra os combatentes curdos, mas estes disseram que a maioria não teve sucesso.
As batalhas estão ainda a decorrer nos arredores da segunda maior cidade iraquiana.
A operação de libertação de Mossul, que se estima poder demorar semanas ou mesmo meses, tem causado preocupações por causa dos civis que estão na cidade – serão 1,5 milhões – e que poderão ser impedidos de se deslocarem ou serem mesmo usados como escudos humanos.
Organizações não-governamentais temem ainda que os que consigam fugir não tenham apoio: alguns habitantes de localidades perto saíram já para um campo de refugiados na Síria que não tinha capacidade para tantas pessoas.
A facilidade de passar a fronteira preocupa também os líderes europeus – François Hollande avisou na reunião de Paris para o facto de líderes do Daesh estarem a conseguir retirar-se para Raqqa, o seu bastião na Síria.
Os europeus temem ainda que combatentes do Daesh que saíram da Europa regressem aos seus países após a batalha para levar a cabo ataques.
Mas o comandante americano encarregado do apoio dos EUA à ofensiva dizia que os combatentes estrangeiros serão os que mais dificuldade terão em sair da cidade, e que os que até agora abandonaram o local terão sido combatentes e líderes locais do Daesh.
Mossul é a mais importante cidade controlada pelos islamistas no Iraque e Síria, e não é certo se o seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi, se encontra no local.
Foi de lá que o Daesh proclamou, em 2014, o seu Estado ou califado.
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