António Costa foi neste sábado reeleito secretário-geral do PS com uma percentagem de 96%, de acordo com os resultados provisórios apurados pela Comissão Organizadora do Congresso e fornecido ao PÚBLICO pelo seu presidente, Manuel Lage.
O outro candidato às eleições directas do líder pelos militantes do PS, Daniel Adrião recolhia 4% dos votos.
Em termos de delegados eleitos, Costa elegera já 1753 e Adrião 36.
O total de delegados eleitos é de 1851.
Elza Pais foi reeleita presidente do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas com perto de 90% dos votos, tendo sido a única candidata a esta eleição directa pelos militantes do PS.
Estes resultados reflectiam o apuramento de 91% das federações do PS em todo o país.
Há dois anos, era já primeiro-ministro, António Costa foi reeleito, em directas, líder do PS com 95,3% dos votos, tendo então Daniel Adrião recolhido 2,8%.
Há quatro anos, na sua primeira eleição, o líder do PS obteve 96% dos votos nas directas, que disputou sem adversário.
Meses antes, nas primárias – eleições abertas a simpatizantes do partido -, em que desafiou o então líder António José Seguro, Costa obteve 67,77% dos votos e Seguro ficou-se pelos 31,54%.
No curto vídeo de um minuto e dezanove segundos em que agradece a vitória aos militantes socialistas e a participação destes nas eleições directas, Costa sublinha a “a forma tão expressiva” como os socialistas “renovaram a confiança” na sua liderança do PS.
Logo de início, faz questão de “dirigir uma saudação muito especial” a Daniel Adrião que se candidatou contra si, de forma a poder apresentar uma moção de estratégia global para ser discutida no 22.º Congresso, que decorre entre 25 e 27 de Maio na Batalha.
O líder do PS saúda também “todos os delegados que foram eleitos e que estarão presentes” na reunião magna dos socialistas e apelou “a uma grande mobilização para uma participação activa no Congresso e um Congresso muito vivo”, garantindo que “os portugueses aguardam com interesse” esse momento, pois será aí que o PS irá poder demonstrar “a capacidade” de “responder a quatro grandes desafios estratégicos que o país tem de enfrentar nas próximas décadas”.
Entrando nos quatro eixos em que a sua moção de estratégia global (“Geração 20/30”) está estruturada, o líder reeleito referiu “o desafio das alterações climáticas, o desafio demográfico, o desafio que temos com a sociedade digital”.
E, por fim, o “combate contra as desigualdades”, que caracterizou como o “desafio de sempre dos socialistas”.
Costa sublinhou ainda que “ao mesmo tempo” que os socialistas têm “de estar totalmente concentrados na execução do programa do Governo, dia a dia, até ao final da legislatura”, têm de “ser capazes de pensar o futuro de forma” a encontrarem “uma boa visão estratégica que enquadre o programa das eleições europeias do próximo ano e o programa.
Nestas directas foi estreada uma plataforma digital para a recolha de votos.
Cada secção tinha uma palavra passe com a qual podia descarregar digitalmente os resultados da respectiva mesa eleitoral.
A contagem de votos foi feita usado outras duas vias tradicionais: a recolha de dados eleitorais por telefone, a nível nacional, e o transporte em mãos para a sede nacional do Rato, na zona de Lisboa.
são.josé.almeida@público.pt
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