HELENA BENTO 07.07.2017 às 20h14
Durante o encontro entre os dois líderes, à margem da cimeira do G20, terão sido abordados temas como a situação na Ucrânia e a luta contra o terrorismo e a cibersegurança.
Terá sido ainda acordado um cessar-fogo no sudoeste da Síria, que deverá entrar em vigor no próximo domingo.
Numa fase inicial, a Rússia, em coordenação com os EUA e a Jordânia, ficará responsável por garantir a segurança das regiões abrangidas pelo acordo
Donald Trump terá “pressionado Putin mais do que uma vez” sobre a interferência russa nas eleições norte-americanas, durante o encontro entre os dois líderes esta sexta-feira, à margem da cimeira do G20, que decorre em Hamburgo, na Alemanha.
O secretário de Estado Rex Tillerson, que esteve presente na reunião e deu conta do sucedido aos jornalistas, disse que o Presidente russo negou qualquer envolvimento nas presidenciais.
O secretário de Estado norte-americano relevou ainda que, depois do encontro, Moscovo “pediu provas da sua interferência” nas eleições.
Trump esteve reunido com Vladimir Putin durante cerca de duas horas, bem mais do que o estipulado (30 minutos).
Sentado ao lado do seu homólogo, o Presidente norte-americano disse ser uma “honra” estar com Putin e admitiu esperar “coisas muito positivas para os dois países”.
Disse ainda estar expectante pelas “muitas coisas positivas que vão acontecer para a Rússia e para os Estados Unidos”.
Putin retribuiu as palavras generosas dizendo estar “muito feliz” por conhecer Trump pessoalmente, uma vez “que as conversas telefónicas nunca são suficientes”.
Durante o encontro, foram abordados vários temas, nomeadamente a situação na Síria e na Ucrânia, “bem como outros assuntos de natureza bilateral”, de acordo com o próprio Presidente russo, citado pela Associated Press.
A “luta contra o terrorismo e a cibersegurança” foram outros dos temas abordados pelos dois líderes internacionais.
No que diz respeito à Síria e ao conflito civil, terá sido inclusive acordado um cessar-fogo no sudoeste do país, nas regiões de Daraa, Quneitra e Suwayda, que deverá entrar em vigor às 00h do próximo domingo, hora local.
O Governo da Jordânia está envolvido no acordo.
O estabelecimento de “zonas seguras” nas regiões em causa foi anunciado pelo chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, que também esteve presente no encontro e adiantou ainda que Vladimir Putin e Donald Trump comprometeram-se a garantir que “todas as partes” envolvidas no conflito vão respeitar a trégua e garantir o envio de ajuda para a região.
A polícia militar russa - em coordenação com os EUA e a Jordânia - irá, numa fase inicial, ficar responsável pelas questões de segurança.
Sem comentários:
Enviar um comentário